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Cemitério Maldito
Original:Pet Sematary
Ano:1989•País:EUA
Direção:Mary Lambert
Roteiro:Stephen King
Produção:Richard P. Rubinstein
Elenco:Dale Midkiff, Denise Crosby, Fred Gwynne, Brad Greenquist, Miko Hughes, Blaze Berdahl, Liz Davies

“And the night, when the moon is bright,
Someone cries, something ain’t right”

Raras vezes no cinema de horror a morte foi retratada com tanto realismo como em Cemitério Maldito. Ao falar em realismo, não me refiro, como é comum ao discutirmos filmes do gênero, a efeitos especiais ou mortes criativas, e sim sobre o efeito que a morte causa nas pessoas. Baseado em um livro de Stephen King com roteiro adaptado pelo próprio, e dirigido por Mary Lambert em 1989, Cemitério Maldito é um filme sobre a morte, o luto e o sepultamento. Seu lado mais perturbador não está ligado ao sobrenatural, e sim no horror de perder um ente querido, horror pelo qual todos nós teremos de passar algum dia.

O título original, Pet Sematary (ou “cemitério de bichos”, escrito com a grafia propositalmente errada) se refere ao lugar onde as crianças da cidade de Ludlow, Maine, enterravam seus bichos de estimação, a maioria mortos pelos enormes caminhões que cruzam a estrada principal. Louis Creed (Dale Midkiff) é um médico que acaba de se mudar junto com a esposa Rachel (Denise Crosby) e os filhos Ellie (interpretada pelas gêmeas Beau e Blaze Berdahl) e Gage (o adorável monstrinho Miko Hughes) para os arredores do cemitério de bichos. Com uma casa grande e confortável, um emprego sólido como médico da faculdade local e a agradável vizinhança do simpático Jud Crandall (Fred Gwyne, do seriado Os Monstros, perfeito no papel), a nova vida parece perfeita para os Creed. Mas as coisas começam a piorar quando o jovem Victor Pascow (Brad Greenquist) morre no consultório de Louis. Mesmo depois de seu coração parar de bater, ele abre os olhos e avisa ao médico que tentou salvar sua vida sobre o perigo que espera além do cemitério de bichos.

Louis se vê confrontado com a morte novamente quando Church, o gato de sua filha, é atropelado na estrada, e em seguida a empregada Missy (Susan Blommaert) se suicida. Ao menos para o gato, Louis encontra uma solução, ao acompanhar Jud para uma área de sepultamento indígena e enterrar o pobre bichinho. No dia seguinte, Church está em casa, de volta dos mortos e com um comportamento estranho e agressivo. Poderia terminar aí, mas a maior desgraça da vida de Louis ainda está por vir, e a tentação de ressuscitar os mortos é grande demais, mesmo com consequências aterrorizantes.

Decepcionado com a maioria das adaptações cinematográficas de seus livros, Stephen King fez questão de roteirizar Cemitério Maldito, e exigiu que seu roteiro fosse seguido à risca. Sem ser purista demais com a própria obra, ele cortou personagens importantes do texto original e cortou diversos elementos que ficariam deslocados no filme. O resultado foi um roteiro enxuto e simples, mas ainda assim poderoso e genuinamente assustador.

Um dos personagens mais assustadores do filme é Zelda, a irmã de Rachel, que aparece num perturbador flashback. Sofrendo de meningite raquidiana, uma doença que a deixa parecida com uma bruxa de conto de fadas, Zelda assombra Rachel até sua vida adulta, e é responsável por alguns dos momentos mais memoráveis de Cemitério Maldito. Curiosamente, Zelda foi interpretada por um homem, Andrew Hubatsek, já que os produtores não conseguiram encontrar uma atriz magra o suficiente para o papel.

Dale Midkiff é um ator carismático que retrata de forma arrepiante a loucura em que Louis decai durante o filme. Denise Crosby também está ótima como sua esposa Rachel, com destaque para o monólogo em que confessa a forma horrível como sua irmã morreu. Mas os destaques no elenco são sem dúvida Fred Gwyne (impossível imaginar outro ator no papel de Jud Crandall) e o pequeno Miko Hughes, que, com seus três anos ainda incompletos, criou um dos vilões mais perturbadores do cinema.

Cemitério Maldito é cinema de horror puro. Garante sustos, lágrimas e momentos de aflição, e, como a cereja no topo do bolo, a genial música tema dos Ramones. Leia o livro, veja o filme e escute o disco!

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22 Comentários

  1. Assisti essa versão e achei boa,mas não curti a atuação do ator que fez o Louis.
    Achei ele inexpressivo em momentos de tensão.

  2. Esse filme foi marcante, acho que ainda é na verdade. terror dos bons.

  3. amo esse filme…a mensagem que ele passa.O solo do coraçao do homem e mais duro que o solo do antigo cemiterio indigena.

  4. Esse filme é muito bom mesmo, tem algumas galhofas da época mais funciona de uma maneira muito impressionante, recomendo muito!!!

  5. Considero “O cemitério” o melhor livro do Stephen King, triste e assustador na mesma medida, uma obra perfeita e inesquecível. O filme é bom, eu sempre curti, mas pra quem leu o livro ele deixa mesmo a desejar e eu acho o ator que faz o pai muito canastrão.

  6. Adorei este filme, apesar de ser muito triste e ao mesmo tempo tenebroso, enfim, ótimo!!!!

  7. Comparado com o que fazem hoje, é um bom filme. Mas confesso que fiquei decepcionado, afinal o livro é ótimo e a adaptação, no meu modo de ver, deixou passar elementos importantes. A esposa morta de Jud Crandall, por exemplo.

  8. O melhor livro dele que li até agora foi A Hora do Vampiro, apesar de quase todos terminarem de um jeito meio previsível, e os protagonistas ficarem meio malucos.

  9. A primeira vez que eu vi esse filme foi há uns 4 ou 5 anos atrás, durante um final de tarde chuvoso, na casa de uma tia minha. Lembro que eu tava sozinho na ocasião, com todas as luzes apagadas, e eu fiquei com muito, muito medo.

    Cemitério Maldito é um filme incrível e um dos meus favoritos da década de 80. Não chega a ser uma obra-prima como O Iluminado, mas é realmente um filme muito foda e que consegue satisfazer plenamente à maioria dos fãs de horror.

  10. A cena do tendão de aquiles sendo cortado me dá arrepios até hoje. Filmaço.

  11. Filme perfeito para os fãs de horror.Classicooooooooooooo.

    1. Adorei este filme, apesar de ser muito triste e ao mesmo tempo tenebroso, enfim, ótimo!!!!

  12. Realmente um clássico! Assisti novamente há pouco tempo, nunca fica cansativo.

  13. Ultra Clássico! Filme muito muito muito BOM!!!

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