Covid-23 é o tema do thriller apocalíptico SONGBIRD, de Michael Bay

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Sempre associado a produções apocalípticas, envolvendo grandes orçamentos e elenco conhecido, o produtor e diretor Michael Bay (de Armageddon, das franquias Transformers, Uma Noite de Crime e Ouija) está por trás de uma obra considerada por alguns críticos como insensível. A razão desse apontamento se deve ao fato de seu filme mais recente, SONGBIRD, ter como argumento uma mutação do corona vírus.

Realizado durante a quarentena, o longa estende a doença até 2024, imaginando um mundo onde as pessoas infectadas passam a ser perseguidas e isoladas pelo exército. Com direção de Adam Mason (de Jogos Sangrentos e A Cadeira do Diabo) – Bay ficou com a produção -, a partir de um roteiro escrito por Mason em parceria de Simon Boyes (de Má Conduta), SONGBIRD tem no elenco nomes como K.J. Apa (Riverdale), Sofia Carson (Descendentes), Craig Robinson (A Fuga do Planeta Terra), Alexandra Daddario (O Massacre da Serra Elétrica 3D: A Lenda Continua) e até Demi Moore (Animais Corporativos).

A história se passa na cidade de Los Angeles no ano de 2024. O vírus sofreu mutação e agora é uma cepa mais letal e infecciosa, a COVID-23. Quarentenas, toque de recolher, escassez de alimentos e falta dos suprimentos fazem parte da vida diária. Nessa realidade, um casal que nunca se encontrou tenta encontrar meios de se aproximar, antes que ela seja levada pelas autoridades ao local de quarentena.

Achamos que seria esse o resultado se a quarentena pela qual passamos continuasse por alguns anos“, explica o co-roteirista e diretor Adam Mason. “Escrever o roteiro e filmar foi meio louco porque sempre tive a sensação de estar contando algo que realmente estava acontecendo. Por exemplo, lembro-me de escrever uma cena sobre o toque de recolher e um helicóptero ameaçando as pessoas a obedecer. Simon me disse: ‘Não, muito distópico, é ficção científica’. E nessa mesma tarde, alguns helicópteros passaram por cima da minha casa anunciando o toque de recolher …

Já para KJ Apa, trabalhar em SONGBIRD durante uma epidemia global não será algo que ele vai esquecer tão cedo. “Ter filmado em um momento como este me enche de esperança e reforça minha ideia de que precisamos perseguir nossos sonhos apesar de todos os obstáculos“, diz ele. “Nós tivemos que fazer o filme porque todos nós amamos filmes. Conseguimos o impossível durante uma pandemia global e trabalhamos com segurança absoluta. Além disso, adoro o tema do filme, contamos uma incrível história de sobrevivência e triunfo.

Ainda sem data para chegar ao Brasil, o provocador SONGBIRD teve lançamento em plataforma digital nos EUA em 10 de dezembro.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

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