![]() Na Teia da Aranha
Original:Along Came a Spider
Ano:2001•País:EUA, Alemanha, Canadá Direção:Lee Tamahori Roteiro:Marc Moss, James Patterson Produção:David Brown, Joe Wizan Elenco:Morgan Freeman, Michael Wincott, Monica Potter, Dylan Baker, Mika Boorem, Anton Yelchin, Kim Hawthorne, Jay O. Sanders, Billy Burke, Michael Moriarty, Penelope Ann Miller, Anna Maria Horsford, Scott Heindl, Christopher Shyer, Jill Teed |
Segunda aparição do psicólogo forense e detetive Alex Cross, Na Teia da Aranha (Along Came a Spider, 2001), na verdade, deveria ser a primeira. Foi com a primeira publicação homônima, em 1993, que o escritor James Patterson tornou o personagem conhecido e popular ampliando sua trajetória a uma série de mais de trinta publicações. Com a adaptação bem sucedida de Beijos que Matam (Kiss the Girls, 1997), Morgan Freeman voltou ao papel, a partir de seu carisma em alta em Hollywood numa filmografia de grandes sucessos no cinema. Desta vez, seu tato de psicólogo a serviço da polícia foi mais acentuado.
Durante uma operação policial em que a agente e parceira do Dr. Alex Cross (Freeman), Tracie Fisher (Jill Teed), teve que permitir a sedução de um assassino, a percepção das escutas fez o veículo em que ela estava sair da estrada e cair sobre uma barragem, em efeitos digitais discutíveis. Com o incidente, Alex Cross se afasta da polícia até ser contatado pelo sequestrador da pequena Megan Rose (Mika Boorem), filha do senador americano Hank Rose (Michael Moriarty). A garota fora levada da escola pelo professor Gary Soneji (Michael Wincott, de O Corvo e Alien, a Ressurreição), em um plano de dois anos que envolveu uma péssima maquiagem com prótese e peruca.
Para buscar pistas que conduzam ao sequestrador, Alex se une a agente especial do Serviço Secreto dos EUA, Jezzie Flannigan (Monica Potter, de Jogos Mortais e A Última Casa), que era responsável pela proteção da menina ao lado de Ben Devine (Billy Burke, de Crepúsculo e Quando as Luzes se Apagam). O psicólogo percebe uma conexão entre o sequestro e o caso do desaparecimento de Charles A. Lindbergh Jr. em 1932, e a provável intenção de levar outra criança, Dimitri Starodubov (o falecido precocemente Anton Yelchin), filho do Presidente da Rússia e um nome que poderia dar mais notoriedade ao sequestrador. É claro que há mais pessoas envolvidas no plano que irá exigir US$10 milhões em diamantes pelo resgate, uma longa operação de entrega dos valores, e um confronto psicológico entre Alex e Soneji.
Na Teia da Aranha é um thriller psicológico bem movimentado com alguns curiosos plot twists. Além da investigação perspicaz, o longa ainda traz algumas sequências de tensão na tentativa de fuga de Megan em uma embarcação, provocando incêndio, e no último ato, em um celeiro. Conta com boas atuações, diversos rostos conhecidos como o de Jay O. Sanders e Dylan Baker, ainda que a química entre Monica Potter e Morgan Freeman não seja tão boa quanto a dele com Ashley Judd. De acordo com as trivias, o livro apresenta diferenças como um relacionamento romântico entre Cross e Jezzie, o fato do sequestrador sofrer de evidente transtorno dissociativo de identidade e Megan ficar desaparecida por dois anos.
Com arrecadação superior a US$100 milhões de dólares e críticas mistas, Na Teia da Aranha é mais agitado que o filme anterior mas menos interessante. Deixa a impressão que o potencial investigativo de Alex foi subjugado a um thriller convencional em que as facilidades do roteiro de Marc Moss serviram em demasia ao protagonista. Pelo menos, a condução de Lee Tamahori favoreceu o suspense e o mistério, relegando as ações apenas para a sequência da entrega do resgate. Mesmo sem o impacto de outros thrillers do período, Na Teia da Aranha é uma boa adaptação de um personagem literário inteligente e habilidoso. Depois Alex Cross só apareceria no filme A Sombra do Inimigo (Alex Cross, 2012), com o protagonismo de Tyler Perry na adaptação do livro Cross.