TigerSharks: O irmão desconhecido de ThunderCats

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Em meados da década de oitenta a produtora Rankin/Bass Production Inc., que vocês devem conhecer por animações em stop motion como A Rena do Nariz Vermelho (Larry Roemer, 1964) e A Festa do Monstro Maluco (Larry Roemer, 1967), se uniu à Topcraft, empresa de animação japonesa, para produzir uma série de desenhos animados para o mercado americano. Posteriormente, com o aumento de volume de trabalho, a Topcraft acabou dividindo parte da produção com o lendário Studio Ghibli de Hayao Miyazaki.

Foram então produzidas três séries de ficção científica misturando a fantasia e os super-heróis americanos ao dinamismo e ação frenética dos animes japoneses no melhor dos dois mundos. A primeira destas séries animadas, e mais conhecida, foi ThunderCats (1985-1989), a segunda, SilverHawks (1986). Ambas as séries foram exibidas e reprisadas no Brasil durante anos, mas a terceira e última animação desta trilogia, TigerSharks (1987) ainda permanece relativamente desconhecida.

TigerSharks seguia o mesmo estilo de suas animações irmãs, ThunderCats e SilverHawks, e utilizava características de animais para dar superpoderes a seres humanoides. Neste caso, os personagens eram humanos que se utilizavam e um aparato, o Fish Tank para se transformar em suas heroicas formas submarinas e, posteriormente, para voltar à forma humana. O aparato fazia parte da nave do grupo, a SHARK, que também se convertia em um submarino e servia de base para a equipe.

A história se passa em Water-O, um planeta quase todo coberto por água e habitado por uma raça meio-homem-meio-peixe, chamada Waterians, que enfrentava a ameaça do maligno T-Ray até que a nave SHARK chega trazendo a equipe formada pelo mergulhador Mako, líder do grupo; o talentoso cientista, Walro, criador do Fish Tank; o mergulhador e braço-direito de Mako, Dolph; a capitã, técnica em comunicações e estrategista, Otavia; o mecânico da equipe, Lorca; Bronc e sua irmã, Angel, dupla de adolescentes assistentes da equipe e, é claro, Gupp, o basset hound mascote da equipe.

[Imagem 03] Como toda boa série animada dos anos 80, TigherSharks usava a ação e a aventura para passar lições e valores importantes para seus jovens telespectadores e, mais do que tudo, vender brinquedos. Uma série de figuras foi produzida pela LJN trazendo personagens que se transformavam ocultando suas feições humanas dentro do peito, como aquela famosa série de bonecos dos Power Rangers. A coleção de bonecos, assim como a animação, não teve vida longa e hoje é disputada a tapa por colecionadores nos sites de leilão virtual.

Em 2011, os personagens fizeram uma pequena aparição no reboot dos ThunderCats produzido pelo Cartoon Network e apesar de ser relativamente desconhecida, fãs se mobilizaram em um abaixo-assinado para conseguir o lançamento da série em DVD nos EUA. Com personagens e histórias bem aquém de seus antecessores, TigerSharks não fez muito sucesso e acabou encerrando este ciclo de animações da Rankin/Bass com sua única temporada com 26 episódios. No Brasil, a série permanece inédita, restando aos curiosos a busca no Youtube ou “caminhos alternativos” pela internet.

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Rodrigo Ramos

Designer por formação e apaixonado por HQs e Cinema de Horror desde pequeno. Ao contrário do que parece ele é um sujeito normal... a não ser quando é Lua Cheia. Contato: rodrigoramos@bocadoinferno.com.br

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