Stay Alive - Jogo Mortal
Original:Stay Alive
Ano:2006•País:EUA Direção:William Brent Bell Roteiro:William Brent Bell, Matthew Peterman Produção:McG, Matthew Peterman, Peter Schlessel Elenco:Jon Foster, Samaire Armstrong, Frankie Muniz, Jimmi Simpson, Wendell Pierce, Milo Ventimiglia, Sophia Bush, Adam Goldberg, Billy Slaughter |
Antes de fã do cinema fantástico eu me considero muito mais fã de jogos eletrônicos – tanto que lembro com nostalgia do meu primeiro console, um Odyssey, quando eu era um pivetinho ainda. Por conta disso eu estava interessado em conferir Terror em Silent Hill, mas infelizmente os cinemas da minha cidade resolveram ignorar o filme.
Foi então que chegou primeiro o tão (mal) falado Stay Alive: Jogo Mortal bateu aquela comichão da curiosidade e, por falta de alternativa, resolvi conferi-lo. Optei por deixar de fora da sala todas as criticas negativas e como sou um gamer acima de tudo fui ver com os meus próprios olhos, sem maiores expectativas, afinal quem em sã consciência pensaria que um filme sobre um vídeo game que mata pessoas ficaria bom, não é?
Entretanto, mesmo assim foi decepcionante, tanto pelo lado do terror quanto pelas referências aos jogadores e a indústria de games! O filme é fraco, sem graça e repleto de clichês, muuuuitos clichês. Se eu fosse fazer um resumo do roteiro em uma linha, seria mais ou menos assim: Troque o telefone de Pânico por um joystick, adicione uma pitada de O Chamado e Cabana do Inferno, misture tudo e deixe apodrecer. O resultado é Stay Alive.
O filme começa, como começaria qualquer terror teen adolescente: Loomis (Milo Ventimiglia) é um “beta tester” (como são chamados os jogadores que avaliam os jogos para as empresas de desenvolvimento para ajustes finais) que está jogando um novo jogo de “survival horror” (do mesmo gênero de Silent Hill, Resident Evil, Alone in the Dark, etc.) chamado Stay Alive e seu personagem morre enforcado. Um pouco assustado com a experiência realista, ele liga para Hutch (Jon Foster) e conta sobre este achado. O amigo então vai dormir e durante a noite acaba morrendo de verdade, enforcado como no jogo. As duas pessoas que estavam na casa e que também jogaram, morrem estripados na vida real.
Hutch vai ao enterro do amigo e lá conhece seu futuro interesse romântico, Abigail (Samaire Armstrong), e ganha os pertences de seu amigo falecido, entre eles uma cópia do sinistro jogo. O rapaz então junta alguns amigos e coloca o game pra rodar. O jogo é sobre a condessa Elizabeth Bathory, que vive em uma mansão, e seu objetivo é montar um personagem e descobrir como resolver o mistério e matar a condessa, “mantendo-se vivo“, como na tradução título original.
Aí o resto você já conhece: um maluco morre no jogo, morre do mesmo jeito na vida real; os amigos ficam assustados; a polícia não acredita; os sobreviventes investigam por conta; outro morre e blá, blá, blá… Até sobrar o casal de heróis pra tentar terminar o jogo e finalizar com aquele manjado e previsível gancho.
Buracos e inverossimilhanças de roteiro a parte, este é muito tedioso, pouca coisa acontece por muito tempo e pra você “lembrar” que assiste a um filme de terror (ou acordar quem está cochilando) tem aquele “salto de música“, que convenhamos, já não assusta mais ninguém faz muito tempo.
Por pressão dos produtores e a fim de atrair mais moleques alienados para o cinema, o filme teve de baixar sua classificação de R (menores de 17 anos só acompanhado pelos pais) para PG-13 (recomendado para maiores de 13 anos) cortando 15 minutos (!!) de cenas mais fortes – na prática isto significa mortes off-screen, pouco sangue e mais sustos fáceis, fazendo os 85 minutos de filme parecerem horas que logo depois serão esquecidas como se nada tivesse acontecido.
Se como cinema já é ruim, como “homenagem” aos jogadores é muito pior: Existem algumas poucas citações a games reais como Silent Hill, Fatal Frame, Q*bert e até Pac Man, porém o negócio aperta na maneira com que os gamemaníacos são mostrados pelo pseudo-diretor e pseudo-roteirista William Brent Bell: sejam como tarados, drogados, retardados mentais ou todas as alternativas acima. Sério, a humilhação foi tamanha que eu saí da projeção com vergonha de ser um gamer – foi de doer o fígado. Para sintetizar o sentimento, vou utilizar uma frase de uma outra crítica da Internet: “Este é o filme de terror mais idiota do ano e que não foi dirigido por Uwe Boll“.
Se o público alvo deste filme são os fãs de games e filmes de terror, a conclusão que se toma é que Brent Bell e os produtores dessa coisa subestimam os dois, até porque ambos evoluíram, estão mais espertos e exigentes. A diferença é que a indústria de jogos eletrônicos acompanhou seus seguidores e cada vez mais excede as suas expectativas. Já o cinema…
Curiosidades:
– Além da citação em diálogo ao jogo Fatal Frame, a velha câmera fotográfica utilizada pela personagem Abigail é muito semelhante a utilizada no game. A referência a Pac Man está nos efeitos sonoros quando Hutch entra na Lan House pela primeira vez (jogando Pac Man em uma Lan House???).
– Este foi a última produção finalizada na cidade de New Orleans antes do furacão Katrina.
– O papel de Miller seria feito por Steve Zahn (Sahara, Bandidas), mas foi substituído na última hora por Adam Goldberg;
– Para o papel do herói Hutch foi escalado inicialmente o ator Ben Foster (que fez o Anjo em X-Men 3), porém o espertalhão deixou a bocada (e o mico) pra seu irmão Jon Foster.
Quatro games sobre filmes que talvez você não tenha visto…
Claro que se existem muitos games que viraram filmes como Terror em Silent Hill e filmes que são baseados no universo dos jogos eletrônicos como Stay Alive, a mão oposta também é válida, com filmes de sucesso que viram games, sendo que a grande maioria não consegue ter o mesmo impacto ou ser tão surpreendente como sua fonte e acaba perdido no tempo. Entretanto existem quatro games que se não vencem pela sua qualidade, pelo menos são curiosos por adaptarem clássicos do terror e merecem uma olhada, nem que seja atualmente por emuladores:
1) Halloween
Produtora: Wizard
Ano: 1983
Sistema: Atari 2600
Quem diria que o clássico de Carpenter se tornaria um game para Atari? Você joga com uma bonequinha cabeluda (Laurie Strode??) que tem que conduzir outros bonequinhos menores (crianças??) para salas seguras na mansão de 2 andares, tomando cuidado com as aparições de Michael Myers (hahaha…), que fica balançando sua faquinha. Destaque que para todas as aparições do assassino, toca uma versão 8 bits do clássico tema. Lembra muito os próprios filmes de slasher, já que Michael anda a passos lentos e aparece de onde menos se espera, além das luzes nas salas que não raramente insistem em falhar. Um game interessante que tem todo o gore que um jogo de Atari permite, ou seja, pixels vermelhos quando é pego por Michael.
2) The Texas Chainsaw Massacre
Produtora: Wizard
Ano: 1983
Sistema: Atari 2600
O Massacre… o filme, é um dos mais brutais já realizados, porém O Massacre… o game é tosco, tosco, tosco que dói. No jogo, você controla um boneco cabeçudo, que querem que você acredite que é o Leatherface, que carrega uma motosserra e sai com ela ligada no meio do terreno para encontrar e massacrar os bonequinhos que andam por lá. O detalhe é que existem obstáculos como cercas, crânios de boi e cadeiras de rodas (?) que não te deixam passar. E você morre quando a gasolina da arma acaba.. hahahaha… Os gráficos são toscos até para um jogo de Atari, suas vitimas somem da tela sem nenhuma explicação, a jogabilidade é péssima (você controla o gigantão Leatherface, esperava o que?) e quando as vitmas gritam é de partir os tímpanos… Agora se prepare para o pior, o jogo termina com uma pessoa chutando a bunda de Leatherface!!! Só vale pela iniciativa de permitir o controle do vilão, mas tem que ter saco pra gostar desse jogo..
3) Friday the 13th
Produtora: LJN
Ano:1988
Sistema: NES
Taí um game que, tirando a aparição de Jason, pouco tem a ver com o filme. Você e alguns amigos estão em Crystal Lake e precisam salvar algumas crianças antes que Jason as encontre primeiro. O problema acontece quando começam a aparecer zumbis e você tem armas superpotentes como pedras para matá-los. Quando você entra em uma casa para explorar o que tem dentro, é onde Jason aparece, e precisa ser muito ninja pra nocautear Jason com uma pedra. O pior é que o mapa é confuso assim como a visão em primeira pessoa da exploração nas casas e não muito raramente você se vê perdido e com um dedo no off do console. Se fizeram filmes com Jason só pra tirar dinheiro do público, este aqui não é muito diferente.
4) Nightmare on Elm Street
Produtora: LJN
Ano: 1989
Sistema: NES
Este sim é um jogo respeitável para Freddy Krueger, mas longe de ser excelente. Você controla um garoto que anda por uma rua escura, como um pesadelo, e no meio do caminho encontra monstros tipicos de joguinhos toscos: morcegos, cachorros, cobras. Mas a coisa melhora quando você entra em uma casa e precisa completar um desafio para sair. Os monstros são em sua maioria variações de Freddy e algumas lembram cenas de seus filmes (o ninja não conta, hehe). No final de cada casa, você precisa dar fim em uma versão do Freddy. A trilha sonora é fiel ao do filme e mesmo não sendo perfeito, merece uma boa checada, principalmente pelos fãs do ícone.
Mano muito bom o filme pena que o jogo não existe de fato mais eu jogaria esse jogo
De ruim só essa crítica mal feita mesmo. Porque o filme apesar de não ser nada incrível, é bem divertido coloca muito filme atual no chinelinho.
Deem uma olhada de passo em passo que eu estou dando pra criar o jogo nessa pag vcs vão ver tudo que eu faço no nosso game ” Stay Alive ” Fique vivo ” !
https://www.facebook.com/cristtiancastroo/
eu quero jogo es jogo filme
Oii Eu estou criando o jogo stay alive Só não esta exatamente igual mais ta mto parecido , sou viciado nesse filme e em breve teremos o jogo !
Affs mano cade o jogo W kero jogar e não ouvir palavras sobre esse filma affs….
Foi bem produzido, podia ate ser um filme bom, porem nao gostei da história abordada entao nao é do tipo que eu assistiria uma segunda vez…
gosto muito de ver este filme
Assisti e não me lembro de quando foi…, mas, depois desta crítica, vou rever, pq olha, faz teeeeeempo!
Realmente lembro pouca coisa de Stay Alive. Tá na minha lista de “Filmes que vi, não gostei e pretendo rever”.
Ter visto os 4 joguinhos que tu citou, Gabriel, na época em que foram lançados, deve ter sido emocionante pros fãs de terror! Por mais modestos que sejam, eram uma prova de que Jason, Leatherface, Michael e Freddy ficariam imortalizados na cultura pop e, portanto, marcando presença como foi o caso do mundo dos games.
gosto de senas de terror
vejam o filme
que e muito fixe
espero que gostem
Tem um jogo baseado também no Drácula de Bram Stoker, romance do Coppola. Lembro que eu tinha pra GameBoy.
Alguém, enfim, concordou comigo,
Filme cansativo. Você assiste até o final para ver se ele ainda consegue te mostrar algo interessante.
A capa dele é bem feita. Mas o conteúdo, sem comentários.
não acho esse filme tão ruim assim não, é razoável,assim como silent hill revelação.
realmente eu esperava muito desse filme mas me decepcionei , este é um filme que se esquece menos de meia hora..