As Filhas de Drácula
Original:Vampyres
Ano:1974•País:UK Direção:José Ramón Larraz Roteiro:Diana Daubeney, Thomas Owen Produção:Brian Smedley-Aston Elenco:Marianne Morris, Anulka Dziubinska, Murray Brown, Brian Deacon, Sally Faulkner, Michael Byrne, Karl Lanchbury, Margaret Heald, Bessie Love |
Clássico absoluto do subgênero sobre vampiras lésbicas, essa pérola foi lançado por aqui, numa época remota, em VHS pela extinta Top Tape, com o título mais do que picareta de Vampyres… As Filhas de Drácula (assim mesmo com reticências e tudo). Não confundir com o mais careta, mas não menos divertido, Twins of Evil (1971) de John Hough, produção da Hammer que fechava a trilogia da vampira Carmilla, que por aqui também acabou ganhando o nome de As Filhas de Drácula.
Vampyres, também conhecida por títulos alternativos como Daughters of Dracula, Satan’s Daughters, Vampyres Orgy e etecetera, é uma produção inglesa dirigida pelo espanhol, falecido em 2013, José Ramon Larraz, aqui creditado como Joseph Larraz, um dos seus pseudônimos mais recorrentes.
O filme começa numa mansão na maior ambientação gótica com a câmera passeando pelos aposentos até entrar em um quarto onde temos duas belas moças, uma de cabelos castanhos e uma loirinha, na maior sacanagem numa cama, quando um homem, vestindo um sobretudo e chapéu (que mais parece ter saído de um Giallo do Mario Bava), invade inexplicavelmente o quarto e mata as garotas a tiros. Entra os créditos com a imagem de vários morcegos.
Depois desse prólogo peculiar, acompanhamos um casal de bobocas, John (Brian Decon) e Harriet (Sally Faulkner), que viajam pelo interior da Inglaterra num carro com um trailer a reboque. Numa estrada deserta eles avistam duas mulheres na beira de estrada, uma pedindo carona, enquanto a outra fica atrás das árvores apenas observando. Harriet estranha o comportamento das moças, enquanto John apenas acha que sua namorada não deveria cuidar da vida dos outros. Logo o casal encontra uma mansão antiga, e os pombinhos resolvem acampar nos arredores da construção.
Enquanto isso uma das moças consegue carona com outro rapaz, chamado Ted (Murray Brown, que no ano anterior já tinha interpretado Jonhatan Hacker na versão para TV de Dracula, de Dan Curtis, com Jack Palance como o personagem-título), que a leva para a tal mansão decrépita. A essa altura já sabemos que nome dela é Fran (a de cabelos castanhos, interpretada por Marianne Morris). Depois de beber umas taças de vinho e transar com ela, Ted adormece e acorda com um corte no braço, acreditando que tenha se cortado com vidro após a bebedeira da noite anterior. Ele pede auxílio ao casal do trailer. O rapaz ao invés de se mandar dali, fica até o escurecer em volta da casa, no intento de encontrar Fran novamente. Encontra-a acompanhada de sua amiga, Mirian (a bela inglesa descendente de poloneses Anulka Dziubinska, aqui creditada apenas como Anulka – no ano seguinte participaria do alucinante Lisztomani, de Ken Russell). Não custa muito para ele se tornar prisioneiro de Fran e descobrir que elas levam homens até a mansão para matá-los, e sugar o sangue das vítimas. Paralelamente, a bisbilhoteira Harriet não contém sua curiosidade em descobrir o segredo das misteriosas garotas.
Como podem perceber o roteiro não tem pé nem cabeça. Por exemplo, as duas se tornam vampiras após morrerem baleadas. Nada faz muito sentido, mas quem se importa? Embora o roteiro seja creditado a Diana Daubeney, que era esposa do diretor, o próprio Larraz afirma que ela não escreveu uma palavra sequer, que a autoria era dele mesmo. Diana, que é de nacionalidade britânica, entrou como “laranja” para fechar a cota de ingleses na produção!
A mansão que serve de cenário, conhecida como Oakley Court, foi utilizada em vários filmes da Hammer e também no cultuado Rocky Horror Picture Show de Jim Sharman. A casa posteriormente viraria um hotel de luxo.
O diretor Larraz (também responsável por filmes com títulos sugestíveis como Sodomia (1978) e Psycho Sex Fiend (1973), entre outras belezinhas), aqui faz um trabalho que chega a lembrar obras de Jesus Franco ou Jean Rollin, só que sem a lisérgica – um trabalho mais cru, eu diria -, não economizando nas cenas de nudez das duas belíssimas mulheres que convencem plenamente nas cenas de lesbianismo. Anulka Dziubinska virou ícone com esse filme; sua presença é hipnotizante. O ponto alto são as cenas em que elas atacam suas vítimas, com uma ferocidade animalesca poucas vezes vista. Ok, elas atacam alguns usando até facas, o que, convenhamos, chega a ser vergonhoso para um vampiro, mas o frisson colocado em cena por elas é realmente impressionante. O filme não poupa em nudez e sangue, o que garantiu seu status de objeto de culto ao longo dos anos.
Retalhado pela censura ao longo dos tempos, Vampyres corria ao mundo em cópias mutiladas. Até que em 2003 o selo Blue Underground lançou a versão definitiva, completa e restaurada. O público agora pode apreciar com toda plenitude a fúria dessas belas vampiras.
Está anunciado para 2015 o remake, sob a direção do novato Víctor Matellano, e com a participação no elenco da veterana Caroline Munro, deusa absoluta da antiga Hammer. É esperar para ver.
Embora tenha toda tosquice típica das produções desse tipo, esse é um dos melhores exemplares sobre vampiras lésbicas. Sangrento, lascivo e furioso, é diversão garantida para fetichistas e fãs de terror.
Anulka Dziubinska é simplesmente ESPETACULAR!!!
concordo com o Morcego é uma obra prima infelizmente não reconhecida só agora esta sendo reconhecida e com certeza pela a cena final deixou uma duvida no ar .. que o filme em si teria uma continuação pois as duas somem no nevoeiro provavelmente para voltar atacar novamente os caronistas no futuro.
pena que a bela ( e poe bela,nisso !) Modelo Fotografica e Atriz Marianne Morris não continuo a sua carreira de atriz pois desde de 1976 ela não faz mais nenhum filme. uma que pena , pois a sua beleza é deslumbrante neste filme.
Um Filme Maravilhoso!
Repleto de erotismo, sangue e terror, VAMPYRES é um clássico absoluto em todos os detalhes!
A começar pelas duas protagonistas – as vampiras perfeitas, sem tirar nem pôr. As duas simplesmente enchem a tela com sua beleza, chegando inclusive a ofuscar o resto do elenco.
É um filme repleto de cenas memoráveis, como a sequência de abertura, com morcegos voando no escuro enquanto rolam os créditos. Nunca vi uma sequência de créditos tão linda e perfeita para um filme!
Jose Ramon Larraz criou uma nova e definitiva definição para o termo Terror-Erótico. As cenas de erotismo, ao invés de despertar prazer, despertam admiração, pois são cenas lindas, repletas de sensualidade, sem toques pornográficos horríveis, como nos filmes de hoje…
Uma pena que seja considerado um filme B, porque na verdade, é uma Produção Classe A+!!!!!
Um verdadeiro Clássico, uma Obra-Prima do Terror!!!
Super Recomendado!!!!
10/10