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Listar os 24 filmes de terror mais importantes para mim foi algo fácil e difícil ao mesmo tempo. Pensar nos filmes foi fácil, escrever os motivos que estão por trás de cada escolha foi um pouco mais complicado. Alguns são por memória afetiva e com alguma historinha (provavelmente traumática) por trás, outros por serem tão bons (na minha opinião, claro) e apenas terem me impressionado, sem historinhas pessoais. Uma mescla de produções duvidosas e clássicos, de medos infantis e admiração, e tenho um carinho especial por todos eles. Talvez essa lista mostre que tenho um gosto altamente duvidoso, ou que posso ter sido uma criança um tanto excêntrica (para não dizer perturbada). Sem mais enrolações, vamos a eles.

Brinquedo Assassino (1988)

Com apenas 3 ou 4 anos de idade, minha irmã – 10 anos mais velha -, decidiu que seria uma ótima ideia me colocar para assistir Brinquedo Assassino na TV, dizendo que era um filme sobre bonecos (o que não foi necessariamente uma mentira). Foi meu primeiro filme de terror, e é claro que me rendeu traumas por mais de uma década. Naquela noite, após assistir ao filme, sonhei com o Chucky me perseguindo enquanto um entregador de pizza tocava a campainha (????) e eu não conseguia atender, e acordei encharcada de suor e tremendo. Naquela época eu já dormia sozinha, e uma sensação de pavor crescia em mim enquanto esquadrinhava o quarto escuro. Para deixar tudo melhor ainda, eu tinha uma boneca daquelas estilo bebê que ficava em uma estante, à frente da cama. Ela segurava uma mamadeira na mão, do mesmo jeito que o Chucky segurava uma faca no filme. Desesperada e suando de medo, eu queria correr até o quarto da minha mãe, mas e se eu levantasse e aquela boneca cria do Chucky me atacasse?? Fiquei um tempo que pareceram horas infinitas de olho, achando que a qualquer momento ela poderia dar o bote, e me enrolei na coberta, afinal, cobertores são um escudo contra as forças do mal. Depois de muito tempo, criei coragem e gritei pela minha mãe, mas só pedi um copo de água e suspirei de alívio quando ela acendeu a luz. Fiquei com vergonha de dizer que estava com medo de uma boneca, e minha irmã obviamente me colocou para assistir ao filme sem meus pais saberem, então não falei nada. Foi uma das noites mais longas da minha vida, e até hoje lembro tanto do pesadelo quanto do momento em si em detalhes. Alguns meses depois, a cabeça dessa mesma boneca soltou do mais absoluto nada e rolou até onde eu estava, garantindo que eu fosse lembrar dessa experiência pelo resto da vida. Graças a isso, fiquei com um medo absurdo dessas bonecas que parecem uma criança por muitos anos. Hoje em dia adoro o Chucky, mas provavelmente não conseguiria dormir com uma réplica dele em casa. Sendo meu primeiro filme de terror da vida, que me despertou uma sensação de medo tão crescente e duradoura, é claro que Brinquedo Assassino é meu top 1 no quesito filmes de terror mais importantes.

A Hora do Pesadelo (1984)

Ainda bem criança, esse foi meu segundo filme de terror (ao menos que eu me recorde), também incentivada pela minha irmã. Diferente do que aconteceu com o Chucky, eu simplesmente amei o Freddy Krueger, e considero ele meu vilão de terror favorito até hoje. Eu me diverti e me divirto muito com o filme, com o humor macabro do Freddy e com a criatividade das mortes. Acredito que foi esse o filme (ou ao menos um dos) que me fez amar terror desde cedo. Sem traumas, sem medo e sem pesadelos dessa vez, Freddy Krueger é um dos grandes responsáveis por eu ser quem sou. Seja isso bom ou ruim.

O Chamado (2002)

O Chamado (2002)

No auge dos meus 11 anos, O Chamado estreia nos cinemas. Enchi o saco da minha mãe dizendo que queria vê-lo, e ela não queria me levar de jeito nenhum. Novamente, minha irmã entra em cena para ser a salvadora, e lá fui eu animadíssima para ver a Samara em tela grande. O filme me deixou impressionadíssima, e passei uma semana achando que ia mesmo receber uma ligação assustadora. Mas ele não está no meu top 3 apenas por ter me deixado com medo, e sim por ter acontecido algo muito curioso exatamente sete dias após eu tê-lo assistido. Em uma tarde, estava falando ao telefone com um amigo do colégio, sozinha em casa. Enquanto eu conversava despreocupadamente com ele no quarto, ouço um barulho na sala, que até então estava silenciosa. Imediatamente em alerta, peço para ele esperar e vou conferir que barulho repentino era aquele, e qual não é a minha surpresa quando vejo que A TV LIGOU SOZINHA! Se eu não fosse apenas uma criança, talvez eu tivesse um ataque cardíaco ali mesmo. A televisão ligou sozinha exatamente sete dias após eu assistir O Chamado, enquanto eu estava no telefone. Aquilo me deixou assustada por dias, a ponto de eu ter medo até de ir ao banheiro à noite. Ainda acho estranho, mas ao mesmo tempo começo a rir da loucura que foi. Não tinha ninguém para ligar a TV, nunca mais aconteceu coisa parecida. E o mais estranho é que ligou na Nickelodeon, ou seja, não apenas a televisão ligou sozinha, como também o receptor da TV à cabo, e ainda por cima não ligou na tela inicial, e sim mudou de canal. Não lembro o que estava passando na hora, mas às vezes me pego pensando nisso. Talvez a Samara só quisesse assistir uns desenhos. Por causa de toda essa experiência, O Chamado definitivamente merece estar no top 3 de filmes de terror mais importantes da minha vida, apesar da versão original japonesa ser muito mais assustadora.

Entrevista com o Vampiro (1994)

Esse filme eu assisti com o aval da minha mãe quando criança, não lembro a idade. Talvez uns 9 anos, e acredito que foi meu primeiro filme de vampiro. Simplesmente me apaixonei por toda a estética do filme, o enredo e, é claro, os vampiros. Assisti inúmeras vezes ao longo dos anos, e Lestat virou meu ícone desde aquela época. Foi meu primeiro contato com Anne Rice, e quando descobri que o filme foi baseado em um livro, é claro que tive que ir atrás não apenas dele, como de todos das Crônicas Vampirescas. Foi por causa dele que, alguns anos mais tarde, procurava sobre vampiros e ocultismo na internet e minha primeira foto de perfil do orkut foi a imagem de uma vampira aleatória. Entrevista com o Vampiro abriu portas para que eu conhecesse não apenas Anne Rice, mas todo um universo envolvendo uma cultura, literatura, estilo, jogos e músicas que são grande parte de quem eu sou atualmente.

Beetlejuice: Os Fantasmas se Divertem (1988)

É claro que esse clássico de Tim Burton estaria na lista. Todo o humor e bizarrice desse filme sempre me divertiram desde a primeira vez, e ele simplesmente fez parte da minha infância, assim como o desenho. Assistia todos os dias. Beetlejuice e Freddy Krueger são alguns dos grandes responsáveis por eu adorar terror com comédia, que inclusive são meus dois gêneros favoritos. Algumas pessoas educavam os filhos com Bananas de Pijamas e Barney, eu fui educada com Beetlejuice. Até hoje esse filme tem uma importância gigante na minha vida, seja pela nostalgia, seja por ele ter moldado um pouco depois meu humor e personalidade.

Todo Mundo em Pânico (2000)

Aproveitando o gancho do terror com comédia, acho que é válido colocar Todo Mundo em Pânico na lista, né? Ainda era criança, mas já tinha assistido uma boa cota de filmes de terror quando esse filme foi lançado. Todos os mais conhecidos ao menos eu já tinha assistido, então me diverti demais com esse filme, as referências e as piadas muito bem sacadas que fizeram das cenas e clichês de terror. Mesmo com algumas cenas e piadas bem inapropriadas para crianças, meus pais alugaram esse filme (como era costume toda sexta, a maioria dos filmes de terror assisti assim antes de chegar à adolescência) e todos choramos de rir. Toda vez que esse filme passava, nos reuníamos e ríamos como se fosse a primeira vez.

O Exorcista (1973)

Aqui não tenho nenhum motivo pessoal ou história peculiar envolvendo o filme, apenas o reconhecimento dessa obra-prima. A maquiagem é espetacular, os efeitos do filme muito bem-feitos, deixando muito filme atual no chinelo, fora toda a atmosfera em si. Esse filme é um primor, o modo como a possessão vai ficando gradualmente aparente é genial, a sutileza das pequenas mudanças de Regan logo após brincar com a tábua ouija e o modo como isso vai escalonando rapidamente, o horror de sua mãe quando percebe, as diversas nuances. Um eterno clássico. Na minha opinião, apesar de termos sim alguns muito bons, nenhum outro filme de possessão conseguiu chegar aos pés desse.

Lenda Urbana (1998)

Esse é um filme que não vejo ser muito falado atualmente, mas me marcou. A premissa dele é bem simples, mas a cena da pessoa acordando em uma banheira de gelo e percebendo que estava sem um rim é inesquecível. Nos anos 90/começo dos anos 00 era comum rodarem diversas lendas urbanas, algumas de épocas anteriores até, mas que perduraram. Ser sequestrado e ter seu rim roubado não sei se era uma lenda urbana conhecida na época, mas certamente passou a ser para mim depois desse filme. Além da trilha sonora ser muito boa.

O Iluminado (1980)

Meu primeiro contato com alguma obra de Stephen King foi o filme O Iluminado. Achei maravilhoso, me prendeu e me deixou tensa do começo ao fim e, junto de O Sexto Sentido, me fez ficar com um certo receio com a possibilidade de ver espíritos. A cena das gêmeas no corredor do hotel e toda sua sequência dá um certo calafrio só de lembrar, e é assim que sabemos que um filme de terror é bom. Apesar de King não gostar da adaptação e os finais do livro e filme serem bem diferente, considero ambos espetaculares.

Invocação do Mal (2013)

Invocação do Mal estreou em um momento no qual os filmes de terror estavam bem mornos. Assistíveis, mas dificilmente aparecia algum que realmente chamasse atenção ou se destacasse, até que Ed e Lorraine Warren surgiram. Só a frase “baseado em fatos reais” já causa algum impacto, mas o filme acaba também é tecnicamente muito bem-feito. Os clichês de jumpscares existem, mas são bem utilizados, e o resultado é um filme de assombração que me deixou de olhos grudados na tela depois de muito tempo assistindo longas entediantes. Foi nesse filme que comecei a gostar da Vera Farmiga, e virei fã de vez em Bates Motel.

Não Fale o Mal (2022)

Assistir ao longa dinamarquês foi como um soco no estômago. O filme aparecia em diversas listas de melhores do ano e, entre outros que figuravam nessa lista, decidi assisti-lo. Eu não esperava que ele fosse me atingir tão fundo. Para alguns, certas situações podem parecer exagero, mas só acha isso quem nunca passou por isso ou teve problemas em dizer não. Eu já passei por inúmeras situações extremamente desconfortáveis apenas por ficar sem graça de dizer não, por não querer parecer mal-educada, e algumas tão absurdas quanto as retratadas no filme. Apesar de já ser bem mais assertiva quando assisti, me causou um desconforto imenso ter aquilo jogado na cara e lembrar das coisas que passei quando mais nova por ser passiva e introvertida demais. Esse filme me fez reforçar que eu deveria sim continuar dizendo não sem me sentir mal por isso, e não me submeter a situações desgastantes apenas porque alguém acha que pode mais. Não Fale o Mal – a versão original, dinamarquesa, reforçando mais uma vez – teve um grande impacto para mim, e só quem é ou já foi assim vai entender. Dizer não dói menos do que correr o risco de ser apedrejada, afinal.

Pânico 4 (2011)

Pânico 4 (2011)

Gosto muito de Pânico, acompanho a franquia desde criança e esse filme tem um lugarzinho especial no meu coração. Mas por que especificamente o 4? Simples, porque foi o primeiro filme da franquia Pânico que vi nos cinemas. Quando anunciaram o quarto filme, depois de 11 anos, eu precisava ver de qualquer jeito no cinema. Passei o mês inteiro anterior ao lançamento falando sobre isso na faculdade, e no final das contas metade da sala decidiu assistir comigo, mesmo que a maioria ali sequer gostasse de terror ou mal tivesse assistido os filmes anteriores. Foi um momento muito legal, e me diverti muito finalmente vendo Pânico no cinema, mesmo não sendo o melhor da franquia.

Resident Evil 2: Apocalypse (2004)

Eu sei, eu sei. Antes que me xinguem, entendam que é uma memória afetiva. Enquanto eu brincava de bonecas, assistia meu pai jogando Resident Evil no nintendo 64.  Ele não entendia muito bem a história do jogo, mas gostava de matar os monstros, e é isso que importa. Quando anunciaram o primeiro filme da franquia, ele fez questão de assistir no cinema, assim como todos os seguintes. Resident Evil foi a única franquia que assistimos em família no cinema assim que estreava, do primeiro ao último filme. Coloquei especificamente o segundo porque foi graças a trilha sonora desse filme que conheci uma das minhas bandas favoritas até hoje, Lacuna Coil.

Louca Obsessão (1990)

Se tem um filme que causa aflição de uma forma muitíssimo eficaz, esse filme é Louca Obsessão. Kathy Bates está sensacional como Annie Wilkes, sua atuação foi digna de Oscar (e felizmente ela ganhou mesmo). Gosto muito de produções que causam fortes reações e sensações, e Rob Reiner dirigiu tão bem que nos sentimos parte do filme, sentindo todo o desespero, medo e dor de Paul Sheldon. Esse é um dos poucos casos onde o filme é tão espetacular quanto o livro. Sendo essa minha obra favorita de Stephen King, e o filme despertando tantas reações, não tinha como ficar fora dessa lista.

Drácula de Bram Stoker (1992)

Drácula (1992)

Até hoje, a imagem que tenho do Drácula é a que foi apresentada em Drácula de Bram Stoker, afinal foi meu primeiro filme envolvendo o famoso Drácula. Quando assisti esse filme, fazia pouco tempo que tinha assistido Entrevista com o Vampiro, mas é claro que já tinha ouvido o nome Drácula antes. Eu, que já estava um pouco obcecada com vampiros por causa do Lestat, fiquei em completo êxtase quando assisti Drácula de Bram Stoker, com todo o visual, a história e a atmosfera. Qualquer coisa que tenha o nome Van Helsing eu assisto por causa desse filme, todos os atores envolvidos nessa produção foram tão impecáveis que fui atrás da filmografia de todos. Muitos anos depois enfim li o livro, e o surpreendente aqui é que definitivamente não teve o mesmo impacto que o filme para mim. De qualquer modo, depois dessa adaptação de Coppola, tudo que envolvia Drácula no título eu consumia. A maioria das coisas um tanto decepcionantes, mas é difícil bater um clássico, afinal.

Anjos da Noite (2003)

Esse filme assisti no cinema, naquela época da pré-adolescência que queremos começar a externar nossos gostos no visual. Que eu já era fã de terror desde criança e de metal já há alguns anos todo mundo já sabia, mas meu estilo ainda era…comum. Imagine o meu impacto ao ver uma vampira belíssima e estilosa empoleirada no alto de construções enquanto o sobretudo de vinil balança ao vento. Gosto de todo o filme, mas se hoje em dia metade do meu guarda-roupa é composto por vinil e couro, pode ter certeza de que Selene tem grande parte nisso. Assim como o elenco de Matrix e o caçador de vampiros Blade.

Do Inferno (2001)

Lembro perfeitamente da minha mãe querendo ver esse filme por ser sobre a história de Jack, o Estripador, e me falou sobre ele muito animada. Muitos anos atrás ela fez um trabalho sobre ele na faculdade, e claramente ainda existia um interesse no assunto. Sempre fui fã de mistérios também, então fiquei maravilhada com essa história e com todo esse suspense envolvendo o assassino que nunca foi capturado, e por causa desse filme (que é ótimo, inclusive) pesquisei mais sobre o estripador e, tenho quase certeza, o interesse por true crime começou a surgir a partir daí.

The Rocky Horror Picture Show (1975)

Protagonista icônico, Curry será o Narrador no remake

Terror e comédia juntos em um musical queer muito à frente de seu tempo? Sim, por favor! Só fui assistir esse filme depois de adulta, e que obra de arte maravilhosa, com muita coisa que eu gosto em um só lugar. Imagine só, na década de 70 um filme que explora questões de gênero e sexualidade, com uma figura que desafia a heteronormatividade: Frank-n-furter! Mesmo em pleno 2025 existem pessoas que se incomodam com a celebração da diversidade, 50 anos atrás então, esse filme foi um escândalo para os conservadores. Icônico até os dias de hoje, esse filme encoraja as pessoas a serem quem são sem medo.

Premonição 2 (2003)

Um filme que marcou toda uma geração. Talvez tenha ficado impressionada por ter assistido com 12 anos de idade, mas a ideia de que a morte não deixa ninguém escapar e quando chega a hora não tem o que fazer segue comigo até hoje. Toda vez que sai alguma notícia que um avião ou ônibus sofreu um acidente e alguém não embarcou ou sobreviveu por pura sorte, eu lembro desse filme. E a cena do caminhão então? Percebemos o quanto um filme é marcante quando ninguém fica atrás de um caminhão levando madeira na estrada.

O Sexto Sentido (1999)

Fazendo essa lista, comecei a me perguntar por que diabos meus pais me deixaram assistir tanta coisa que claramente não era para a minha faixa etária quando criança. O Sexto Sentido é mais um desses exemplos, e foi majoritariamente graças a ele que passei anos com medo de abrir os olhos no meio da noite. Vai que eu dava de cara com um espírito todo escangalhado querendo ajuda? Não, obrigada. Ativava o modo escudo de cobertor e ficava a noite toda com a cabeça escondida, para não correr o risco de ver nada indesejado. De qualquer modo, é um excelente filme.

Elvira: A Rainha das Trevas (1988)

Como uma boa cria dos anos 90/00, não podia deixar de fora esse clássico. Que garota alternativa não queria ser a Elvira quando crescesse? Esse filme fez parte das minhas sessões da tarde no SBT, divertidíssimo. Humor e trevas na medida certa, Elvira foi praticamente uma mãe para crianças com um certo fascínio pelo macabro.

Jogos Mortais (2004)

Jogos Mortais é um daqueles filmes que quer te chocar, mas quer chocar com um propósito. Logo de cara temos dois homens presos no banheiro com um cadáver, em uma situação claustrofóbica. O que se segue são cenas angustiantes, e Jigsaw acaba conquistando um lugar de destaque junto a vilões clássicos do terror. A premissa do filme, onde as pessoas que cometeram algum delito terem uma nova chance, mas apenas se passarem em um teste mortal, é absurdamente incrível. Temos momentos viscerais, junto a uma trilha sonora que causa uma tensão ainda maior. Uma pena que a franquia foi perdendo a qualidade, mas o primeiro é absolutamente icônico.

A Tristeza (2021)

Sempre gostei muito de filmes de terror asiáticos, costumam ser assustadores de um jeito diferente. Uma sombra parada no canto de um lugar desolado consegue ser mais apavorante do que um demônio pulando na tela do mais absoluto nada, por exemplo. Com tantos exemplares excelentes, escolho A Tristeza para colocar nessa lista, um longa taiwanês que recomendo muito. Cheio de críticas à sociedade e governo, esse filme é brutal em vários sentidos, retratando uma pandemia de um vírus que desperta um lado maníaco-homicida nas pessoas. A crueza com a qual tudo é retratado, as cenas cheias de sangue e violência desmedida e o gore são impressionantes. Depois da pandemia muitos filmes surgiram com o tema, e esse sem dúvidas foi o melhor do estilo que assisti.

Cine Trash (1996-1997)

Quando criança eu assistia muita televisão, assim como qualquer criança que cresceu nos anos 90. Entre um dos meus programas favoritos estava o Cine Trash, que passava na Band (?) todas as tardes. Eu era fascinada pela figura do Zé do Caixão, seu jeito de falar e suas histórias, e uma vez me recusei a cortar as unhas porque queria “deixar elas grandes iguais às do Zé do Caixão, mãe!”. Ele foi uma grande referência para mim, e fui lembrando disso conforme escrevia essa lista e desbloqueava memórias. Freddy Krueger foi sim um dos grandes responsáveis por eu ser fã de terror, ao lado no nosso eterno Zé do Caixão. Eu preferia muito mais assistir ao programa dele do que de qualquer outra apresentadora loira de emissoras concorrentes, e lembro que chorei muito quando o Cine Trash parou de passar à tarde e mudou para o horário da noite. Filmes como Bonecos da Morte, Contos da Escuridão e Creepshow eu conheci por causa do Cine Trash, e como eu me divertia com esses filmes duvidosos (apesar do filme dos bonecos me dar calafrios por causa da experiência toda com o filme do Chucky) e com todas as histórias que o Zé do Caixão contava. Era um dos meus momentos favoritos do dia, e foi graças a esse programa que conheci esse ícone do terror nacional e, posteriormente, seus filmes. Então fecho essa lista de filmes em comemoração aos 24 anos de Boca do Inferno não com um filme, mas com um programa de uma lenda brasileira que eu amava assistir e me rendeu ótimas memórias. Obrigada, José Mojica Marins.

E obrigada, Boca do Inferno, por manter o horror sempre vivo e pulsante por mais de duas décadas.

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