Sexta-Feira 13 - Parte 2
Original:Friday the 13th - Part 2
Ano:1981•País:EUA Direção:Steve Miner Roteiro:Ron Kurz, Victor Miller Produção:Steve Miner Elenco:Adrienne King, Amy Steel, Betsy Palmer, Bill Randolph, Cliff Cudney, Jack Marks, Jerry Wallace, John Furey, Kirsten Baker, Lauren-Marie Taylor, Marta Kober, Russell Todd, Stuart Charno, Tom McBride, Walt Gorney, Warrington Gillette |
O segundo filme da franquia Sexta-feira 13 veio em 1981, um ano depois do original, e trouxe alguns pontos interessantes que o diferenciam das sequencias que viriam depois. Primeiro, temos aqui um roteiro que tenta e consegue funcionar como uma Parte 2 principalmente por trazer de volta três personagens do filme anterior. Além disso, o roteiro é interessante, bem trabalhado e com uma conclusão eficiente. E mais importante, aqui temos a estreia de Jason, que no filme original, era apenas uma lembrança vista em poucas cenas.
O começo de Sexta-feira 13 – Parte 2 é um dos mais interessantes de toda a franquia. Aqui reencontramos Alice Hardy (Adrienne King), que sobreviveu ao massacre do filme original. Cinco meses depois do primeiro filme, Alice está em uma casa localizada próximo de Crystal Lake. Ainda assustada, a mocinha está tentando reorganizar a vida. Do lado de fora da casa, um homem está à espreita. Aqui está uma das primeiras surpresas do roteiro. Antes mesmo de 10 minutos de projeção, Alice é morta. Esta é a estreia de Jason no cinema como assassino. E ninguém melhor para ser a sua primeira vítima do que Alice, que matou a mãe dele no filme anterior.
Roteiros a parte, a participação de Alice na trama foi pequena por um pedido da atriz. Após o sucesso do filme original, Adrienne King passou a ser perseguida por um fã louco, que deixava mensagens ameaçadoras na porta dela. Alguns meses depois, o sujeito foi preso, mas Adrienne passou a questionar toda a exposição que teve após Sexta-feira 13 e decidiu se afastar das câmeras. De acordo com uma entrevista exclusiva para o Boca do Inferno, ela disse que a ideia não era a de matar Alice, mas que ela sumisse da trama e pudesse reaparecer em um terceiro filme. Algo que nunca aconteceu. Adrienne passou a trabalhar como dubladora de filmes e so voltou a atuar em uma película 29 anos depois, em Psychic Experiment.
Após este prólogo, o filme realmente começa. Cinco anos após a chacina mostrada no primeiro filme, o empresário Paul Holt (John Furey) resolve abrir uma colônia de férias bem pertinho de onde ficava o Camp Blood (Acampamento Sangrento), em Crystal Lake. Contrata alguns jovens para serem monitores do acampamento – que já está prontinho para receber as crianças, ao contrário do cenário mostrado no primeiro filme da série, que ainda estava em reformas. Dentre os novos monitores, destaque para Ginny Field (Amy Steel, de A Noite das Brincadeiras Mortais).
O enredo segue então a risca do começo do original com os monitores chegando ao acampamento e até uma aparição do velho Ralph (Walt Gorney), que também esteve primeiro filme alertando os jovens para saíram daquele lugar. Jason então entra em ação e vai matando parte do cast. No entanto, uma curiosidade interessante do roteiro é que aqui nem todo mundo morre. Existe um grupo que vai passar a noite na cidade e escapa da matança promovida por Jason. Aliás, um outro destaque da trama é justamente como o filho da senhora Voorhees é mostrado. Aqui temos um Jason magro, ágil (corre o tempo todo), que usa um saco cobrindo o rosto e um dos olhos. A máscara viria apenas no filme seguinte, de 1982.
Só vemos o corpo inteiro de Jason quase no final do filme. Ele luta, sobe em cima de um carro, corre pela mata…enfim, um Jason de trinta anos. As mortes são mais violentas, pois há a presença física do assassino, mas são menos gráficas. Claro…não temos mais o maquiador Tom Savini na equipe.
Parte do sucesso de Sexta-feira 13 – Parte 2 se deu pela competente direção de Steve Miner, que participou do primeiro como produtor associado. Mais do que o cargo, dizem que ele esteve ao lado Sean S. Cunningham durante as principais decisões criativas do filme original e que teria até dirigido algumas cenas. Miner demonstrou posteriormente ser um diretor competente não apenas com filmes do gênero, como Halloween H20, mas também em romances como em Eternamento Jovem (Forever Young, 1992).
E para coroar a trama com chave de ouro, temos uma boa conclusão, além de uma participação super especial da mamãe de Jason (Betsy Palmer). No livro Crystal Lake Memories, a atriz explica que aceitou o convite do diretor Steve Miner porque o achou muito educado e que se lembra apenas de ficar em uma sala escura gravando algumas falas diante da câmera. De acordo com a própria, ela nunca assistiu a este filme.
O filme vale os elogios também pelo final inconcluso, que não deixa claro o que aconteceu – Jason morreu ou não? O último ataque foi um sonho? E o que aconteceu com Paul? Também vale os bons comentários pela dignidade e pelo esforço de tentar criar alguma coisa diferente, pois podiam ter ressuscitado do nada a mãe do Jason, se fosse o caso, como produtores inescrupulosos fizeram com o passar das continuações.
Curiosidades
– 48 segundos do filme foram deixados de fora na hora da edição para evitar uma censura de 18 anos.
– O filme teve um orçamento de US$ 1 milhão e rendeu US$ 21 milhões.
– A cabeça da senhora Voorhees vista na cena final é de uma atriz maquiada.
– Apesar do papel de Jason ser creditado a Warrington Gillette, a maioria das cenas do assassino foram feitas pelo dublê Steve Dash. Gillenet teria feito apenas a cena quando Jason aparece sem o saco na cabeça.
– Adrienne King costuma declara que a sua personagem Alice não morreu. Ela alega que nunca vimos o corpo sem vida de Alice. Na verdade, na cena na qual Ginny encontra a cabeça da mãe de Jason, é possível ver um esqueleto com um furador de gelo no crânio. Trata-se do cadáver de Alice.
– A atriz Amy Steel deveria retornar em um terceiro filme, mas as negociações não foram para frente. No livro Crystal Lake Memories, ela diz que um dos seus maiores arrependimentos na vida foi o de não ter voltado para a terceira parte. No entanto, Ginny aparece por alguns segundos durante um telejornal local que narra os assassinatos desta parte 2.
Contagem de Corpos
Assassino: Jason Voorhees
1 : Alice – picador de gelo na cabeça
2 : velho Ralph – enforcado com arame na árvore
3 : Policial – martelada na parte de trás da cabeça
4 : Scott – garganta cortada com facão
5 : Terry– esfaqueada
6 : Mark – facada no meio da cara…
7 :Jeff e
8 : Sandra – empalados por uma flecha grande…
9 : Vickie – esfaqueada
10 : Paul – desaparece, provavelmente morreu…
Filme muito bom, um verdadeiro clássico.
Meu maior problema com esse filme é a morte de Muffin (A cachorrinha)… Mas o filme é uma ótima sequencia.
Bom filme e boa sequencia. Dos clássicos, na minha opinião, os melhores são: partes 1,2,3,4 e 6.
Acredito quebo Paul tenha morrido na na sala da casa onde os monitores se confraternizavam, na ptimeira luta com o Jason. A parte que ela vê ele na cabana, acho que é alucinação dela. Assim como o final em que ela sofre o ataque, o Paul era só imaginação. Assim como no final do 1° a Alice teve .
Ótima análise! A parte 2 faz jus ao êxito do primeiro filme.
É o meu filme preferido da série e, sem dúvida, um dos melhores.
E conseguiu contar uma história, ao contrário dos seus sucessores.
Só retificando: é Bússola do Terror.rs Foi mal.
Interessante lembrar de mim com doze anos no cinema vendo este filme pela primeira vez e vendo o impacto sobre a platéia.Uma moça passou mal durante a projeção e eu quase morri de medo na cena em que Jason salta da janela.A falha foi justamente o final inconclusivo,pois finais sem explicação irritam o público.Mesmo assim, é um dos filmes mais assustadores de todos os tempos.Não é,Paulin ?
otimo filme, otima critica, so errou em uma coisa. paul nao morreu
É o meu preferido da franquia.
GOSTEI MUITO DESSE.
filmaço faz jus ao primeiro , apesar de eu gostar mais do 6 , este jason pelo menos corre e é mais ágil e convincente..