A Dança dos Vampiros
Original:Dance of the Vampires
Ano:1967•País:EUA, UK Direção:Roman Polanski Roteiro:Roman Polanski, Gérard Brach Produção:Gene Gutowski Elenco:Jack MacGowran, Roman Polanski, Alfie Bass, Jack MacGowran, Roman Polanski, Jack MacGowran, Roman Polanski, Alfie Bass, Jessie Robins, Sharon Tate, Ferdy Mayne, Iain Quarrier, Terry Downes, Fiona Lewis, Ronald Lacey |
Na teoria, fazer uma sátira é a coisa mais fácil do mundo. Basicamente você pega um filme ou gênero cinematográfico, aponta seus maiores clichês, exagera os pontos mais marcantes e coloca diversas piadas apelativas para atender ao público menos sofisticado. É o que gente como Craig Mazin e os irmãos Wayans vêm fazendo, e devem estar agradando a alguém, já que não passa um ano sem que um novo movie-movie seja lançado nos cinemas – ou direto pro DVD.
Fazer uma sátira irreverente pode ser o caminho mais fácil. Mas uma sátira reverente requer mais talento. Mais do que tudo, requer um artista realmente apaixonado por aquilo que está tentando satirizar, e não apenas interessado em ganhar uns cobres fáceis com o que quer que esteja fazendo sucesso no momento.
E não há exemplo melhor disso do que A Dança dos Vampiros (1967), onde Roman Polanski criou uma apaixonada ode aos filmes de vampiro da Hammer, Universal e outras produtoras clássicas. A história é básica: uma dupla de caçadores de vampiros chegam a um vilarejo isolado e se instalam em uma pequena estalagem. Sua missão é encontrar e matar o Conde von Krolock, vampiro cruel que mora num castelo nos arredores do vilarejo. Os nossos heróis são o Professor Abronsius (Jack MacGowran, de O Exorcista) e seu assistente Alfred (o próprio Polanski). Longe de ser um Van Helsing, Abronsius sabe toda a teoria sobre vampiros, e pouquíssimo sobre o resto do mundo. Já Alfred é um jovem ingênuo que se apaixona por Sarah (uma estonteante Sharon Tate) filha do estalajadeiro Chagal (Alfie Bass). O conde sequestra Sarah e transforma Chagal num vampiro, e cabe a Abronsius e Alfred invadirem o castelo do vampiro e livrar o mundo das criaturas da noite.
Provavelmente a melhor sátira cinematográfica já feita, A Dança dos Vampiros é um filme delicioso, com uma produção requintada, ótimas atuações e piadas espertas. Os cenários e figurinos são um deleite aos olhos, mas nada é tão lindo de se ver como Sharon Tate. Ela e Polanski se conheceram durante as filmagens e iniciaram um relacionamento que iria acabar tragicamente com a morte da atriz – grávida – nas mãos da Família Manson, dois anos depois.
Funcionando como filme de horror, aventura e comédia, A Dança dos Vampiros é a prova de que a sátira não é um gênero restrito a comediantes fanfarrões, mas que pode render verdadeiras maravilhas nas mãos hábeis de um diretor de primeira. O horror – e o humor – agradecem!
Descobri “A Dança dos Vampiros” na finada e nostalgica locadora “Cinéfilo”(Benfica – Fort.), depois baixei em DVD direto do canal TCM com a dublagem clássica das clássicas cujo DVD conta ainda como o maravilhoso “As Bruxas de Zugarramurd”(2013). 2024 e estou(va) com uma super camisa do filme. Na TV, lembro também que em 18 a “”extinta”” “TV Diario” fez um especial de Halloween em que dos filmes das madrugadas seria esse.
Esse conde do filme me lembra muito o Dracula do Christopher Lee.
eu nunca vi classico do classico
NO INÍCIO DE MINHA PAIXÃO CINEMATOGRÁFICA, ONDE EU ENTRARÁ NA PUBERDADE, EU EXPLORAVA MINHAS MADRUGADAS NA ANTIGA TV DE TUBO E VÁLVURAS DA DÉCADA DE 70; FUI APRESENTADO ÀS SESSÕES DO CORUJÃO E COMO OUTROS TANTOS TÍTULOS CONSAGRADOS, LÁ ESTAVA “A DANÇA DOS VAMPIROS”, QUE PARA MIM VIRIA A SER A DESCOBERTA DO HUMOR EM MINHA MADRUGADA. NÃO CONSEGUI TER PAVOR, SOMENTE GARGALHADAS POVOAVAM E DESPERTAM OS MEUS DENTRO DE MEU ANTIGO LAR. ESPETACULAR FILME. NÃO SEI ONDE ESTÁ O “SADOMASOQUISMO, VIOLÊNCIA, NUDEZ, UM POUCO DE HOMOSSEXUALIDADE E, CLARO, VOYEURISMO ” DE UMA CRÍTICA PRECONCEITUOSA E TENDENCIOSA. A OBRA EM SI NÃO É NOVIDADE. OBSERVAMOS TOQUES DO 1º CÉLEBRE MENTOR CINEMATOGRÁFICO, CHAPLIN…POUCAS FALAS, CALAS E BOCAS, GESTOS BRUSCOS, HUMOR INGÊNUO, CONTUDO PRATICADO SEM VAIDADE OU PRETENÇÃO. BELO FILME. ENQUANTO AO CRIME DO DIRETOR, DEIXEMOS DEMAGOGIA…DEUS HÁ DE JULGÁ-LO ! SUA OBRA É IMORTAL. JULGUEMOS COISAS BOAS…
Ruim é o seu impróprio comentário sobre essa Obra Prima do gênero. Trata-se, simplesmente, de um filme inesquecível!! Gostaria também de registrar um elogio ao jornalista que publicou esse artigo.
Nossa…Dados todos os descontos à época, às referências, prestadas todas as homenagens ao trabalho de Polanski e à beleza de Tate, achei esse filme um constrangimento de ruim.