 Pânico no Lago: O Legado
Original:Lake Placid: Legacy
Ano:2018•País:África do Sul, EUA Direção:Darrell Roodt Roteiro:Jonathan Walker, Matt Venables, Jeremy Smith Produção:Daniel Iron, Lance Samuels Elenco:Katherine Barrell, Tim Rozon, Sai Bennett, Luke Newton, Craig Stein, Joe Pantoliano, Alisha Bailey, Maxim Baldry, Greg Kriek, Gavin Lee Gomes |
Dando prosseguimento a franquia, o sexto capítulo de Pânico no Lago tenta elevar o tom em relação aos filmes anteriores. Após uma sequência de episódios explorando os arredores de Aroostook County, que já constituem uma fase própria da série, Pânico no Lago: O Legado muda mais uma vez o olhar e tenta resgatar as origens dos crocodilos gigantes, não desconsiderando totalmente os filmes anteriores.
Produção do canal SYFY lançada em 2018, O Legado segue a história de um grupo de ativistas ambientais que são desafiados por um grupo amigo/concorrente quanto a “algo que acontece em algum lugar”. Supõe-se que algum desastre ambiental esteja sendo perpetrado no tal lugar, que em nenhum momento sabemos onde é.
Nesse tal lugar, uma espécie de ilhota deserta e selada localizada no meio de um lago, o grupo se depara com os restos mortais dos amigos concorrentes e iniciam o processo de investigação para descobrir o que houve. Logo, encontram instalações científicas abandonadas com a marca de uma dessas empresas responsáveis pela exploração de animais, indivíduos e recursos do planeta (daquelas que atuam mundialmente com a produção de tecnologia e cujos tentáculos chegam a todos os mercados). Entre os experimentos que eram realizados na tal instalação, supõe-se que estejam aqueles com crocodilos. Pra quê, ninguém sabe.
O sexto episódio de Pânico no Lago é bem diferente dos demais. Uma produção bastante superior à dos filmes anteriores, possui um tom mais sério e tenta criar uma narrativa minimamente lúcida que explique os surgimento dos bichões, dando fim às especulações que foram colocadas no primeiro filme.
É uma narrativa que se leva a sério, pra começar. E dessa forma, é caprichosa no momento de criar bons climas de tensão, que não são quebrados pelos péssimos efeitos visuais que tanto marcaram os filmes anteriores. A escolha do uso de pouca luz nas sequências de morte e ação envolvendo os crocodilos ajuda a amenizar esses efeitos.
Os personagens também são bem escritos e consistentes. Não há irritação em vê-los em cena, e não há figuras descartáveis (aquele amontoado de figurantes que só estão em cena para servir de alimento para os crocodilos). Os dramas possíveis rendem alguns bons momentos, mesmo com alguns furos evidentes (porém não comprometedores) e algumas licenças poéticas passáveis.
Pânico no Lago: O Legado pode ser o melhor capítulo da franquia dos crocodilos de Aroostook. Não despreza as aventuras anteriores, mas dá o que poderia ser uma boa conclusão à franquia ou pelo menos uma nova vida, que pode render ainda sequências promissoras.
