A Picada Mortal
Original:The Deadly Bees
Ano:1966•País:UK Direção:Freddie Francis Roteiro:Robert Bloch, Anthony Marriott Produção: Max Rosenberg, Milton Subotsky Elenco:Suzanna Leigh, Frank Finlay, Guy Doleman, Catherine Finn, John Harvey, Michael Ripper, Anthony Bailey |
Nem só de Hammer Films viveu o terror inglês clássico: também houve a Amicus, uma produtora menor e mais modesta, que fazia filmes baratos aos montes para competir com a rival, mais rica e conceituada, mas que nem por isso deixou de criar pequenas pérolas do gênero que hoje são consideradas clássicas e que, obviamente, não se destacavam pelos efeitos especiais ou pela maquiagem e figurinos, mas sim pelas histórias e ambientação, às vezes com filmes bastante sombrios e convincentes, como A Casa que Pingava Sangue, Gritos do Além, O Soro Maldito, entre vários outros.
Também da Amicus é esse Picada Mortal (The Deadly Bees, 1966), filme bastante modesto que antecipa o que se tornaria comum no cinema a partir da década seguinte: ataques de animais descontrolados – abelhas, cobras, formigas, gafanhotos, sapos, lesmas, baratas e ad infinitum. Nesse aqui vemos uma famosa cantora pop (interpretada por Suzanna Leigh) sucumbir ao estresse da rotina e ir tirar férias numa ilha isolada na casa de amigos. Lá existem criadores de abelhas um pouco descontentes uns com os outros, e um deles, o mais esquentado, resolve utilizar sua criação com propósitos de vingança. A cantora entra de gaiato na história e quase vira saco de picadas.
Escrito e roteirizado por Robert Bloch (que escreveu e roteirizou a maioria dos filmes da Amicus, incluindo os dois primeiros da citação acima, além de ser o autor de Psicose, que originou o clássico de Alfred Hitchcock) e dirigido por Freddie Francis (outra figura carimbadíssima na época) Picada Mortal é um filmezinho fraco e modesto, com efeitos especiais pra lá de fajutos, principalmente os “furiosos” ataques das tais abelhas mortais, que aparecem desfocadas e em total contraste com as cenas de fundo, numa colagem grotesca. Mas é raro e vale como curiosidade para os fãs de produções bagaceiras. Principalmente levando-se em consideração que na década seguinte surgiriam outros exemplares desse gênero catástrofe um pouco mais caros, mais nem por isso melhores, como é o caso de Enxame (The Swarm, 1978), um dos “filmes bomba” de Irwin Allen, já reprisado um milhão de vezes nas madrugadas da TV. E não é pra menos: bichinhos pequenos, principalmente insetos voadores, são bastante difíceis de ser manipulados, requerem orçamentos generosos e gastam tempo, coisas que, definitivamente, não estavam ao alcance de qualquer um, naquela época. E o resultado não podia ser outro: os filmes se transformavam em verdadeiros fracassos de bilheteria, às vezes decretando a falência de estúdios, produtores, e até atores, para agradar somente trashmaníacos vinte, trinta anos depois… Mas assim é o cinema, afinal.
Amo esse subgênero. Eis os meus favoritos:
1. Ataque das Formigas – 1977
2. Cão Branco – 1982
3. Cujo – 1983
4. Grizzly, a Fera Assassina – 1976
5. A Longa Noite do Terror – 1977
6. A Noite do Terror Rastejante – 1976
7. A Noite dos Coelhos – 1972
8. O Império das Aranhas – 1977
9. Orca, a Baleia Assassina – 1977
10. Piranha 1 – 1978
11. A Revolta dos Cães / Cães Assassinos ( Dogs ) – 1976
12. Tubarão 1 – 1975
13. O Último Tubarão – 1981
Apenas assistível! Esperava mais!
Preferi o acima citado “Praga Infernal”, mas são animais diferentes!
Achei algumas exibições na tv aberta:
Sessão de Gala – Globo – 1988 – 09/04
Top Cine – SBT – 1994 – 01/12
Rede 21 – 2000 – 22/05
Esse é mais um que vi na RedeTV!, e é bem ruinzinho, também. hehehe. Mas é um pouco melhor que o “Praga Infernal” (“Bug”); este aqui eu ainda consegui ver até o fim.