3.5
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Somos o que Somos (2013)

Somos o que Somos
Original:We Are What We Are
Ano:2013•País:EUA
Direção:Jim Mickle
Roteiro:Nick Damici, Jorge Michel Grau, Jim Mickle
Produção:Rodrigo Bellott, Andrew Corkin, Linda Moran, Nicholas Shumaker, Jack Turner
Elenco:Bill Sage, Ambyr Childers, Julia Garner, Kassie Wesley DePaiva, Laurent Rejto, Jack Gore, Kelly McGillis, Wyatt Russell, Michael Parks, Annemarie Lawless, Traci Hovel, Nat DeWolf, Nick Damici, Larry Fessenden

A frase “remake americano de um filme falado em espanhol” podem soar inicialmente como brasa nos ouvidos dos fãs de horror (cof… Quarantena.. cof…), porém a estes trago um alento: Somos o que Somos (2013), que adapta o filme Somos lo que hay, de 2010, dirigido e roteirizado pelo mexicano Jorge Michel Grau (The ABCs of Death), é uma boa e simples história carregada de tensão e opressão, refeita com bastante cuidado e esmero e que, apesar de conter sua cota de problemas, não deixa de ser um bom exercício para o espectador.

O roteiro nos apresenta a história da família Parker. Quando a matriarca Rose (Julia Garner, O Último Exorcismo – Parte 2) morre de maneira trágica e repentina, seu marido Frank (Bill Sage, Psicopata Americano) fica com os três filhos, Alyce (Odeya Rush), Iris (Ambyr Childers, O Mestre) e Rory (Jack Gore), para cuidar sozinho. Mas mais preocupado com a subsistência da família, o pai busca manter os velhos costumes e tradições da família intacta, uma vez que seguem estritamente o modo de vida e os ritos religiosos de muitas gerações atrás, vivendo em um casebre de madeira longe do centro, com mobília precária e poucos equipamentos elétricos.

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No entanto a pequena cidade onde vivem é açoitada por uma violenta tempestade, que desenterrará (literalmente) os segredos mais sombrios dos Parker e uma série de desaparecimentos sazonais de jovens do lugar, dentre as quais está a filha de Barrow (Michael Parks, Um Drink no Inferno), o médico da cidade.

A sinopse curta evita a revelação de spoilers (apesar de quase todo mundo já saber do que a família esconde… Maldita Internet! Hehehe..), contudo este é, basicamente, acima dos segredos dos Parker, um filme sobre conflitos. Conflitos entre as filhas e o pai, entre o pai e o médico, entre as filhas no início da puberdade e seus desejos interiores, e por aí vai. Afinal não é preciso ser capturado por grades para ser cativo de alguma coisa, e a produção trabalha muito bem estes conceitos lançados durante o desenrolar da trama.

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A direção de Jim Mickle (Stake Land – Anoitecer Violento e Mulberry Street – Infecção em Nova York) pontua não somente os frequentes momentos de tensão, mas mostra com bastante vigor e uma carga de drama bem acentuada que, ainda que sejam vilões, os Parker são vitimas de si mesmos e dos que vieram antes deles (afinal “somos o que somos“), tudo embalado por uma boa trilha sonora e uma fotografia cinzenta e melancólica criada por Ryan Samul.

Esta tentativa de narrativa mais poética adicionada a um nível de violência moderado chega a lembrar Deixe-me Entrar, mas o ritmo excessivamente lento, beirando o tédio, a pouca veracidade do elenco jovem e diversas cenas sobrando – como o relacionamento entre Iris e o auxiliar do xerife Anders, interpretado por Wyatt Russell, e um flashback inteiro contando a história dos antepassados da família, que trás uma ponta bem vinda da sumida Kassie Wesley DePaiva, de Uma Noite Alucinante 2atrapalham bastante, mas não dá para condenar como um todo.

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Como não assisti a contraparte mexicana, não poderei opinar sobre a comparação, apenas sei que na versão original os papéis são invertidos: É o pai da família que morre no começo e a mãe tem dois filhos adolescentes. Está estampado no cartaz que alguns críticos consideram Somos o que Somos (remake) um novo O Silêncio dos Inocentes e com um final chocante. Permito-me discordar: o final fecha o ciclo dos Parker com convicção, todavia não achei tão inesperado e enquanto filme passa longe da qualidade de atuação e da importância do que a obra de Jonathan Demme mostra.

Somos o Que Somos estreou com sucesso na última edição do festival de Sundance e em Cannes, passando brevemente pelos cinemas nacionais em dezembro de 2013. O sucesso por onde passou já habilitou uma continuação, provavelmente a ser lançada em 2014 chamada What We Were. Agora se será tão interessante quanto este aqui, só nos resta esperar.

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4 Comentários

  1. “a matriarca rose, julia garner”
    Quem escreveu isso sequer viu o filme
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKLKLKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  2. Onde posso conseguir o original? Não acho nenhum torrent nem nada!

  3. dá pra assistir,mas o achei bem superestimado.

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