Morte e Morte de Johnny Zombie (2011)

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Morte e Morte de Johnny Zombie
Original:Morte e Morte de Johnny Zombie
Ano:2011•País:Brasil
Direção:Gabriel Carneiro
Roteiro:Marília Passos
Produção:Dênis Arrepol
Elenco:Joel Caetano, Charlene Chagas, Felipe M. Guerra, Mariana Zani, Ana Luiza Garcia, Chico Spagnolo, Jorge Miguel, Gabriel Carneiro, Adriana Câmara, Marília Passos, Fernanda Fernandes, Thiago Neri Colisse, Dênis Arrepol

 

Os mortos voltaram à vida…mais uma vez. Talvez o inferno esteja sofrendo de superpopulação, algum tambor do exército tenha sido aberto por engano, a ocorrência da explosão de um satélite da Nasa carregado de radiação, a passagem de um cometa ou um gás tóxico tenha sido liberado acidentalmente…enfim, seus andares trôpegos chegaram ao Brasil em busca de melhores condições, carne fresca e miolos criativos como os dos paulistano Tiago Belotti (Capital dos Mortos) e Fabio Castel (Zumbiahy – A Cidade dos Mortos), do mineiro Rodrigo Brandão (Era dos Mortos), do gaúcho Davi de Oliveira Pinheiro (Porto dos Mortos), do capixaba Rodrigo Aragão (Mangue Negro) e do jornalista, pesquisador e crítico paulista Gabriel Carneiro, responsável pelo curta Morte e Morte de Johnny Zombie, lançado em 2011 com diversas passagens por festivais como Zinema Zombie Fest (da Colômbia), o 6º Cinefantasy, a 4ª Mostra Cinema de Bordas, a 3ª Mostra Espantomania e o 2ª Guarufantástico.

A partir de um argumento de Marília Passos, o curta-metragem de pouco mais de treze minutos tem conseguido boas críticas pela sua trama simples mas eficiente que apresenta a transformação do operário Johnny Zombie (interpretado pelo Lance Henriksen brasileiro Joel Caetano) em um morto-vivo para infelicidade de seus amigos Bruno (Felipe M. Guerra), Julia (Mariana Zani), Manuela (Charlene Chagas, Desaparecidos), Ana (Ana Luiza Garcia), Leo (Chico Spagnolo) e Rafael (Jorge Miguel). Nacos serão arrancados, sangue será derramado e a propagação da doença será inevitável.

O trabalho de estreia da Belluah Produções é extremamente divertido. Fazendo uso da câmera subjetiva, na perspectiva do moribundo, os processos de mudança na caracterização do protagonista e a reação de seus conhecidos são acompanhados sob um prisma diferenciado e curioso. Mesmo quando Johnny aparece com feridas pustulentas em sua face esbranquiçada, com ótimos efeitos da maquiagem a cargo de Fritz Martiliano, há aquele amigo que fará a pergunta que arrancará risos do público: Você está bem?

Rodado em full HD com uma T2i e usando como gravador de som um ZoomH4n, o curta custou aproximadamente R$ 700,00, bem investidos, diferente de muitos longas e seus orçamentos absurdos, como o fraco trabalho de George Romero Ilha dos Mortos. Aliás,  Morte e Morte de Johnny Zombie tem boas homenagens ao gênero, seja nos diálogos entre os amigos, ou nos cartazes e filmes em exposição na casa do protagonista.

Provavelmente o único defeito da produção seja sua curta duração, um fato que deixará os vivos famintos por mais e ansiosos pelos próximos trabalhos da Belluah! Confira e divirta-se horrores:

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Marcelo Milici

Professor e crítico de cinema há vinte anos, fundou o site Boca do Inferno, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Foi colunista do site Omelete, articulista da revista Amazing e jurado dos festivais Cinefantasy, Espantomania, SP Terror e do sarau da Casa das Rosas. Possui publicações em diversas antologias como “Terra Morta”, Arquivos do Mal”, “Galáxias Ocultas”, “A Hora Morta” e “Insanidade”, além de composições poéticas no livro “A Sociedade dos Poetas Vivos”. É um dos autores da enciclopédia “Medo de Palhaço”, lançado pela editora Évora.

3 thoughts on “Morte e Morte de Johnny Zombie (2011)

  • 12/01/2023 em 14:48
    Permalink

    “Que merda, hein!!”
    Alborghetti depois de assistir a esse lixo

    Resposta
  • 04/07/2013 em 12:47
    Permalink

    Muito legal. Um filme de terror pode ser feito em menos de 15 minutos.

    Resposta

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