Sadako 3D
Original:Sadako 3D
Ano:2012•País:Japão Direção:Tsutomu Hanabusa Roteiro:Kôji Suzuki, Yoshinobu Fujioka Produção:Atsuyuki Shimoda Elenco:Satomi Ishihara, Kôji Seto, Tsutomu Takahashi, Shôta Sometani, Hikari Takara, Yûsuke Yamamoto, Ryôsei Tayama, Ai Hashimoto |
Quando Ringu, de 1998, foi “descoberto” pelo cinema ocidental, o mundo deu boas vindas a um formato diferenciado de construir tensão e provocar medo. A trama de Sadako, que morreu ao ser atirada viva dentro de um poço e assim gerou o vídeo maligno que matava sete dias depois quem a assistisse, gerou um remake norte-americano batizado de O Chamado, além de sequências japonesas e norte-americanas fazendo com que Sadako (ou Samara dependendo da versão) passasse a figurar entre os importantes vilões do cinema no novo milênio.
Depois de duas continuações, séries para TV, remakes coreanos e norte-americanos, a mitologia Ringu parecia não ter mais para onde se desenvolver. Eis que um novo filme da franquia foi anunciado em 2012. Com o título Sadako 3D, o roteiro trazia uma premissa no mínimo curiosa e que deixou boa parte dos fãs animados. O que aconteceria se o vídeo maligno de Sadako não estivesse contido apenas em uma obsoleta fita de vídeo? E se as imagens estivessem agora disponíveis na internet? Interessante, não? Infelizmente, teria sido melhor se a série permanecesse encerrada, já que Sadako 3D é definitivamente, e sem duplo sentido, o fundo do poço.
A trama acompanha uma professora de escola chamada Akane, que está preocupada depois de escutar de algumas alunas rumores sobre um vídeo maldito que está circulando na internet. De acordo com as estudantes, todos que assistem se matam depois. Akane não acredita nos rumores até que uma de suas alunas morre de forma misteriosa e tudo leva a crer que os boatos sobre o vídeo maligno são verdadeiros. Para completar o enredo, um estranho homem parece ter ligação com a divulgação do vídeo.
O problema de Sadako 3D é que a trama se monstra completamente diferente de tudo o que foi visto nos filmes originais. Se antes os fãs batiam no peito com orgulho sobre Ringu não precisar de efeitos especiais em CGI para assustar, estes estão em excesso no novo filme. As poucas e sugeridas mortes do original também ficaram para trás já que Sadako 3D é repleto de gritaria e cenas de perseguição. E para completar, o 3D aqui é usado de forma exagerada, com todos os objetos sendo jogados em direção da tela.
Os problemas não param por aí. Se em Ringu, Sadako era um ser misterioso e carente de informações, aqui, além de rebatizar a série, ela aparece em excesso saindo de todas as TVs e celulares e tudo em 3D. Além disso, uma das sequência mais fracas responde quando novas “Sadakos” surgem pare perseguir a mocinha Akane em provavelmente o pior momento de toda a série. Apesar da concepção diferente, o uso de efeitos especiais quebra qualquer possibilidade de interesse pelo que está sendo visto.
Outra mudança significativa foi o conteúdo do vídeo, que agora não impressiona mais e traz uma morte de um misterioso homem que parece ter interesse em Sadako. Dentre todos estes pontos, assistir Sadako 3D é uma experiência cruel por este se mostrar um filme anti-Ringu, uma vez que todos os principais pilares da trama original são derrubados e substituídos por muito CGI, perseguição e efeitos especiais em 3D.
É claro pontuar que caso tivéssemos uma produção exatamente igual ao original, Sadako 3D seria então acusado de ser um plágio de Ringu. Qual seria a solução para uma nova sequência? Talvez tentar se aproximar do que foi visto em Ringu 2, que apesar de não ser tão bom quanto o primeiro, conseguiu manter a essência do mistério de Sadako, além de ter expandido a mitologia da personagem com novos elementos narrativos que completam o que foi visto anteriormente. O 3D poderia ser mantido no novo filme, desde que de forma comedida.
Em Sadako 3D, tudo parece diferente e deslocado. É claro imaginar que quase 15 anos depois do lançamento de Ringu, os produtores da vez provavelmente tentaram dar um novo gás para a série. Infelizmente eles não perceberam que isto não significava mudar absolutamente tudo que já havia sido construído e mostrado em filmes anteriores. Quem sofre com isso é o público que parece esperar por uma melhora na película que simplesmente não acontece. E quando se acredita que Sadako 3D não tem como piorar, eis que somos apresentados para a sequência final e no improvável embate de Anake com Sadako. Aliás, a nova Sadako também perde feio na comparação com a imaginada para Ringu 1 e 2. E se a motivação da fantasma em Ringu era um dos pilares da trama, a existência (ou comportamento) dela no novo filme soa forçado e não se sustenta.
Ao assistir Sadako 3D, é possível pensar que como um bom vinho, Ringu parece permanecer cada vez melhor com o tempo e que são produções como Sadako 3D que ajudam a obra original a manter este status. Não satisfeitos em estragar a franquia, os produtores da vez aproveitaram e já lançaram Sadako 2 3D, em 2013. E seguindo a onda de refilmagens nos Estados Unidos, existe um projeto para O Chamado 3, em 3D, em desenvolvimento no momento. E assim segue a maldição (dos filmes) de Sadako.
a Invocação vai te levar pro Poço do Fim da Criatividade…
Nada contra filmes orientais, pois, eu gosto muito, mas, este aqui PQP… se bem que, nem todos os filmes JAPONESES são bons…, prefiro mais os da CORÉIA DO SUL.
Se fosse um Diretor Coreano, que dirigisse esse…, tenho certeza de que a coisa teria sido 1000 vezes melhor, até mesmo que o ORIGINAL.
“Fundo do poço” é a melhor definição mesmo. O negócio é terrível, mas mesmo assim gerou uma sequência que deve manter o mesmo (baixo) nível..
filme oriental+ uma caveira= NEM FODENDO HAHAHA.