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Lúcifer (2016) (3)

Lúcifer
Original:Lucifer
Ano:2016•País:EUA
Direção:Nathan Hope, Len Wiseman, Mairzee Almas, Greg Beeman, Matt Earl Beesley
Roteiro:Tom Kapinos, Jenn Kao
Produção:Erik Holmberg, Nathan Hope, Alex Katsnelson
Elenco:Tom Ellis, Lauren German, D.B. Woodside, Lesley-Ann Brandt, Scarlett Estevez, Kevin Alejandro, Rachael Harris, Kevin Rankin

Banido do paraíso, desde os primórdios dos tempos, o trabalho de Lúcifer era tomar conta do Inferno, punindo os pecadores e causando choro e ranger de dentes. Até que um dia ele ficou entediado e resolveu se aposentar e aproveitar os prazeres de Los Angeles, Estados Unidos… A Cidade dos Anjos e, ironicamente, da luxúria e do crime. Esta é a premissa da série Lúcifer, baseada na versão do personagem bíblico criado por Neil Gaiman, Sam Kieth e Mike Dringenberg para a série de quadrinhos The Sandman para a DC-Vertigo (e depois ganhando título próprio na editora).

A série tem como foco Lúcifer Morningstar (Tom Ellis), que curte seus dias de Ferris Bueller administrando uma boate adequadamente denominada Lux, junto com sua fiel assistente Mazikeen (Lesley-Ann Brandt, Apocalipse Zumbi), para desespero de seu irmão, o anjo Amenadiel (D. B. Woodside, Suits e 24 Horas), que insiste que o demônio volte a tomar conta do Inferno.

Lúcifer (2016) (2)

Neste interim um assassinato ocorrido do lado de fora de seu clube faz com que os caminhos de Lúcifer se cruzem com os da detetive Chloe Decker (Lauren German, O Albergue 2). Após ajudar na resolução do crime (a vítima era de certa forma uma protegida dele), Lúcifer passa a ter um interesse “científico” pela detetive que parece ser a única a resistir aos encantos do charmoso demônio.

Aliás, Lúcifer, além de ter o poder de ser irresistivelmente persuasivo e atraente, também possui imunidade física a ferimentos e o de fazer as pessoas revelarem seus mais obscuros desejos, habilidades estas que ele usará na figura de consultor da polícia, ajudando Decker a resolver crimes que estranhamente sempre parecem se conectar com o próprio Lúcifer. Completam o cast Kevin Alejandro (True Blood) como o ex-marido de Decker e Rachael Harris (Se Beber, Não Case! e Guerra dos Monstros) como a terapeuta que ajuda Lúcifer a se encaixar no mundo dos humanos, mesmo sem acreditar que ele é, de fato, um demônio.

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Sobre a qualidade da série em si, aos que esperam um aprofundamento da mitologia ou um drama com elementos sobrenaturais, esqueçam. A estrutura da série foi feita como a do típico procedural “crime da semana” entre uma policial séria e o consultor descolado, na mesma esteira de Castle e O Mentalista, apenas para citar exemplos mais atuais. Não que isto seja necessariamente ruim já que eu, pessoalmente, também gosto deste gênero de televisão.

Jogados em segundo plano, os elementos sobrenaturais se resumem a uma rusga constante entre Lúcifer, Amenadiel e Mazikeen, sem apresentar qualquer gravidade para a mitologia principal. Por exemplo: Amenadiel insiste tanto que Lúcifer volte a comandar o Inferno, porém nunca vemos se isto é um elemento importante, já que não tem qualquer reflexo na Terra ou nos casos que são resolvidos pela dupla Lúcifer/Decker.

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A questão é que por ser um procedural bem formulaico e previsível, os episódios são bem repetitivos; mesmo sendo somente 13 na primeira temporada, parece que são muitos mais… Os constantes diálogos/piadinhas que sempre encontram um duplo sentido de que Lúcifer é um demônio, mas ninguém acredita nisso, chegam a ser maçantes, que só não irritam porque o elenco tem uma química excelente e talento para segurar o rojão dos roteiros pouco singulares. A performance e o carisma do britânico Tom Ellis é fundamental para causar esta boa impressão, mas todos os demais são ótimos.

Lúcifer causou uma pequena controvérsia quando do seu anúncio, quando a organização fundamentalista cristã, American Family Association (AFA), lançou uma petição on-line contra a exibição da série por “glorificar satã como uma pessoa agradável em carne humana“, conseguindo adesão de quase 135 mil assinaturas. Neil Gaiman se manifestou comentando que tentaram fazer a mesma coisa com ele em 1991, quando a associação “Mães Preocupadas da América” (sic) anunciou um boicote ao quadrinho The Sandman por conter personagens LGBT… Claro que não funcionou e Lúcifer está renovada pela Fox para a segunda temporada que deve começar no próximo mês de setembro, com novos personagens (como a introdução da Mãe de Lúcifer, interpretada por Tricia Helfer de Battlestar Galactica) e novos casos. Lúcifer não vai te fazer prender na cadeira, mas vai sussurrar no seu ouvido para assistir todas as semanas… Não resista à tentação.

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2 Comentários

  1. essa série me surpreendeu. ela não é fiel ao material do gibi, mesmo assim ela é divertidissima. Adoro o humor negro e os personagens dessa série. só espero que a vinda da mãe dela na 2º temporada melhore ainda mais

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