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O Lavador de Almas (2005) (1)

O Lavador de Almas
Original:The Last Hangman
Ano:2005•País:UK, EUA
Direção:Adrian Shergold
Roteiro:Bob Mills, Jeff Pope
Produção:Christine Langan
Elenco:Timothy Spall, Juliet Stevenson, Eddie Marsan, Simon Armstrong, Ann Bell, Nicholas Blane, Clive Brunt, James Corden, Marie Critchley, Christopher Fulford

A questão da pena de morte já foi abordada em inúmeros debates, manifestações e obras de ficção. Desde os que acreditam que é um ato injustificável, que rebaixa os executores ao nível dos criminosos; até aqueles que partem do jargão de que “bandido bom é bandido morto“, parece que todo mundo tem uma opinião genial sobre o assunto. Dentro do cinema, filmes como A Vida de David Gale (2003), À Espera de Um Milagre (1999) e Os Último Passos de um Homem (1995) já abordaram o tema por diversos ângulos diferentes. Mas nenhum tratou a figura do carrasco com tanta intimidade como O Lavador de Almas (2005), filme britânico que narra livremente a vida e a carreira de um dos maiores carrascos da Inglaterra.

Timothy Spall (de Sweeney Todd) entrega uma interpretação poderosa de Albert Pierrepoint, responsável por mais de seiscentas execuções entre 1933 e 1955. De maneira meticulosa e profissional, Pierrepoint conduzia o serviço de levar o condenado à forca, amarrar um saco de areia nos seus pés, cobrir sua cabeça com um capuz e puxar a alavanca que abria um alçapão sob seus pés, pendurando-o pelo pescoço. Era tão bom no que fazia que era capaz de conduzir toda a excução em sete segundos e meio.

O Lavador de Almas (2005) (2)

Mas ao mesmo tempo, Pierrepoint tentava levar uma vida normal ao lado da esposa Mary (Maggie Ollerenshaw), da qual tenta esconder seu verdadeiro trabalho. Mas não demora para que as habilidades de Pierrepoint lhe rendam fama, e ele é chamado à Alemanha para conduzir a execução de duzentos prisioneiros de guerra. De volta para casa, ele tem que lidar com a repentina celebridade e com a sua própria consciência.

O Lavador de Almas é um estudo fascinante da mente de um homem que enforca pessoas com o dinheiro do governo. Graças ao bom roteiro e à intepretação fantástica de Spall, é possível ver a culpa que cresce no coração do carrasco, mesmo quando ele tenta convencer todos ao redor (e a si mesmo) de que o que faz é apenas um trabalho como qualquer outro. Sem oferecer respostas fáceis, o filme é um arrepiante retrato do que significa tratar a morte como apenas um trabalho a ser (literalmente) executado.

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