BlinkyTM (2011)

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BlinkyTM
Original:BlinkyTM / Bad Robot
Ano:2011•País:EUA, Irlanda
Direção:Ruairi Robinson
Roteiro:Ruairi Robinson
Produção:Marshall Rawlings, Nick Ryan
Elenco:Max Records, Jenni Fontana, James Nardini, Caroline Rich, Corbin Timbrook, Skoti Collins, Joe Childs

Quando pequeno meu pai me presenteou com um robô que tornou minha infância muito mais interessante. Produzido pela Brinquedos Estela, Ar-Tur vinha com a frase O robô que vai brincar com você – e realmente fazia isso! Ele se movimentava com controle remoto e era grande para os padrões de brinquedos da época. Ar-Tur se tornou um dos meus melhores amigos, participando de várias brincadeiras e ótimos momentos. Lembrei desse robô enquanto assistia ao curta-metragem BlinkyTm, também apelidado de Bad Robot.

Dirigido e roteirizado por Ruairi Robinson (não, ele não fez parte da série Perdidos no Espaço), o filme começa com o menino Alex Neville (Max Records, de Onde Vivem os Monstros) assistindo a um comercial sobre um robô companheiro das crianças. Embora se passe num futuro próximo, época em que os robôs são membros comuns da sociedade, o comercial é produzido seguindo os modelos antigos, com cortes de cabelo ultrapassados e efeitos risíveis. Uma bela ideia do roteiro!

O garoto pede o robô para os pais, os briguentos Sr. (James Nardini) e Sra. Neville (Jenni Fontana), e é prontamente atendido. Inicia então um namoro rápido com o novo brinquedo, trazendo cenas de diversão com o amiguinho metálico, correndo pelo quintal e realizando diversas brincadeiras. No entanto, por mais que brinque, o menino não está feliz: a briga dos pais o incomoda em demasia, fazendo-o descontar no robô, em momentos que causarão ódio no público. Particularmente, lembrando Ar-Tur, fiquei torcendo para que BlinkyTm rasgasse a carne do pequeno e o torturasse de forma cruel.

No último ato, o brinquedo resolve atender os inúmeros pedidos do menino, incluindo o assassinato de todos os presentes na moradia, sem poupar o cachorro, ainda que mantenha seu rostinho camarada. Infelizmente, o curta, de apenas 12 minutos, deixou de lado os momentos mais sangrentos, permitindo que a imaginação do espectador complete o que está sendo mostrado.

BlinkyTM remete à infância, sem deixar de lado o terror: Você está comendo-o. É bem dirigido e interessante, lembrando as boas histórias curtas frequentes nas antologias dos anos 80. Se tiver a oportunidade de conferir, assista-o enquanto recorda seus velhos companheiros da juventude.

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

2 thoughts on “BlinkyTM (2011)

  • 10/05/2013 em 19:56
    Permalink

    Me deu pena do Blinky mas gostei muito.

    Resposta
  • 02/05/2013 em 21:21
    Permalink

    tenho vontade de ver esse filme,vou caçar na net.

    Resposta

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