O Último Trem
Original:The Midnight Meat Train
Ano:2008•País:EUA Direção:Ryûhei Kitamura Roteiro:Jeff Buhler, Clive Barker Produção:Clive Barker, Gary Lucchesi, Eric Reid, Tom Rosenberg, Jorge Saralegui, Richard S. Wright Elenco:Vinnie Jones, Bradley Cooper, Leslie Bibb, Brooke Shields, Roger Bart, Tony Curran, Barbara Eve Harris, Peter Jacobson, Ted Raimi, Donnie Smith |
Contos literários que abordam tramas de suspense e terror são marcados pela liberdade dos autores, que muitas vezes não seguem uma lógica narrativa encontrada em livros. Desta forma, é bastante comum para o leitor encontrar pequenas histórias que não são formadas por estruturas consideradas comuns, como linha de tempo estilo começo-meio-fim, ou quando o bem nem sempre vence o mal. Uma das grandes possibilidades de criar uma trama em apenas 10 páginas é que até as tradicionais explicações são deixadas de lado e isso, dependendo do trabalho, pode gerar ótimos resultados.
Lançado no mercado de DVD brasileiro, O Último Trem (The Midnigh Meat Tream, 2008) é mais uma produção adaptada de um conto de terror. E a boa notícia é que o resultado em película foi bastante satisfatório e deve agradar aos fãs do gênero, que vão assistir a um trabalho repleto de cenas tensas, muito suspense e horror gráfico da melhor qualidade.
O Último Trem é baseado no conto assinado pelo nosso velho conhecido Clive Barker, o que já é suficiente para atrair a curiosidade dos fãs do gênero. A trama acompanha o jovem fotógrafo Leon (Bradley Cooper), que passa a fazer fotos que retratem o cotidiano das cidades grandes. Ao mesmo tempo, uma série de assassinatos e desaparecimentos estão acontecendo nos metrôs que seguem na madrugada. É durante uma noite de insônia que Leon decide sair para fotografar e, neste passeio noturno, acaba descendo até uma estação próxima. A partir deste momento, ele vai travar uma investigação solitária para descobrir o que está acontecendo.
O Último Trem é uma produção que tem na linguagem fílmica o seu grande trunfo. Diferente de tramas contemporâneas, que acabam apresentando enredos parecidos e nada mais são do que refilmagens das mesmas ideias, aqui temos uma narração que foge do trivial e que vai além de um simples mistério. A concepção da ação consegue trabalhar paralelamente com várias questões enquanto o personagem Leon segue dentro de um universo cada vez mais aterrador.
Grande parte deste mérito acontece pelo fato de sabermos mais do que o personagem, o que nos coloca em uma posição de observadores. No entanto, não recebemos qualquer informação que resolva o mistério antes do momento exato. É aquela velha, porém, muito eficiente sensação de entender tudo nos cinco minutos finais, mesmo que algumas perguntas permaneçam sem respostas.
SENSAÇÕES
Alguns fãs consideram que o bom filme de terror é aquele capaz de provocar sensações em quem os assiste. Mesmo que alguns pedaços fiquem faltando na hora da conclusão, o importante é passar por este turbilhão de emoções, que sempre são bem vindas. Basta se lembrar do final de A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1999).
No caso de O Último Trem, a conclusão é um dos melhores pontos da trama e serve de lembrete de que filmes de terror devem ir além de explicações triviais. Por que todo assassino precisa ter tido algum trauma de infância? Por que toda casa assombrada precisa ter o mistério claramente explicado? Por que a polícia sempre descobre o mistério e salva o mocinho? O personagem Leon com certeza se fez estas perguntas durante o filme.
HORROR GRÁFICO
Uma das questões mais discutidas de O Último Trem é referente ao estilo utilizado pelo diretor Ryûhei Kitamura para mostrar as melhores cenas do filme. Em um gênero onde tudo é tão copiado, encontrar soluções novas, ou ao menos pouco utilizadas, já é digno de ponto positivo. Aqui vale o destaque para algumas das mortes, em especial a de uma mulher que tem a cabeça degolada. A cena é belissimamente exagerada e chama a atenção justamente por isso. Apesar de alguns excessos nos efeitos visuais, vale à pena conferir o trabalho como um todo.
Este mérito estético pode ser associado ao próprio Clive Barker, que também é um dos produtores do filme. Desde o lançamento do clássico Hellraiser – Renascido do Inferno (Hellraiser, 1987), ele é considerado, por críticos e fãs, como um dos grandes nomes do gênero e parte deste sucesso se deu pela concepção estética da trama da década de 1980, que mistura fortes cenas de gore com os primeiros monstros elegantes criados no gênero, os cenobitas.
E falando em estética, a concepção do metrô como cenário principal da trama é outro ponto interessante do filme. Utilizar esse elemento para criar cenas angustiantes é até fácil, já que a imagem de vagões vazios e estações quase desertas já são suficientes para fazerem muita gente desistir do transporte e pegar um taxi.
FALTA DE ATENÇÃO
É importante destacar que nenhuma boa trama consegue gera um filme de qualidade com um elenco fraco ou personagens mal concebidos e O Último Trem não faz parte desta categoria. Bradley Cooper, do seriado Alias, está muito bem como o mocinho Leon, assim como Leslie Bibb, de Trick ‘r Treat, que faz a namorada do nosso herói. Uma surpresa é a participação de Brooke Shields. Diretamente da Lagoa Azul, ela interpreta aqui uma artista plástica, mas infelizmente a sua participação é bastante limitada. Destaque para Vinnie Jones, de X-Men – O Confronto Final, como a pessoa misteriosa que anda no metrô de madrugada.
Apesar de todos esses pontos positivos, O Último Trem não recebeu a devida atenção da produtora LionsGate para um lançamento internacional decente, o que fez com que o filme passasse desapercebido em alguns mercados importantes. Aqui no Brasil, a produção foi lançada direto em DVD e sem muita divulgação. O próprio Clive Barker manifestou a sua insatisfação com relação a este assunto com uma carta lida durante a East Coast Fangoria Weekend of Horrors, em 2008.
A falta de uma estratégia de lançamento decente e de divulgação da LionsGate respondem como as principais deficiências de O Último Trem, que poderia ter chegado para um número maior de pessoas. Mas aproveite a dica e corra para a sua locadora. Se a mesma não tiver comprado este filme, baixe-o. Neste caso, o verdadeiro crime é deixar esta obra cair no esquecimento sem a chance de ser conhecida. Nada mal para este pequeno conto do bom e velho Barker.
Sério, como que esse filme não é tão famoso???
Mil vezes melhor que muita tranqueira que fazem nesse universo cinematográfico do terror
O último trem é excelente em todos os quesitos.
Na minha opinião apenas um passatempo regular com um final que deixa dúvidas para quem, como eu, não leu o livro.
Esse filme é uma bosta, quem gosta disso de filme slasher só pode ser satanista psicopata do caralh0.
Vão pro inferno, vão. Filmes assim são feitos com essa função. Enviar mongolóides como vocês pra lá.
E esse tal de Clive barker é a prova viva disso.
Obviamente adorador de Satã.
A quanto mimimi chato, se não gosta vai assistir “Peppa”
Cara esse filme é foda, eu vi sem querer ele zapeando pela tv paga a noite, caralho, filmaço, e o final é wtf… incrivel
Procura o conto original! É ainda mais acachapante!
Filme simplesmente magnífico, perdendo apenas para o conto…perfeito!
Gente pelo amor de Deus, eu não consegui entender NADA do filme, ou o que eu entendi não sei se tá certo, me ajudem por favor!!!
SPOILERS
Os devoradores de carnes seriam DEMONIOS? Que são alimentados por certas pessoas que sabem do segredo e o mantém para evitar que isso acabe se espelhando e destruindo a humanidade inteira??!
E aqueles trecos saindo da pele do Açougueiro?? Que tipo de doenças era aquela??
É por aí mesmo… Procure o conto original em Livros de Sangue Volume 1 do Clive Barker, é muito mais esclarecedor. E estarrecedor.