A Múmia (1959)

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A Múmia (1959) (1)

A Múmia
Original:The Mummy
Ano:1959•País:UK
Direção:Terence Fisher
Roteiro:Jimmy Sangster
Produção:Michael Carreras
Elenco:Peter Cushing, Christopher Lee, Yvonne Furneaux, Eddie Byrne, Felix Aylmer, Raymond Huntley, George Pastell, Michael Ripper, George Woodbridge, Harold Goodwin, Denis Shaw, Willoughby Gray

O cultuado estúdio inglês Hammer refilmou, em cores no final de década de 50 do século passado, os grandes clássicos com fotografia em preto e branco dos anos 30, de monstros da produtora americana Universal. Tivemos então A Maldição de Frankenstein (57), O Vampiro da Noite (58) e A Múmia (59), todos com a dupla dinâmica de ícones do horror Peter Cushing e Christopher Lee. Ficando para o aristocrático Cushing os papéis de cientista louco, caçador de vampiros e arqueólogo, e para Lee a missão de interpretar os vilões e monstros.

Dirigido pelo especialista Terence Fisher e com roteiro de Jimmy Sangster (ambos com muitos créditos na Hammer), A Múmia é inspirada nos filmes A Mão da Múmia (The Mummy´s Hand, 40) e A Sombra da Múmia (The Mummy´s Ghost, 44). A história é ambientada inicialmente no Egito de 1895, onde um grupo de arqueólogos, liderado por John Banning (Peter Cushing), encontra o Templo do deus pagão Karnak, onde está a tumba da princesa e sacerdotisa Ananka (Yvonne Furneaux). Uma vez o túmulo transportado para a Inglaterra, as ações se voltam para três anos depois, onde o egípcio Mehemet Bey (George Pastell), um fanático religioso dos costumes antigos de seu país, está descontente com a violação dos templos sagrados em escavações dos arqueólogos ingleses. Ele consegue, através da leitura de um pergaminho místico de 4000 anos, despertar a múmia Kharis (Christopher Lee), um ancestral guardião da tumba da princesa, que foi condenado à morte, tendo a língua cortada e sendo enfaixado e confinado num ataúde. A múmia recebeu a missão de espalhar uma maldição vingando-se de todos que profanaram a tumba egípcia.

A Múmia (1959) (2)

Assim como a grande maioria dos filmes da Hammer, a diversão aqui também é garantida para quem aprecia as cultuadas produções com elementos góticos e exploração dos monstros clássicos do horror. A Múmia é um tema já filmado à exaustão, apresentando basicamente as consequências de uma maldição vingativa contra os profanadores de tumbas misteriosas. E faz parte da cultura popular ao lado dos vampiros, zumbis, lobisomens, demônios, fantasmas e monstros gigantes. São muitos filmes com a ideia central similar, e a própria Hammer possui outros trabalhos no mesmo segmento como A Maldição da Múmia (64), A Mortalha da Múmia (67) e Sangue no Sarcófago da Múmia (71).

Só o fato da participação de Peter Cushing e Christopher Lee no elenco já é motivo para agregar muito valor ao filme e servir de recomendação para os apreciadores de suas lendárias carreiras. Seus currículos dentro do cinema de horror são parte integrante e inquestionável da história do gênero. Lee é mais lembrado como o vampiro Drácula, mas também foi a Criatura de Frankenstein e a Múmia, atuando sob forte maquiagem e enfaixado em bandagens. Suas cenas ambientadas num pântano sombrio são memoráveis, num dos grandes ápices do filme, e seu papel de Múmia também deve ser lembrado como destaque em sua filmografia, num paralelo de igual importância à Múmia interpretada por Boris Karloff no clássico da Universal de 1932.

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Curiosamente, A Múmia é o único filme da Hammer em que aparecem juntos Peter Cushing, Cristopher Lee e o eterno coadjvante Michael Ripper, rosto visto com frequência em papéis pequenos de diversos outros filmes tanto da própria Hammer como também da rival Amicus.

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Juvenatrix

Uma criatura da noite tão antiga quanto seu próprio poder sombrio. As palavras são suas servas e sua paixão pelo Horror é a sua motivação nesse Inferno Digital.

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