Hellraiser 3: Inferno na Terra
Original:Hellraiser III: Hell on Earth
Ano:1992•País:EUA, Canadá Direção:Anthony Hickox Roteiro:Peter Atkins Produção:Christopher Figg, Lawrence Mortorff Elenco:Terry Farrell, Doug Bradley, Kevin Bernhardt, Lawrence Mortorff, Ken Carpenter, Paula Marshall, Robert C. Treveiler, Christopher Frederick, Lawrence Kuppin, Brent Bolthouse, Paul Vincent Coleman |
O sofrimento de estranhos. A agonia dos amigos. Há uma música secreta no centro do mundo. Seu som é como o de uma lâmina atravessando a carne. – Pinhead, durante o massacre no bar The Boiler Room
Pinhead, o líder dos Cenobitas, criaturas infernais que habitam uma dimensão paralela onde a dor, o sofrimento e os prazeres da carne são eternamente celebrados, está de volta para recuperar o seu poder e instaurar o Inferno na Terra no terceiro filme da franquia Hellraiser, iniciada em 1987 pelo clássico homônimo do moderno cinema de horror, através da mente genial do escritor Clive Barker. Pois, conforme diz uma das taglines oficiais de divulgação, O que começou no Inferno terminará na Terra.
Em Hellraiser III – Inferno na Terra (Hellraiser III – Hell on Earth), dirigido por Anthony Hickox em 1992, Pinhead (Doug Bradley) está preso numa escultura macabra comprada em um antiquário por um jovem empresário da noite, J. P. Monroe (Kevin Bernhardt), que guarda a obra bizarra em seu bar noturno, The Boiler Room. Quando num acidente um pouco de sangue espirra na escultura, Pinhead inicia seu processo de libertação e vem à Terra para alimentar-se dos prazeres da carne, começando por um massacre sangrento dos frequentadores da boate, justificando no melhor estilo um de seus lemas, Apetite saciado, desejo satisfeito.
Enquanto isso, uma jovem repórter decadente em busca de uma boa matéria jornalística para levantar sua carreira em crise, Joey Summerskill (Terry Farrell, a Tenente Comandante Jadzia Dax da série de TV Star Trek: Deep Space Nine), presencia uma cena bizarra num hospital, onde um homem tem sua cabeça explodida e vários ganchos e correntes cravados em seu corpo. Ela decide então investigar a ocorrência, com a ajuda do fotógrafo Daniel Fisher (Ken Carpenter), apelidado de Doc, e entra em contato com Terri (Paula Marshall), ex-namorada do dono do clube noturno, que lhe fornece informações importantes sobre o caso, como uma série de materiais pertencentes anteriormente à Clínica Psiquiátrica Channard (de Hellbound), com desenhos de caixas mágicas que permitem uma passagem para o inferno, e fotos de Kirsty Cotton (Ashley Laurence), além de um depoimento dela gravado em vídeo, onde revela a existência dos cenobitas e o perigo que eles representam para a humanidade.
Joey tem constantes pesadelos onde ela aparece num campo de batalha nas selvas do Vietnã, e vê seu pai sendo morto pelo fogo inimigo, além de visões perturbadoras onde se encontra numa espécie de limbo, uma região entre o paraíso e o inferno, andando sobre os escombros e cadáveres em decomposição de soldados abatidos na guerra, entrando em contato com um misterioso homem, Capitão Elliot Spencer (Doug Bradley), que pede sua ajuda num confronto com Pinhead.
A partir daí, Joey passa a enfrentar a fúria de novos cenobitas, criados para aumentar a legião de Pinhead, tentando desvendar os segredos da configuração dos lamentos, e travando uma luta incansável para evitar que o Inferno venha definitivamente à Terra.
Eu tive o privilégio de assistir Hellraiser III – Inferno na Terra nos cinemas em 1992, um fato significativo uma vez que todos os outros filmes da série não foram exibidos na tela grande, sendo lançados diretamente no mercado de vídeo VHS e DVD. Nesse terceiro filme da saga dos cenobitas, existem várias similaridades e relações com elementos do filme anterior, Hellbound – Hellraiser II, filmado quatro anos antes por Tony Randel, inclusive na intensidade de violência, onde temos desde cabeças estouradas (no melhor estilo de Scanners – Sua Mente Pode Destruir), passando por peles arrancadas, vísceras extraídas, até ganchos afiados e correntes pesadas rasgando e mutilando a carne, espalhando sangue para todos os lados.
Entre as curiosidades interessantes de Hellraiser III, em uma tomada noturna rápida da cidade de New York, podemos ver as imponentes torres gêmeas do World Trade Center, sendo que ninguém imaginaria que seriam alvos de um ataque terrorista quase dez anos depois que causou suas quedas e a morte para milhares de pessoas. Tem também uma cena onde o fotógrafo Daniel Fisher, que tem um destino cruel ao se transformar num cenobita com uma câmera de vídeo no lugar de um dos olhos, está dormindo quando é interrompido no meio da noite por um telefonema da repórter Joey Summerskill, que lhe pede ajuda para investigar um massacre de jovens ocorrido momentos antes num clube noturno. Ela pede a ele para ligar a televisão e procurar pelo noticiário, e quando o fotógrafo pega o controle remoto e passa aleatoriamente pelos canais, aparece uma imagem super rápida do próprio diretor do filme, Anthony Hickox. Aliás, o cineasta, assim como o produtor Lawrence Mortorff, o roteirista Peter Atkins e o editor James D. R. Hickox aparecem em pontas no filme. Outro detalhe interessante é a presença da banda de Heavy Metal Armored Saint, interpretando a si mesma num show no mesmo clube noturno do massacre, com a música Hanging Judge. Uma das músicas que faz parte da trilha sonora é chamada de Hellraiser, escrita por Ozzy Osbourne e Lemmy Kilmister, e tocada pela lendária banda de metal Motorhead.
Hellraiser III é bastante intenso em violência, apresentando cinco novos cenobitas depois que os anteriores Chatterer, Butterball e Female foram destruídos no filme anterior. As novas criaturas infernais são três homens, um com vários CD´s cravados na cabeça, outro com um câmera de vídeo servindo de olho, e o último com um aparelho mecânico em constante movimento no interior do cérebro, além de duas mulheres, sendo uma com arames farpados cobrindo-lhe o rosto e que solta fogo pela boca como se fosse um daqueles dragões mitológicos, e outra com um cigarro aceso pendurado por uma abertura exposta na garganta.
Uma cena em especial é digna de registro por sua extrema ousadia. Ambientada no interior de uma igreja católica, a sequência é bastante ofensiva aos princípios religiosos cristãos, com Pinhead derretendo um crucifixo na mão de um padre (Clayton Hill), e simulando a sua própria crucificação retirando pregos da cabeça e cravando-os nas palmas das mãos, vociferando com a voz gutural e em tom de deboche: Eu sou o caminho!.
Aliás, nesse mesmo momento, existe ainda um diálogo hilariante entre a repórter Joey e o padre.
Ela grita em desespero: Eles continuam vindo! Os demônios!
E vem a resposta calma do padre: Demônios não são reais, são apenas metáforas, parábolas….
A repórter então retruca em tom de ironia: Então que porra é aquela?, apontando para a entrada da igreja, onde aparece na porta, de forma imponente e ameaçadora, a figura de Pinhead.
Não existe o Bem nem o Mal. Existe só a carne – Pinhead
Acho esse filme divertidíssimo! Vejo as vezes algumas críticas sobre uma suposta abordagem slasher deste filme. Sinceramente, acho que se deve a alguma incompreensão do roteiro. É bem claro que Pinhead teve sua alma repartida no filme anterior e logo, fora da caixa, ele não segue as regras da mesma. O filme expande de forma satisfatória a mitologia de seu The Priest, ícone máximo da franquia, com cenas memoráveis.
Nervoso e violento!
Adição digna para a série. Sem falar na canção tema pelo Mötorhead!
Ultimo grande filme da série, os próximos não me agradaram
Esse filme com certeza encerra uma trilogia, porque o que veio depois pode desconsiderar.
A escultura em que Pinhead está preso, e a forma como tem que se libertar, é muito bem feita e original.
E uma coisa boa nos três filmes, é que não é somente violência gratuita como eram, e são, muitos filmes do gênero é que por trás sempre há algo relacionado ao amor pela outra pessoa. Lógico, que neles sempre é com um propósito exagerado, onde um tem que sacrificar vidas para ter a outra pessoa.
Mas com certeza esses três não deixam pontas soltas.
Eu só desconsidero do 5º filme em diante.
Concordo! Os quatro primeiros filmes são bons!
Dando sequência ao desdobramento dos elementos-chaves de Hellraiser, nesta sequência, temos o aprofundamento da história de Pinhead, a marca-registrada do universo sádico de Barker. Doug eu seu momento absoluto na série. Ainda um filme a altura do clássico, com momentos brilhantes. Nota 8!
Adoro esse filme :3
Quase mais que os outros dois, talvez pelas cenas mais trabalhadas como a reporter correndo pelas ruas e outras. Enfim, muito bom!
Eu assisti o primeiro filme no SBT em 1989 no extinto cinema em casa as cenas me imprecionaram na época depois nunca mas revi agora vi a parte 2 mão me lembrava de ter visto mas passou na Globo o filme tem cara de filme da tela quente aquela ar meio de aventura de terror e o terceiro eu lembro que passou na tela quente os filmes dessa franquia causava confusão na hora de alugar na locadora aparecia outro nome em vês de hellraiser aparecia helbound as capas dos filmes eram diferentes isso também acontecia com o massacre da serra elétrica era muito confusão as continuações a partir do 2 pareciam outros filmes vou assistir a parte 3 agora se for bom vou querer ver os outros.