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Wrona afirmou que queria tocar o aspecto místico da vida judaica-polonesa
Wrona afirmou que queria tocar o aspecto místico da vida judaica-polonesa

Demon, último filme do diretor polonês Marcin Wrona, passou por vários festivais no ano passado, incluindo o Festival de Toronto, e chegou a ganhar o prêmio de Melhor Horror no Fantastic Fest. Mas a breve carreira do diretor chegou ao fim em setembro. Pouco antes de Demon estrear em seu país de origem, no Gdynia Film Festival, Wrona foi encontrado morto em seu quarto de hotel. Mas o filme continuou rodando o mundo e, no dia 12 de maio, chega aos cinemas brasileiros pela distribuidora Supo Mungam Films.

No longa, Piotr e Zaneta recebem de presente de casamento uma terra para construírem sua casa. Durante a preparação do solo, o noivo descobre ossos humanos. Esta será a primeira de uma série de acontecimentos bizarros que culminará com um violento espírito invadindo o casamento.

Demon é uma interpretação do mito judaico dybbuk. Sobre o filme, Wrona comentou: “O que é mais importante para mim neste filme é o conto da espiritualidade, que hoje é muito difícil de acessar ou que já mudou completamente sua forma. O que tentamos alcançar neste filme era que os convidados do casamento fossem confrontados por algo sobrenatural. Eles não sabem como agir com isso ou como se comunicar. Usamos horror grotesco no nosso filme, mas o nosso objetivo não era para copiar filmes de terror japoneses ou espanhóis ou americanos, eles têm seus próprios demônios, queríamos usar o nosso”.

Sobre o “demônio” de sua cultura, o diretor afirmou: “Dybbuk não tem que ser assustador. É uma alma retornando, que não retorna para assustar, mas sim para nos lembrar do respeito pela tradição. E isso é o que estávamos tentando alcançar com o nosso filme. Eu não queria de forma alguma que o filme fosse sobre o Holocausto. Eu queria tocar o aspecto místico da vida judaica-polonesa e, portanto, a idéia de lançar um ator israelense em nosso filme”.

Demon é estrelado por Itay Tiran, Agnieszka Zulewska, Tomasz Schuchardt, Andrzej Grabowski, Adam Woronowicz, Wlodzimierz Press, Tomasz Zietek e Katarzyna Gniewkowska. O roteiro do filme foi escrito por Pawel Maslona e Marcin Wrona, com base na peça Adherence, de Piotr Rowicki. A trilha sonora foi composta por Krzysztof Penderecki (O Exorcista, O Iluminado).

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