O Núcleo - Missão ao Centro da Terra
Original:The Core
Ano:2003•País:EUA, Alemanha, Canadá Direção:Jon Amiel Roteiro:Cooper Layne, John Rogers Produção:Sean Bailey, David Foster, Cooper Layne Elenco:Aaron Eckhart, Hilary Swank, Delroy Lindo, Christopher Shyer, Ray Galletti, Rekha Sharma, Glenn Morshower, Anthony Harrison, Tchéky Karyo, Richard Jenkins |
O que seria de nosso planeta Terra se não existissem os americanos? No cinema eles novamente foram os heróis salvadores de nosso mundo em O Núcleo – Missão ao Centro da Terra (The Core), uma aventura de ficção científica que estreou no Brasil em 04/04/03, com direção de Jon Amiel, a partir de um roteiro de Cooper Layne e John Rogers e elenco formado por astros como Hilary Swank e Stanley Tucci.
Uma força inicialmente desconhecida (na verdade mais uma conspiração governamental num projeto secreto militar) causou uma terrível consequência ao planeta, paralisando a movimentação de rotação interna do magma fundido em volta do núcleo, a qual mantém o campo eletromagnético responsável por proteger o planeta dos raios solares e por garantir a estabilidade climática do mundo. Como resultado desse incidente, uma série de eventos catastróficos tem início ao redor do mundo, rumando de forma inevitável para um apocalipse final.
Inicialmente, os distúrbios misteriosos ocorrem com a morte instantânea de dezenas de pessoas que vivem com aparelhos de marca-passo no coração em Boston, causando diversos transtornos como acidentes de trânsito; depois com um ataque desorientado de milhares de pombas em Londres, que, ao perderem seus reflexos de voo, passaram a se chocar violentamente contra pessoas, carros e janelas dos prédios, causando um enorme tumulto na cidade (lembrando o clássico Os Pássaros/1963, de Alfred Hitchcock); passando também por mudanças radicais no visual do céu com a formação de uma estranha aurora boreal permanente; e culminando com um acidente aéreo envolvendo um ônibus espacial que desviou sua trajetória de aterrissagem tendo que descer de forma improvisada em Los Angeles, num voo rasante por um estádio de baseball e pousando no leito de concreto de um rio urbano. (Essa cena gerou grande polêmica nos Estados Unidos por causa de um acidente trágico e real na época de lançamento do filme, com um ônibus espacial que explodiu ao entrar na atmosfera em sua viagem de retorno, matando todos seus tripulantes. O trailer promocional chegou a ser retirado dos cinemas e quase que a sequência do acidente foi censurada do filme. Essas atitudes são equivocadas, pois a vida real é bem diferente das histórias felizes do cinema, que são apenas diversão, e o público deve aprender a lidar com ambas as situações. A dura realidade da vida deve ser encarada com determinação e o cinema deve ser tratado apenas como um mundo de ilusão e entretenimento.)
Preocupado com os diversos incidentes estranhos, o governo americano recruta os serviços de um talentoso professor de faculdade, o geofísico Josh Keyes (Aaron Eckhart), juntamente com seu amigo especialista em armas atômicas, o francês Sergei Laveque (Tchéky Karyo), para estudarem os confusos acontecimentos. (Outro fato curioso: com a guerra no Iraque e a invasão imperialista dos Estados Unidos, e tendo a França na liderança da Europa como oposição a esse conflito de interesses econômicos, parece bem inviável na atualidade do mundo real a união ocorrida no filme entre americanos e franceses, mesmo que por um objetivo comum de salvar o mundo.)
Após uma série de estudos e cálculos, o professor Keyes chega à conclusão que o núcleo da Terra parou de girar e que como consequência ocorrerão uma infinidade de eventos climáticos que destruirão o planeta num curto prazo de um ano. Ao informar o laudo para uma cúpula do alto escalão do exército americano, e com a confirmação do cientista do governo, o arrogante Dr. Conrad Zimsky (Stanley Tucci), eles decidem criar um projeto secreto para tentar reativar a rotação do núcleo do planeta através da detonação de bombas atômicas em seu interior.
Para chegar ao núcleo eles constroem em tempo recorde de apenas três meses um veículo especialmente projetado pelo Dr. Edward Brazleton (Delroy Lindo), um antigo desafeto do Dr. Zimsky, um aparelho capaz de perfurar a crosta terrestre e viajar em alta velocidade por ambientes de temperaturas super elevadas. Para pilotar a incrível máquina, foram chamados os astronautas do ônibus espacial acidentado, a Major Rebecca Beck Childs (Hilary Swank) e o Coronel Robert Iverson (Bruce Greenwood), e o time de especialistas da missão ao centro da Terra foi concluído com os outros tripulantes, o professor Keyes, seu amigo Sergei, e os cientistas Dr. Brazleton e Dr. Zimsky. Além de um excêntrico hacker que ficaria no centro de operações do projeto, com a função de controlar o fluxo de informações e boatos pela internet sobre a missão, conhecido como Rat (D. J. Qualls).
A missão tem início e a equipe de terranautas enfrenta todo tipo de perigos e aventuras rumo ao centro do planeta para detonar um grupo de ogivas nucleares que numa reação em cadeia poderiam reativar o motor interior, novamente acionando a rotação das rochas fundidas ao redor do núcleo, e assim poder salvar o mundo de sua iminente destruição.
O Núcleo – Missão ao Centro da Terra tem um enorme subtítulo nacional totalmente desnecessário, confirmando mais uma vez a equivocada tendência de nomear os filmes que chegam ao Brasil com subtítulos que não trazem nada de útil. Nesse caso, basta manter a tradução literal do original, O Núcleo (The Core), que funcionaria muito bem, de forma simples e sem burocracia.
O filme deve ser interpretado unicamente como exercício de entretenimento, através de suas belas imagens visuais como nas cenas de desastres com a explosão do histórico Coliseu em Roma, por um combinado de potentes descargas elétricas, ou a famosa ponte Golden Gate em San Francisco, vítima do poder destrutivo dos raios solares quando não foram amparados pelo campo eletromagnético que envolve o planeta, e que permitiu sua entrada por buracos provocados pela inatividade de rotação do núcleo da Terra. Ou ainda através das belíssimas imagens do interior do planeta, num desfile de magmas derretidos e enormes cristais.
Pois a quantidade de situações inverossímeis, clichês característicos e pouca originalidade tende ao infinito, típico de filmes de catástrofes sobre o fim do mundo e onde a humanidade (leia-se americanos) precisa encontrar um meio de salvação num prazo curtíssimo de tempo. O Núcleo lembra com grande semelhança uma infinidade de outros filmes, em especial Armageddon (1998), de Michael Bay, com o perito em escavações Bruce Willis liderando uma equipe formada por um grande elenco com Ben Affleck, Will Patton, Steve Buscemi, Owen Wilson, Michael Clarke Duncan e Peter Stormare, na tentativa de explodir um enorme meteoro que está em rota de colisão com a Terra, voando numa nave espacial até o corpo celeste e implantando uma bomba de grande potência em seu interior. A diferença para O Núcleo é que a ameça agora vem de dentro do nosso próprio planeta.
O Núcleo já teve alguns filmes antecessores que também utilizaram o centro da Terra como ambiente para suas tramas. Em 1959, Viagem ao Centro da Terra (Journey to the Center of the Earth), dirigido por Henry Levin baseado na clássica história escrita por Jules Verne, mostrava um grupo liderado pelo cientista professor Lidenbrooke (interpretado pelo astro James Mason) fazendo uma perigosa expedição rumo ao interior de nosso planeta, descobrindo a existência de um oceano subterrâneo, além da presença de gigantescos animais pré-históricos vivendo num mundo desconhecido e restos de uma antiga civilização intraterrestre. E em 1976, No Coração da Terra (At the Earth´s Core), filme inglês dirigido por Kevin Connor e com Doug McClure e Peter Cushing, baseado em fantástica história de Edgar Rice Burroughs, um veículo projetado especialmente para perfurar as rochas do solo, faz uma viagem para o núcleo da Terra, encontrando uma misteriosa civilização vivendo em seu interior, além de perigosos animais pré-históricos.
Se o mundo do cinema pudesse ser refletido para a vida real, nós todos estaríamos despreocupados pois os heroicos americanos estão sempre prontos para salvar a humanidade e o nosso planeta de todos os tipos de ameaças, sejam elas do intrigante e infinito espaço exterior ou mesmo das profundezas desconhecidas da própria Terra. Mas o cinema é apenas ficção, e o mundo real está repleto de guerras, fome e violência, com grande participação dos Estados Unidos e sua política externa equivocada.
Voltando para o campo da imaginação, o melhor a fazer é relaxar e procurar se divertir com as fantasias apresentadas nos filmes, mergulhando num mundo onde tudo é possível e há solução para todos os tipos de problemas.
O filme é bom, mas o sentimento anti-americano do crítico (??) é muito grande e demonstra que o mesmo tem enorme amargura em seu coração. Talvez isto ocorra em decorrência de horas e horas assistindo a tantos filmes de terror vendo esviceração, mutilação, desmembramentos, mortes, etc.
O filme é razoável
Esse padrão de heróis com super poderes ou super inteligentes é cansativo. O entretenimento é limitado apenas por efeitos especiais e algumas disputas egocêntricas. “Desculpe, Dave, estou com medo e não posso fazer isso.” frase é de HAL, o computador de “2001” (1968). Isso sim é ficção
legal kkkkkkkk
legal amei
kkkkkkk