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Os Estranhos: Capítulo 2
Original:The Strangers: Chapter 2
Ano:2025•País:EUA, Espanha, Eslováquia, Canadá, UK
Direção:Renny Harlin
Roteiro:Alan Freedland, Alan R. Cohen
Produção:Alastair Burlingham, Mark Canton, Charlie Dombek, Christopher Milburn, Gary Raskin, Courtney Solomon
Elenco:Madelaine Petsch, Gabriel Basso, Ema Horvath, Olivia Kreutzova, Matus Lajcak, Brooke Lena Johnson, JR Esposito, Richard Brake, Pedro Leandro, Janis Ahern, Ben Cartwright, Sara Freedland, Stevee Davies, Ella Bruccoleri, Nola Wallace, Pippa Blaylock, Jake Cogman, Froy Gutierrez

O Halloween Kills da franquia Os Estranhos de Renny Harlin – é como você poderia apelidar esse segundo filme, recém-lançado nos cinemas. A comparação se deve ao fato do filme entregar pouco, acrescentar um número maior de mortes e deixar transparecer que você precisará ver o próximo para saber como tudo irá terminar. E O Capítulo 2 ainda incomoda exatamente por não apresentar um falso ponto final, diferente do primeiro: mostrar Maya (Madelaine Petsch) no hospital tendo pesadelos com os mascarados poderia deixar a imaginação do espectador atuar sobre traumas e um toque pessimista de que aquilo nunca terá fim.

Assim, Harlin opta por uma sequência mais ágil, faz referências a Halloween II: O Pesadelo Continua (Halloween II, 1981) e parte para o improvável e facilidades do roteiro, caminhos que deixam a narrativa mais animada ao mesmo tempo que se revelam como excessos que poderiam ter sido eliminados na edição. Alguns envolvem os flashbacks de uma Pinup Girl criança (Nola Wallace) e que, se por um lado finalmente revelam quem seria a tal Tamara, por outro lado trazem uma justificativa frágil para a perturbação mental da assassina. O roteiro de Alan Freedland e Alan R. Cohen ainda chuta nosso estômago ao mostrar a garotinha com uma bonequinha parecida com a máscara que utiliza e depois brincando com o “crush” e futuro Scarecrow (Jake Cogman), sofrendo de ciúmes pelas investidas da Tamara (Pippa Blaylock). Coisas de criança, você poderia pensar.

Entre essas recordações, o longa desfaz a perspectiva de uma cidade inteira conspirando religiosamente para os crimes. Mesmo que existam pessoas que aparentemente fingem que nada está acontecendo, há conversas no restaurante, onde a protagonista e o namorado Ryan (Froy Gutierrez) passaram brevemente no primeiro filme, que mostram que os locais não estão relacionados aos crimes, deixando dúvidas sobre o caráter do xerife Rotter (Richard Brake). Há a insistência do rádio, com a voz constante de um pastor, em muitas cenas e prévias que mostram uma conexão religiosa, ainda não passível de ser entendida.

Depois de alguns depoimentos sobre os mascarados, sendo desacredita pela polícia e enfermeiros, Maya acorda sozinha em um hospital vazio como o do filme de Rick Rosenthal. Os assassinos se mostram eficientes em eliminar qualquer testemunha, mas grande dificuldade em finalizar a garota – as tais facilidades da narrativa. E ela nem é tão silenciosa ou esperta como outras final girls do cinema slasher. Em dado momento, ela se esconde na gaveta do necrotério, mesmo local em que está o corpo do namorado: o Scarecrow entra abre várias gavetas e mesmo sabendo que ela só poderia estar ali finaliza um rapaz e leva o corpo embora. A garota, que buscava desesperadamente uma saída e tinha se deparado com portas trancadas, sai do ambiente fazendo muito barulho, totalmente exposta, somente para na cena seguinte já aparecer correndo do lado de fora do hospital.

Toda a correria em diversos ambientes como na mata, no retorno ao Airbnb em que estava com o namorado e numa outra casa traz alguma dose de suspense, uma falsa impressão de situações de tensão principalmente quando já se sabe que Madelaine Petsch é a final girl da franquia. Harlin explora bem a expressividade de Petsch apontando suas câmeras para detalhes como os olhos assombrados da garota, numa evidente referência a Sally, de O Massacre da Serra Elétrica (1974).

Levemente superior ao primeiro, o que não é muita coisa, Os Estranhos: Capítulo 2 revela um momento “fora da casinha” em que a protagonista tem uma longa luta com um javali (!!!). Embora bem feita e curiosa e o argumento tente mostrar uma conexão do animal com a jovem Pinup Girl, é uma sequência de survival horror na floresta que só serve como enxerto para uma duração maior do filme. E basicamente esse segundo filme é o reflexo dessa cena, acrescentando muito pouco ao que já não havia necessidade de existir.

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