Io sono morta
Original:Io sono morta
Ano:2012•País:Itália Direção:Francesco Picone Roteiro:Francesco Picone Produção:Francesco Picone Elenco:Elisa Forti, Federico Mariotti, Stefano Martinelli |
É uma pena que a maioria dos fãs de filmes de terror conheçam apenas produções norte-americanas do gênero. Não vamos querer tirar o mérito dos Estados Unidos, que já produziu sim muitas obras icônicas, mas existem outros países que fizeram (e fazem) importantes contribuições para o gênero. É o caso da Itália. Terra natal dos diretores Mario Bava, Lucio Fulci e Dario Argento, uma incursão pelo terror italiano torna-se quase que algo obrigatória para os apreciadores do cinema fantástico.
E se estes três nomes são responsáveis por obras canônicas como Suspira (de Argento), Mansão da Morte (de Brava) ou Zombie (de Fulci), existe toda uma nova geração de cineastas que parecem ter como missão continuar explorando o horror dentro de obras fílmicas made in Italy. Francesco Picone é um destes nomes que possivelmente ainda serão conhecidos em um futuro próximo por um público mais abrangente.
O primeiro trabalho do rapaz é o curta Io Sono Morta (traduzido para o português como Eu Estou Morta). A produção é de 2012 e desde então já passou por mais de 30 festivais internacionais de filmes de terror. A trama começa da forma mais óbvia possível ao acompanharmos o casal de amigos Lisa (Elisa Forti) e Andrea (Frederico Mariota). Os dois estão passando um lindo dia no bosque. Durante o passeio, o rapaz se declara apaixonado para ela, mas a moça responde que não sente o mesmo por ele e que ambos nunca poderiam ser felizes juntos como namorados. Andrea não não reage bem ao pé na bunda e logo depois deste momento os dois se separam. O rapaz fica então com cara de psicopata riscando o nome de Lisa que ele próprio havia esculpido em um tronco minutos antes. Aqui temos originalidade zero. Mas Picone parece querer brincar com os clichês do gênero e logo é possível perceber que não estamos diante de uma obra qualquer.
Lisa é então sequestrada por uma pessoa e Andrea corre em defesa da amada. No desespero por encontrar a amiga, o próprio Andrea também é capturado. O rapaz acorda amarrado em um quarto escuro enquanto Lisa está sendo torturada por um louco que vive na floresta. Sem poupar o público, o diretor apresenta algumas cenas bem realistas para o sofrimento de Lisa com direito a membros decepados e unhas arrancadas. A fotografia é uma outra atração especial de Io Sono Morta com ambientes escuros e claustrofóbicos.
No meio deste festival de sangue e escuridão, Andrea segue em busca da amada. Diferente do que poderíamos esperar, a tentativa do rapaz em salvar Lisa acaba piorando a situação e na sequência temos cenas repletas de sangue e violência além de algumas gratas surpresas. Apesar de nem tudo ser mostrado onscreen, as cenas sugestivas funcionam e a maquiagem é bem feita.
Picone ainda vai nos apresentar uma reviravolta na trama perto do seu final, o que pode fazer quem está assistindo ao curta imaginar o que o diretor conseguiria fazer com um longa-metragem. Este parece ser o caminho natural que Picone está tentando percorrer já que além de Io Sono Morta, seus outros trabalhos como diretor são dois curtas de terror. Anger of the Dead de 2012 e Martyn de 2013.
Confira abaixo Io Sono Morta com legendas em inglês e tire suas próprias conclusões.