A Noite dos Mortos-Vivos: Ressurreição
Original:Night of the Living Dead: Resurrection
Ano:2012•País:UK Direção:James Plumb Roteiro:Andrew Jones, James Plumb Produção:Andrew Jones Elenco:Sarah Louise Madison, Sabrina Dickens, S.J. Evans, Rorie Stockton, Richard Goss, Sule Rimi, Kathy Saxondale, Johnathon Farrell, Mel Stevens, Lee Bane, Aaron Bell |
Um erro de registro… Um mero erro de registro e o nome A Noite dos Mortos Vivos é jogado para uma horda de cineastas zumbis, que, como parasitas, alimentam-se indiscriminadamente da obra de George A. Romero para ganhar um troco em cima do nome famoso do marco do horror, especialmente com a popularidade crescente de The Walking Dead…
Quem acompanha o Boca do Inferno já teve oportunidade de conhecer algumas destas obras que, apesar de se intitularem como continuação do marco de 1968, sua única igualdade é ter zumbis e algum senso de claustrofobia e confinamento, mas sem talento, suspense e um pingo de originalidade: o que poderia se passar como homenagem, soa como cópia barata – e olha que o filme de Romero foi rodado com somente 114 mil dólares, uma pechincha.
Está na hora de os infernautas conhecerem mais uma destas cópias, talvez a pior de todas… A Noite dos Mortos Vivos: Ressurreição, de 2012, produção britânica dirigida pelo desconhecido James Plumb.
A história cabe em só um parágrafo. A grã-bretanha está infestada de adolescentes idiotas e zumbis (mas não parece, pois nunca vemos mais que três ou quatro ao mesmo tempo). Neste cenário uma família confinada cuida de dois parentes infectados e, ao invés de mata-los, eles acham que podem curá-los, que não podem matar porque são da família e tal. E aí está a raiz de todos os problemas… Deles e nossos, já que temos 90 minutos dessa coisa para assistir…
A família é clichê até dizer chega: tem o ancião que precisa de ajuda o tempo todo; o patriarca que sai para procurar ajuda; o pai de família com a esposa grávida e a cunhada ex-amante, que por sua vez é viciada em tecnologia; o filho que esconde que foi mordido… Todas as situações giram em torno do drama e das obviedades que cada um destes segredos trazem. A diferença é que enfiaram no meio do caminho um bando de baderneiros que aparecem na residência desta família e causam mais estragos do que os próprios mortos-vivos. Não é spoiler contar: para resolver o problema, a família decide soltar aqueles que estão transformados em zumbis numa tentativa de deter o grupo de vândalos. O que, obviamente, tem tudo pra dar errado (e dá…).
Vou ser sucinto aqui, o filme é ruim demais. Já o seria se fosse uma produção independente, porém como é vendido com a estirpe de A Noite dos Mortos Vivos e força uma comparação, o resultado chega a ser ofensivo. Não dá para encarar sequer como projeto de graduação de faculdade à distância de cinema. Os valores de produção são baixos, o roteiro mal escrito, a trilha feita em “pianinho“, tem uma maldita câmera inclinada em 45 graus que chega a irritar. E, talvez o pior, um desperdício no uso de zumbis.
De A Noite dos Mortos Vivos mesmo são algumas referências soltas ao filme de Romero, como a famosa frase “coming to get you, Barbara“, o negro não infectado que leva um tiro na testa e o confinamento em uma residência rural. Nada que valha.
Sobre o roteiro, além do excesso de clichês, se a ideia era colocar um pouco de crítica social, a produção falha miseravelmente na condução dos conflitos entre os baderneiros e a família por pura falta de talento (dos dois lados da câmera) e motivação. Não há motivo para a discórdia causada pelos jovens contra a família; eles não estão atrás de comida, gasolina ou recursos. E se estão tão a fim de “tocar o terror“, porque não fazem isto com os zumbis? Mesmo esta sub-trama é resolvida muito rápido no filme e não agrega nada que seja digno de nota.
Por fim, adicione a esta salada mista a maquiagem e a violência sem atrativos (todos os zumbis usam lentes de contato azul claras e arrancam umas ripa de linguiça da barriga de suas vítimas) e temos uma perfeita perda de tempo rodada com câmeras de iPhone. Talvez o pior da notícia é que o diretor promete uma continuação: Night of the Living Dead: Revelations… Nós e George Romero não merecemos isso.
Nem pretendo assistir…
deve ser ruim pra kraí.
PQP.
Outro filme que irei passar longe, longe maisssssssss muito longe.
Acredite, “ruim” é apelido carinhoso.
O filme é um desastre TOTAL.
Só pra se ter uma idéia… se lembra daquele filme ruim pra kct, o Tubarão 4? Pois bem, aquele filme é O Poderoso Chefão perto desse Noite Dos Mortos Vivos Ressurreição. rsrs
Então, você já deve imaginar o tamanho da caca que é o filme.