Halloween 5 - A Vingança de Michael Myers
Original:Halloween 5
Ano:1989•País:EUA Direção:Dominique Othenin-Girard Roteiro:Michael Jacobs, Dominique Othenin-Girard, Shem Bitterman Produção:Ramsey Thomas Elenco:Donald Pleasence, Danielle Harris, Ellie Cornell, Beau Starr, Jeffrey Landman, Tamara Glynn, Matthew Walker, Wendy Foxworth, Troy Evans, Frankie Como |
Enquanto assistia à continuação do remake de Halloween, ambos cometidos por Rob Zombie, havia um fio de esperança que o músico-cineasta resolvesse ousadamente surpreender o público ao fazer Laurie Strode se transformar na herdeira dos assassinatos cometidos por Michael Myers. Como o vilão havia morrido no final do longa anterior e a personagem de Scout Taylor-Compton estava tendo terrores noturnos e sofrendo de uma mudança gradual de comportamento, imaginei que isso poderia até acontecer, fazendo da sequência um longa menos ruim ou pelo menos regular. Foi a mesma impressão que tive com o final de Sexta-Feira 13 – Parte 5: Um Novo Começo, quando, após a descoberta de que Jason Voorhees estava de férias e havia sido substituído, Tommy Jarvis sobrevive aos ataques do assassino e veste a máscara no epílogo, permitindo que o público imaginasse um novo rumo para a série a partir daí – algo que não aconteceu, devido a avaliação negativa dos fãs, que queriam o ícone imortal de volta! Sabendo dessa tendência de negação a novos rumos, Moustapha Akkad, o produtor executivo da antiga franquia Halloween, rejeitou o roteiro de Shem Bitterman para o quinto filme e contratou Michael Jacobs (Choque Mortal, 1985) para reescrevê-lo e acrescentar boas doses de violência.
Para entender o caso – com a necessidade de apresentar spoilers do filme anterior -, o final de Halloween 4 causou um certo espanto no público ao recriar a cena de introdução do original. A pequena Jamie Lloyd (na primeira atuação de Danielle Harris), com um nome em referência à atriz Jamie Lee Curtis, já vestida como um palhaço durante boa parte do filme, coloca uma máscara e, sob o ponto de vista de seus olhos, esfaqueia a madrasta na noite de Halloween, fazendo o Dr. Sam Loomis (Donald Pleasence) gritar de desespero e quase atirar na garota. A cena, um cliffhanger para a franquia, foi o ponto alto da produção até permitindo uma boa avaliação do filme. Tirando esse momento ousado, pode-se dizer que o longa de Dwight H. Little é mediano, com algumas boas cenas disfarçando os furos no roteiro e a apresentação de um Michael Myers onipresente. Halloween 4 arrecadou três vezes mais do que seu custo – provavelmente pelo boca a boca sobre o final – e fez o público aguardar ansioso pelo próximo episódio.
Os rascunhos do roteiro de Shem traziam Jamie realmente como a substituta de Michael Myers. Na época, a alteração do argumento principal revoltou até mesmo o ator Donald Pleasence, que acreditava que o ideal seria a garota herdar o “all-evil” de seu tio e reiniciar a série. A própria Danielle Harris chegou a dizer numa entrevista: “A forma como Halloween 4 terminou me fez acreditar que seria a assassina. Eu acredito que seria divertido voltar como a assassina ou, pelo menos, como parceira de Michael. Assustador, mas divertido.” Infelizmente, a falta de ousadia do produtor resultou numa continuação burocrática, sem graça e com elementos que só serviriam para preparar o desastre que viria com a sexta parte.
A produção de Halloween 5 teve início em primeiro de maio de 1989, antes do roteiro ter sido finalizado. Muitas cenas foram incluídas no processo de filmagem, editadas e reescritas obrigando um trabalho extra dos atores. Realizaram muitas filmagens alternativas, confundindo a produção e ampliando a quantidade de furos e as perguntas sem resposta. Só para exemplificar, no ato final do quarto filme, Dr.Sam Loomis chega a dizer que Michael Myers está definitivamente enterrado, no inferno, sem possibilidade de retorno, o que justifica o epílogo. Já em Halloween 5, Loomis já enxerga o retorno de Michael como possível, observando a evolução de Jamie numa clínica psiquiátrica infantil.
Depois de cair numa velha mina e ser enterrado, Michael cavou pela terra até um rio próximo. Chegou até uma velha cabana de um pescador, e, antes que pudesse matá-lo, desmaiou. O assassino que só ataca no Halloween fica então um ano em companhia do estranho – sabe-se lá, fazendo o quê (jogando baralho, preparando abóboras…) – até resolver matá-lo e voltar a causar terror na cidade natal. É engraçado pensar que o pescador não decidiu avisar as autoridades, nem levá-lo ao médico, optando por criar Michael Myers como um filho. No roteiro original, de Shem, aquele pescador seria um homem apelidado de Dr. Morte, que teria resgatado Michael de sua cova e iniciado um processo de ressurreição, com a influência de runas e rituais druidas, antecipando o que seria visto na sexta parte.
Enquanto Michael volta para casa, Jamie está tendo pesadelos com o que fez com a madrasta, embora esta não tenha morrido com o ataque e nem resolvido aparecer na continuação. Rachel (Ellie Cornell, que depois estragaria a carreira com House of the Dead – O Filme) acompanha a garota junto ao psiquiatra Dr. Sam Loomis, que parece não ter vida própria: está sempre com o casaco bege e nas redondezas, aguardando o retorno de Michael. Novos pesadelos surgem para incomodar a pequena que parece estar conectada a Michael, sabendo até mesmo onde está e o que pretende fazer.
O assassino mata Rachel com uma tesoura em sua casa – era para cortar a garganta, mas atriz pediu para ser apenas apunhalada – e, ao invés de perseguir Jamie na instituição, resolve caçar Tina (Wendy Foxworth, de Blood Deep), uma amiga de Rachel. A obsessão de Michael pela jovem o faz matar os amigos dela e até fingir ser o namorado, com uma outra máscara. Jamie sente que Tina está ameaçada e decide fugir da clínica para salvá-la. Como? Nem ela sabe. Tina está com um grupo de jovens numa fazenda; Jamie só tem 9 anos. É claro que Dr. Loomis irá para lá para tentar encontrar Michael, mas o confronto final será na velha casa dos Myers, com um plano já estabelecido.
Michael usa um garfo de feno, uma foice, tesoura e até um carro para perseguir suas vítimas. A violência, associada às cenas escuras dão um tom sombrio à produção, mas não são suficientes para salvá-lo da mediocridade. Para tentar criar algo novo para a série, entra em cena um homem de preto, alguém que se esconde nas trevas e que só terá um papel importante no ato final, com objetivos traçados no sexto filme. Além desta dúvida, o público verá uma outra novidade: Michael agora possui uma tatuagem sinistra no pulso!
Halloween 5 poderia ser ousado e criativo, surpreendendo o co-irmão Jason Voorhees, porém o medo de mudar fez dessa continuação um filme fácil de se esquecer, sem cenas memoráveis ou que possam servir para tornar a trajetória de Michael Myers mais digna. E a situação iria piorar no próximo exemplar, que quase sepultou o assassino de babás para sempre, função que Rob Zombie desempenharia na década seguinte.
Olhei o 4 e 5 quando criança ainda no cine trash se não me engano. Tenho boas recordações desses filmes, pois eu era criança vendo crianças senso perseguidas pelo Michael. Naquela época isso era tenso assim como o pequeno Tommy matando Jason.
Oi só lembrando a Jamie não apunhalou a madrasta e sim a mãe adotiva, tanto na do 4 como essa aqui certo esse afirmação da madrasta.
Bom, como fã da série Halloween desde criança, acho que posso dar alguns esclarecimentos aqui.
Primeiramente, Michael não foi soterrado no final do Halloween 4, ele levou uma saraivada de tiros e caiu dentro do (poço)… isso mesmo, aquilo não era uma mina, mas sim um poço, que desbocava em um rio. Ele se arrastou até o rio antes dos policiais explodirem o poço.
O homem da cabana não era um pescador, mas sim um morador de rua… tipo que vemos hoje em dia pegando recicláveis na lixeira.
Jamie, teve conexão com Michael por uma maldição, que vinha desde o primeiro filme… a principal missão de Michael é matar seus consanguíneos para se cumprir um rito.
Uma das cenas mais marcantes desde o primeiro filme, com certeza foi Michael demonstrando sentimentos humanos quando Jamie o chamou de Tio e ele tirou a máscara e mostrou seu rosto, e deu para ver que ele estava chorando. Essa cena foi provavelmente para mostrar que ainda estava vivo o Michael humano em algum lugar dentro dele.
O homem de preto, era para se ter uma ideia de que se existia alguma coisa por trás desse enigma que era Michael Myers nunca morrer, e dar um ar de mistério e dúvida no final desse filme.
Teve sim falta de ousadia, mas como tem muitos produtores que ousam e fazem burradas como foi no Halloween resurrection, esse foi até que muito bom.
Não consegui achar a resenha da parte 6 ):
É um filme agradavel de assistir.não se pode compara-lo aos do Zombie, que é o contrário!
Prefiro mesmo que nao façam nada ousado como fizeram no halloween 3 e 6, ao menos o 5 não foge da realidade e a personagem jamie desempenha papel incrivel e ao lado de laurie strode, são icones da franquia e jamie conseguiu ocupar certo espaço dramatico que laurie tinha.
Discordo da sua avaliação sobre o desfecho dado nesta continuação do 4° filme, pois assim como a maioria dos demais telespectadores da saga, não foi nada agradável ver no final a menininha assumindo o papel de “nova assassina”, seria algo totalmente sem sentido (por mais que vc ache que isso seria “inovador”), ainda bem que decidiram mudar a história no 5° filme, se não eu mesmo tinha parado de assitir.
o mais fraco da franquia.
discordo o 6 e o ressurreição são uma bela bosta, esse ai e ate que assistível.
É… pelo menos da pra assistir 1 vez……………………………………………………… ou outra
gosto mais desse fora o 3 , pois o filme e bem obscuro tenho o dvd da cocontinental filmes ,que é uma pena, pois poderia sair por uma outra distribuidora..que é uma vergonha..
O que tem de ruim nessa edição da Continental, Gilson?
Eu tenho o DVD que saiu pela Paragon Multimidia. Que produto de péssima qualidade. Um desrespeito ao filme. Na capa possui o Michael Myers, a faca e a Jamie, porém o título do filme está escrito numa fonte horrível, tipo a fonte Comic Sans tentando ser “de terror”. O case do DVD é da pior qualidade encontrada.
E o detalhe final: na impressão na parte superior do DVD, tem uma imagem do Michael Myers com os olhos sangrando: CENA QUE FOI EXIBIDA NO HALLOWEEN II.
Um produto de baixíssima qualidade, para um filme que, apesar de não ser dos melhores da franquia, ainda assim considero um filme de terror bem interessante.
Pelo que vi agora, parece que Paragon e Continental é a mesma coisa, ou seja, eu e o Gilson estamos falando do mesmo produto.
parabéns luis você falou tudo! e um ponto de vista mais categórico que o meu sobre o dvd da paragon, valeu mano..
Se fosse só isso eu até engolia… Mas meu DVD novo, recém chegado só roda de 40m pra frente, não presta direito –‘
Comprei A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS distribuído pela Paragon, o áudio era péssimo nem tava pra escutar o filme, porém comprei o BOX da franquia SEXTA-FEIRA 13 com os 9 filmes da série, tirando o 3 filme, os outros estão com boa qualidade.
O comentário é velho mas só deixando registrado aqui:continental,Paragon e Colecione clássicos são a mesma empresa.