Jessabelle
Original:Jessabelle
Ano:2014•País:EUA Direção:Kevin Greutert Roteiro:Robert Ben Garant Produção:Jason Blum, Peter Principato, Paul Young Elenco:Sarah Snook, Mark Webber, Joelle Carter, David Andrews, Ana de la Reguera, Amber Stevens, Chris Ellis, Brian Hallisay, Larisa Oleynik, Barbara Weetman, Jason Davis |
Se eu fosse o responsável pela produção do marketing de divulgação do terror Jessabelle, acrescentaria no cartaz do filme a tagline: “O que você faria se descobrisse que está sendo assombrado por você mesmo?” Não é um spoiler, nem nem nada que possa destruir qualquer surpresa do longa de Kevin Greutert; até mesmo porque essa informação já aparece no trailer e até em algumas sinopses. Mas, não deixa de ser curioso e até mesmo filosófico (ou esquizofrênico) uma premissa como essa, desenvolvida no roteiro de Robert Ben Garant, da comédia Meu Bebê é o Diabo.
Na verdade, não existe tanta profundidade assim. Não traz a complexidade de um Nolan ou a insanidade de Lynch; nem vai além de uma solução previsível. Contudo, é curioso o suficiente para uma conferida, principalmente quando se descobre na produção um nome conhecido como o de Jason Blum, um dos responsáveis pelas digeríveis franquias Atividade Paranormal, Uma Noite de Crime e Sobrenatural. Só peço que não crie confusões com Annabelle, pela terminação, pois embora seja proposital a referência, não há qualquer relação com a popular boneca contemporânea.
Então, o que seria essa Jessabelle? Carinhosamente apelidade de Jessie, trata-se de uma jovem sobrevivente de uma tragédia: prestes a se unir definitivamente com o namorado, um acidente de carro num cruzamento encerra qualquer possibilidade. O namorado morre – deixando partes de seu cérebro presos ao corpo da garota (!!!) -, e ela fica temporariamente sem o movimentos das pernas, tendo nas cadeiras de rodas suas melhores amigas. A jovem entra em contato com o pai, a quem não vê há anos, e passa a morar com ele numa casa rural em St. Francis, Louisiana.
Será uma moradia compartilhada por alguns meses apenas, até a recuperação total. Logo, o espectador descobre que a mãe de Jessie faleceu de câncer logo após seu nascimento, o que deixou o pai alcóolatra; e que ela foi deixada com a tia, até também o seu falecimento, quando passou a morar sozinha. Na casa da família, Jessie começa a testemunhar uma estranha assombração e passa a questionar sua sanidade quando o fantasma se denomina Jessebelle, criando um mistério que talvez tenha a solução nas fitas VHS deixadas pela mãe como herança, num found footage bem justificado. Jessie entrará em contato com um ex-namorado e tentará a ajuda da polícia, principalmente quando os pesadelos se tornarem frequentes, envolvendo Jessebelle e um homem com o rosto queimado.
Um anos após dirigir Jogos Mortais – O Final, Kevin Greutert leu o roteiro e decidiu assumir as filmagens de Jessebelle, mas dificuldades para filmar em Louisiana conduziram o longa para Carolina do Norte e atrasaram a pré-produção. O lançamento estava previsto para janeiro de 2010 nos cinemas até ser adiado para o final de agosto e estreias limitadas em novembro – talvez para fugir de outras produções ou por conta da qualidade do material não ser muito comercial. Aposto na primeira opção, pois Jessabelle, apesar do argumento aparentemente inovador, não consegue evitar os clichês do estilo, nem ser assustador.
Não é um filme ruim como algumas críticas apontam. Há uma trama interessante, com toques de mistério e investigação, mesmo que a assombração remeta o público para longas como o remake de A Morte do Demônio. Aliás, esta menção não foi por acaso: a protagonista, interpretada por Sarah Snook (que depois faria um excelente trabalho em O Predestinado), é bem parecida com Jane Levy até mesmo no olhar e nos trejeitos. Jessabelle ainda traz outros rostos conhecidos como Chris Ellis (xerife Pruitt), o veterano David Andrews (Leon, o pai de Jessie) e Joelle Carter, que fez um dos meus filmes favoritos: Alta Fidelidade.
Sem ousadia, sustos e um tratamento inovador no roteiro, Jessabelle não passa de um bom conceito e de uma realização satisfatória. Muito pouco para quem quer sentir medo!
Não gostei do final, fiquei frustrada que a fantasma conseguiu tomar a vida da menina. Ela não tinha nada haver com a história, tanto que queria ajudar de alguma forma, ela foi adotada e por acaso caiu nessa rede de mentiras. Acho q deveriam ter arrumado um jeito de salvar ela, depois de td q ela passou, acabar no fundo do lago é mt triste.
Também acho Sarah Snook a cara da Jane Levy!
Também esperava muito mais, pois o trailer foi muito bem elaborado, uma das qualidades do produtor Jason Blum, novo midas do gênero. Confesso que achei sem graça e com aparência de filme feito para TV. Uma pena, pois o tema era muito interessante.