Hellraiser: O Retorno dos Mortos
Original:Hellraiser: Deader
Ano:2005•País:EUA, Romênia Direção:Rick Bota Roteiro:Benjamin Carr, Tim Day Produção:David S. Greathouse, Ron Schmidt, Stan Winston Elenco:Kari Wuhrer, Paul Rhys, Simon Kunz, Marc Warren, Georgina Rylance, Doug Bradley |
Não pense nem por um segundo que você não está em perigo! – Pinhead
Em outubro de 2005, a Europa Filmes lançou em DVD no Brasil o sétimo filme da franquia Hellraiser, com o subtítulo de O Retorno dos Mortos (Deader no original, que significa algo como Zumbi). Esse episódio tem direção de Rick Bota (que também fez as partes 6 e 8), o roteiro é de Benjamin Carr e Tim Day, e traz novamente Doug Bradley no papel que o imortalizou na galeria dos monstros modernos do Horror, o cenobita Pinhead, além da bela Kari Wuhrer (de Malditas Aranhas!), como uma jornalista investigativa que se infiltra num submundo perigoso, cercado de eventos sobrenaturais.
Ela é Amy Klein, jornalista bem sucedida na Inglaterra, conhecida por trabalhar em matérias onde enfrenta situações de risco como uma investigação com um grupo de jovens viciados em crack. Seu chefe, Charles (Simon Kunz), convida-a a viajar para Bucareste, a capital da Romênia, para investigar a origem de uma fita de vídeo VHS enviada à redação do jornal por Marla (Georgina Rylance), que mostra cenas de uma seita de jovens liderada por Winter (Paul Rhys). Eles praticam o suicídio e retornam misteriosamente da morte. A repórter aceita o desafio e entra em contato com um universo de horror que lhe traz lembranças de um passado traumatizante na infância, e descobre segredos que abrem portas para uma dimensão de dor, de onde pode não retornar mais.
Entre as várias e enormes franquias do cinema de horror (Halloween, Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo, Grito de Horror, Brinquedo Assassino, etc), a que mais aprecio é Hellraiser, e os motivos são basicamente por causa do escritor Clive Barker (autor da história original e criador dos personagens), das fortes cenas de violência, com torturas sangrentas com ganchos e correntes rasgando a carne das vítimas, e pelos cenobitas liderados por Pinhead, seres infernais que habitam uma dimensão paralela que venera a dor sem limites e o sofrimento eterno. E os quatro primeiros filmes da série formam um ciclo interessante que procura amarrar toda a história, revelando detalhes desde a origem da misteriosa caixa que permite entrar nessa dimensão caótica até quem são realmente os cenobitas.
Em O Retorno dos Mortos, parece que não existe mais potencial a ser explorado nesse universo ficcional, e os executivos da indústria de cinema deixam evidente a intenção em insistir na franquia para faturar com a marca já consagrada. Esse sétimo episódio é confuso, numa mistura exagerada de ilusão e realidade e os interesses maiores ficam resumidos quase que exclusivamente à presença maligna e sempre imponente de Pinhead, que ainda assim aparece pouco em cena (sua primeira aparição só acontece com vinte e cinco minutos de projeção), e pelas cenas sangrentas, que são uma característica da série e que aqui continuam, apesar de menor quantidade quando comparado aos filmes 2 e 3, por exemplo. Temos cabeça estourada à bala, corpo despedaçado por correntes, facadas e sangue espalhado para todos os lados. Fora isso, é apenas outro filme convencional em meio a tantos que são produzidos anualmente, do qual esperava-se mais por se tratar de um episódio de Hellraiser. E é justamente nesse ponto a falha maior do filme, pois ele originalmente não foi escrito para fazer parte da mitologia da série, sendo depois adaptado pelos roteiristas através de uma relação de parentesco entre o líder da seita Winter e o fabricante de brinquedos que construiu a misteriosa caixa que permite abrir as portas do inferno.
Hellraiser (1987) é o primeiro filme de uma extensa franquia com mais oito episódios: Hellbound – Hellraiser II (88), de Tony Randel; Hellraiser III – Hell on Earth (92), de Anthony Hickox; Hellraiser IV – Bloodline (96), de Alan Smithee (Kevin Yagher) e Joe Chappelle (não creditado); Hellraiser V – Inferno (2000), de Scott Derrickson; três com direção de Rick Bota, Hellraiser VI – Hellseeker (2002), Hellraiser VII – Deader e Hellraiser VIII – Hellworld (ambos de 2005) e Hellraiser: Revelations (2011), de Victor Garcia. Com exceção deste último, todos os demais filmes foram estrelados por Doug Bradley como o líder dos cenobitas Pinhead.
Essas franquias longas são o pontapé inicial da decadência do cinema de horror fantasia do cinema americano e tudo começou com Jason e halloween depois todos fizeram isso como os do Freddy Krueger os 3 primeiros eram bons depois virou chacota essa tendência de filme em série gera essas porcarias lamentável os personagens viram piada pra criança nem dão medo mais.