Presentes na literatura, cinema, folclore, quadrinhos e diversas mídias, os mortos-vivos convidam diferentes abordagens teóricas a lidar com o retorno dos “dejetados”. A pluralidade de interpretações em torno deste personagem ganhou distintas roupagens ao longo do tempo, acrescentando-se, com fascínio e estranheza, algo novo ao lugar da categoria de “abjeto” em nossa sociedade. Atualmente em nossa cultura, vemos expresso na encarnação destes que retornam dos mortos, o lugar crítico das contradições sociais. Quando nos deparamos com a produção cultural desta criatura, seja em uma singela cena de filme ou de algum seriado de televisão, em que avistamos a criatura solitária, esta nos acena com algo não-pronunciável de nossa própria humanidade, uma imagem que deixa transparecer algo de onde falham as palavras, onde o desconforto invade o pronunciar. Por outro lado, nas cenas culturais produzidas nos últimos 48 anos da nossa curiosa criatura, temos uma mudança subitamente chocante e instigante: encontramos os zumbis em grandes multidões, em números astronômicos, uma massa monstruosa que se desloca por vezes vagarosamente ou ensandecidamente provocando peculiar inquietação aos seus telespectadores.

Especializada em publicações no campo da psicanálise, a Editora Aller realiza com este livro sua intenção de ampliar o escopo de suas publicações para o campo da cultura em termos mais gerais.
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