Do Fundo do Mar
Original:Deep Blue Sea
Ano:1999•País:EUA, Austrália Direção:Renny Harlin Roteiro:Duncan Kennedy, Donna Powers, Wayne Powers Produção:Akiva Goldsman, Tony Ludwig, Don MacBain, Alan Riche Elenco:Thomas Jane, Saffron Burrows, Samuel L. Jackson, Jacqueline McKenzie, Michael Rapaport, Stellan Skarsgård, LL Cool J, Aida Turturro, Cristos, Valente Rodriguez |
Antes dos tubarões entrarem na fase do esculacho, servindo de tema para as mais bizarras produções, quando ainda havia quem apostasse em boas ideias e escolhesse um elenco de rostos promissores e conhecidos, foi concebido Do Fundo do Mar (Deep Blue Sea, 1999). Aliás, inicio esta análise já apontando o longa de Renny Harlin como o terceiro melhor filme de tubarões assassinos, perdendo apenas para o clássico de Steven Spielberg e sua primeira continuação. Antes que se assustem por esta declaração aparentemente insana – ora, estamos falando de um filme B envolvendo cientista louco e animais alterados geneticamente! -, peço que façam suas próprias listas pessoais com os dez melhores desse subgênero e tentem se lembrar de outros trabalhos divertidos produzidos para o cinema!
Onde mais você veria reunido num único filme rostos que a Marvel exploraria no novo milênio? Samuel L. Jackson, que depois viraria Nick Fury, com destaque em Os Vingadores (2012), longa que também traz Stellan Skarsgård como Dr. Selvig; Saffron Burrows, a Victoria Hand de Agentes da S.H.I.E.L.D.; e Thomas Jane, que depois teria destaque como O Justiceiro. E ainda conta com Michael Rapaport (de Homens de Honra, 2000) e o rapper LL Cool J como um pastor. Um elenco interessante e que estará no cardápio de criaturas gigantescas, vorazes e extremamente inteligentes, em efeitos especiais bem realizados.
Pensando numa provável cura para o Alzheimer, um grupo de cientistas, liderado pela Dra. Susan McCallister (Burrows) e pelo especialista Jim Whitlock (Skarsgård), com apoio de financiadores, sob a responsabilidade de Russell Franklin (Jackson), está num laboratório submerso chamado Aquatica com localização próxima do México. A Dra. Susan tem motivos pessoais para a concretização da pesquisa – como o personagem de James Franco em Planeta dos Macacos – A Origem (2011) -, e está determinada a desenvolver a capacidade cerebral de tubarões para a retirada de uma glândula capaz de diminuir a degeneração de pacientes com a doença. Para isso, ela conta com uma equipe, composta pelo mergulhador Carter Blake (Jane), pela auxiliar Janice Higgins (Jacqueline McKenzie), pelo engenheiro Tom Scoggins (Rapaport), com a observação da torre por Brenda Kerns (Aida Turturro), além do cozinheiro conhecido como Pastor (Cool J).
Uma forte tempestade atinge a plataforma, bem no momento em que um tubarão arranca o braço de Jim. Quando a equipe de resgate se aproxima para conduzir o ferido, o helicóptero perde o controle e incendeia o primeiro andar, iniciando uma inundação progressiva nos níveis submersos. Assim, os cientistas se veem presos entre os corredores estreitos dos laboratórios, com a companhia de três tubarões famintos e extremamente inteligentes, capazes de encontrar meios de surpreender suas vítimas em ataques coordenados.
Fugindo pelo ambiente submerso, eles, aos poucos, são vítimas das criaturas em ataques ágeis e violentos, com os corpos sendo destroçados, mudando a tonalidade d´água para um vermelho intenso. Alguns efeitos, aqueles que mostram os tubarões repartindo os cientistas, são razoáveis, evidenciando que se tratam de bonecos digitais, mas nada que atrapalhe a diversão. Mortes sangrentas e algumas surpreendentes, como a de Samuel L. Jackson, que depois serviria de inspiração para um comercial de curso de inglês, contribuem para a qualidade da produção, e justificam o fato de Duncan Kennedy, um dos roteiristas, ter sido convidado para um tratamento em Bait (2012).
Entre os destaques, há a cena do ataque ao papagaio do pastor, entre suas citações bíblicas, da fuga pelo elevador, com a água subindo aos poucos, e a tentativa da Dra. Susan de tentar resgatar seus estudos, numa sala submersa. Também vale menção o confronto entre Carter e o tubarão, com a agilidade do mergulhador em driblar a criatura para evitar ser devorado, mesmo que isso aparente um exagero e uma certa dose de ousadia.
Considerado o trabalho mais complicado da carreira de Renny Harlin, Do Fundo do Mar merecia uma oportunidade para aqueles que ainda não o conhecem. Divertido e claustrofóbico, é daquelas produções que te prendem no assento até o término e que não desrespeitam os tubarões como grande parte dos exemplares do novo milênio!
Puts, esse filme é ruim demais! Imagino o Spielberg vendo essa bomba e pensando ‘o que foi que eu fiz’?????
A última JAWS RIP-OFF que presta.
Lol, lembro de assistir esse filme no SBT, fase clássica da tela de sucessos nos anos 2000, quando eles ainda tinham aquele slogan “pela primeira vez na televisão”; o filme é competente sim e o final pouco convencional no gênero, quem assistiu sabe o porque, sobre o destino final de um personagem, hehe; quando fui na escola pela manhã no outro dia lembro de alguns colegas frustrados com o final do filme justamente pq pegou a todos de surpresa;
boas memórias de infância que só o gênero terror proporciona, saudades
Muito bom…
Eu gosto deste filme, é melhor do que muitos filmes de Tubarões, principalmente Tubarão 3 e Tubarão 4: A vingança, estes são ruins demais.
Assisti esse filme sem pretensão nenhuma e acabei até me surpreendendo com o roteiro pouco clichê, embora o tema seja um pouco batido, mesmo na época. Mas os efeitos especiais são ruins de doer…