3.6
(5)

Lição do Mal
Original:Aku no kyôten
Ano:2012•País:Japão
Direção:Takashi Miike
Roteiro:Takashi Miike, Yûsuke Kishi
Produção:Kôji Azuma, Tôru Mori, Misako Saka
Elenco:Takayuki Yamada, Fumi Nikaidô, Ruth Sundell,Hideaki Itô, Daniel Genalo, Saki Takaoka, Shôta Sometani, Yukito Nishii, Howard Harris, Mitsuru Fukikoshi, Kento Hayashi, Rio KannoKaoru Fujiwara

Takashi Miike é um dos diretores mais prolíficos e controversos da história do cinema. Conhecido por filmes violentos e estranhos, ele já passeou por vários gêneros, como na ação policial Dead or Alive, no J-Horror One Missed Call, no thriller Audition, no violento Ichi the Killer e até no faroeste Sukiyaki (um Django japonês, com a participação do Tarantino como ator). Miike tem estado presente nas últimas edições de Cannes, apesar de seu filme mais recente, Wara no Tate, ter sido vaiado pelos críticos presentes no festival, o que não serve de parâmetro para julgar a qualidade de seus filmes. Em Lesson of The Evil, seu penúltimo trabalho, Miike aborda o universo da violência nas escolas, por outro ponto de vista.

Na trama, Hasumi é o professor mais popular da escola, faz sucesso entre os alunos com sua maneira de lidar com as situações adversas, conquistando a confiança inclusive da maioria do corpo docente. No desenrolar da trama, vamos conhecendo a fundo Hasumi e suas reais intenções: a cada ato nobre do professor, existe um interesse obscuro. Suas ações acabam por despertar a desconfiança de um professor de física e alguns alunos, porém Hasumi não hesitará em tirar do caminho quem ousar atrapalhar seu “plano”.

Baseado em um romance homônimo de Yûsuke Kishi, o roteiro escrito pelo próprio Miike é bem amarrado e sem nenhum quebra-cabeça para o espectador. O passado de Hasumi é revelado através de sonhos do próprio, e de investigações do professor de física, quando conhecemos a natureza e seus motivos para realizar seus atos. Miike conduz o filme com sua tradicional maestria, com uma atmosfera crescente, a trama instigante, até o violento clímax.

Além da brutalidade já conhecida, o diretor ainda reserva um pequeno espaço para suas tradicionais estranhezas, que, aqui, não funcionam muito bem. Fica ainda um gancho para uma continuação, abrindo vários caminhos para o diretor desenvolver uma nova trama explorando o universo criado. No elenco o destaque fica para Hideaki Itô (que já havia trabalhado com o diretor em Sukiyaki Wersten Django), construindo um psicopata frio e calculista.

Com uma legião variada e fiel de fãs, Takashi Miike é exemplo de um cinema bem realizado, com características peculiares em torno de um talento único na concepção de suas obras; sabe tratar a violência de forma não gratuita, sempre justificada em meio a argumentos bem construídos. É um diretor que merece ter seu trabalho estudado e destrinchado, para assim então ser imortalizado na história do cinema.

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Média da classificação 3.6 / 5. Número de votos: 5

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8 Comentários

  1. Como sempre o diretor Takashi Miike trazendo mais um filmaço e com um personagem bem estruturado uma história muito boa e um final excelente. Assisti e gostei como gostei de seus trabalhos anteriores como: Ichi the Killer (2001), Ôdishon (1999) e Chakushin ari (2003).

  2. Filmeeeeee fodão! já tinha assistido a algum tempo atrás, agora vazou legendado, verei novamente UHULLLL!

  3. Gostei do filme, mas achei as cenas violentas muito fortes, levando-se em conta as vítimas em questão. Esse filme definitivamente será um tabu nos EUA, onde carnificinas desse tipo vivem acontecendo.

  4. 4,5 caveiras ? Quero mais opiniões para saber se é isso tudo mesmo.

    1. Pode assistir sem medo meu caro pra quem gosta de filme com personagem bem estruturado e um final fodástico não pode perder.

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