You Can’t Kill Stephen King (2012)

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You Can´t Kill Stephen King (2012)

You Can't Kill Stephen King
Original:You Can't Kill Stephen King
Ano:2012•País:EUA
Direção:Ronnie Khalil, Monroe Mann, Jorge Valdés-Iga
Roteiro:Monroe Mann, Ronnie Khalil, Bob Madia
Produção:Ronnie Khalil, Monroe Mann
Elenco:Monroe Mann, Ronnie Khalil, Crystal Arnette, Kayle Blogna, Kate Costello, Justin Brown, Polly Humphreys, Arthur S. Brown, Michael Bernstein, Bill Steven McLean, John Mancini, Vanessa Leigh

A ideia não era de se jogar fora: um grupo de adolescentes, entre eles um fanático por Stephen King, decide passar um fim de semana numa casa a beira de um lago do Maine. No meio de muita bebida, drogas e amor livre, eles começam a ser mortos um a um, e cada morte é inspirada em uma história do mestre do horror.

A proposta de You Can’t Kill Stephen King poderia dar muito certo nas mãos de gente como Greg Mottola ou o pessoal do Broken Lizard, que saberiam utilizar as referências e citações a favor da diversão descompromissada. Mas o trio de diretores Jorge Valdés-Iga, Ronnie Khalil e Monroe Mann (esses dois últimos também atuando como atores e roteiristas) não entrega nada mais do que uma comédia de horror banal, cujo ápice do humor é a escrotidão de alguns personagens, e não uma carta de amor aos livros e filmes de Stephen King, como deveria ser.

You Can´t Kill Stephen King (2012) (1)

É chato constatar que a ligação entre os assassinatos e a obra do ator são bastante vagas. Afinal de contas, uma pessoa tendo a cabeça esmagada com um martelo até poderia ser uma citação a O Homem Que Adorava Flores – mas não podia também ser uma referência a Trocas Macabras, outra história de King? Ou então a Drive, Oldboy e centenas de outros livros, histórias em quadrinhos e filmes de outros atores? Nesse sentido, não seria mais legal ter mortes mais marcantes, envolvendo balões, martelos de croquê ou atropelamentos por caminhões, que remetessem diretamente a livros como It, O Iluminado e Cemitério Maldito?

Falta, enfim, uma mente mais criativa que possa lidar com esse material. O próprio King acompanhou as filmagens, mas decidiu não se envolver na produção ou no roteiro. (O RESTO DESSE PARÁGRAFO CONTÉM SPOILERS) A impressão que dá é que King recusou aparecer numa ponta final, que revelasse ser ele o matador. Ao invés disso, foi usada a ideia infinitamente menos interessante de que os habitantes da cidade se uniram em uma conspiração para matar os visitantes. (FIM DOS SPOILERS)

You Can´t Kill Stephen King (2012) (2)

Mas com tudo isso dito, alguns dos atores são realmente bons, principalmente Ronnie Khalil como o nerd punheteiro que entra na viagem apenas para conhecer seu autor favorito. A lindíssima Kayle Blogna também está ótima como a patricinha Nicole, conferindo um pouco de tutano a um personagem tão raso. O resto do elenco também não é de se jogar fora, e vamos torcer para que suas carreiras alcem voos maiores, e que um dia possam olhar para trás e dizer: “você acredita que eu comecei fazendo um filme ridículo chamado ‘You Can’t Kill Stephen King’?!?!

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Matheus Ferraz

Mineiro, autor publicado e mestre em Biografia pela University of Buckingham

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