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Oldboy (2013)

Odlboy - Dias de Vingança
Original:Oldboy
Ano:2013•País:EUA
Direção:Spike Lee
Roteiro:Mark Protosevich, Garon Tsuchiya, Nobuaki Minegishi
Produção:Doug Davison, Roy Lee, Spike Lee
Elenco:Josh Brolin, Elizabeth Olsen, Samuel L. Jackson, Sharlto Copley, Michael Imperioli, Pom Klementieff, James Ransone, Max Casella, Linda Emond, Elvis Nolasco, Rami Malek

A esta altura da vida você já deve ter visto Oldboy, de Chan-wook Park, e sabe porque sua reputação o precede; se não viu, não perca mais tempo com minhas letras mal escritas. Pare o que estiver fazendo e coloque-o já na sua lista de prioridades. Como um primor da bizarrice e do cinema fantástico como um todo, a ideia de um remake americano já poderia ser considerada um ultraje, contudo americanizar Oldboy passava por um desafio maior que a tradução e mera comparação com o original: era preciso entender um contexto cultural do oriente que torna Oldboy perversamente único, uma referência do cinema sul-coreano.

Mas Spike Lee teve peito de tocar o projeto depois que a Dreamworks comprou os direitos em 2004, produzindo e dirigindo o longa. Contra tudo e contra todos, a consequência foi o total desprezo. A crítica especializada praticamente ignorou a obra e o público também: dos 30 milhões de dólares de orçamento, não fez nem 5 milhões em bilheteria. O suplício da obra foi merecido?
Se levarmos em consideração o roteiro escrito por Mark Protosevich (Eu Sou a Lenda, Thor) não era para tanto, pois a linha segue como o original: Joe Doucett (Josh Brolin) é um executivo workaholic, que, além de ser um babaca no trabalho, é um negligente marido e pai no começo dos anos 90. Depois de uma bebedeira homérica, Joe acorda surrado em um quarto de hotel sem janelas.

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Pelos próximos 20 anos, comida chinesa e vodca são transferidas por baixo da porta, e o mundo passa por ele na pequena tela de TV do quarto, incluindo no pacote um noticiário sobre o assassinato de sua esposa lá em 1993, com Joe sendo o principal suspeito, e seus regulares aniversários de desaparecimento.

Subitamente ele é solto e apenas com um celular no bolso e as cartas que escreveu no cárcere para a filha Mia, Joe vibra por vingança. No caminho para encontrar quem o privou da liberdade por duas décadas, acaba cruzando o caminho de uma enfermeira chamada Marie (Elizabeth Olsen), o amigo Chucky (Michael Imperioli, Família Soprano) e lentamente começa a montar as peças para descobrir a identidade de seu captor: um sádico e degenerado milionário (Sharlto Copley, Distrito 9) com um passado para com Joe. Contudo a principal pergunta não é “quem“, mas “por que” Joe foi tratado assim. No caminho Lee recria cenas icônicas do mangá original e do filme coreano, como a luta de Joe com martelo contra criminosos liderados por Samuel L. Jackson.

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Entre tantos, o maior dos problemas é falta energia, aquela rude interpretação crua que convence e causa tamanho impacto com as revelações finais. Por mais que Josh Brolin se esforce – e, justiça seja feita, é o mais consistente do elenco – cada ator parece estar contracenando em seu próprio filme, cada um para um lado. Sharlto Copley não mostra sutileza em sua vilania, é tão exagerado em seu figurino e maneirismos que lembra Gomez Addams, da Família Addams; Samuel L. Jackson é ele mesmo num filme do Tarantino; Elizabeth Olsen não consegue formar aquela conexão com Joe, tão necessária para o andamento da trama… E por aí vai.

Diz a lenda que Lee não concordou com os cortes impostos pelo estúdio, que reduziu a duração do filme de 140 para 105 minutos, mas não sei se estes cortes repostos seriam diferentes para melhorar alguma coisa.

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Do jeito que está, no meio do novelão hermético e artificial tipo “Avenida Brasil” que o Oldboy americano vai se formando; as escolhas de Joe não condizem com o que se espera de alguém tão remoído pela vingança. Ao final, como o próprio personagem principal, a questão não está em “quem“, mas no “por que“: Talvez se fosse um filme separado e original tivesse algum valor, mas se não se equipara ao original ou adiciona nada novo ao legado de Oldboy. Qual é o motivo de fazê-lo? Talvez demore 20 anos para a resposta, enquanto isto Joe infelizmente merece o esquecimento dentro de um quarto de hotel sem janelas.

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4 Comentários

  1. A pergunta que não quer calar… será que tiveram a coragem do original de ter um final fodástico ou fizeram um final para o público americano ficar feliz???

  2. Realmente não se compara com o original,porém esta muito longe de ser um filme ruim!
    Esse remake não choca quanto ao original,as atuações são inferiores ao original;
    Situações bizarras como continuar com o bar aberto apos um tumulto e ser ameaçado e a mulher do nada se importar em ajudar outra pessoa como se não tivesse mais nada da vida a fazer são coisas que não dá para engolir!
    Mas é um filme altamente assistivel!

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