A Zona Misteriosa
Original:Crouch End
Ano:2006•País:EUA, Austrália Direção:Mark Haber Roteiro:Kim LeMasters, Stephen King Produção:Jeffrey M. Hayes, John J. McMahon Elenco:Claire Forlani, Eion Bailey, Linal Haft, Eva Lazzaro, Ryan Sheldrake, Kenneth Ransom, Luke Walker, Jennifer Congram, Monica Maughan, John Flaus, Ron Haddrick |
Exibido pela primeira vez no mesmo dia de Battleground, A Zona Misteriosa é o elo mais fraco das adaptações e foi baseado no conto “Crouch End“, agora sim, do livro “Pesadelos e Paisagens Noturnas” – embora sua primeira publicação tenha ocorrido na antologia em homenagem a H. P. Lovecraft intitulada “New Tales of the Cthulhu Mythos“, de 1980, e por conta disso está repleto de referências propositais ao autor.
O roteiro acompanha a supersticiosa Doris (Claire Forlani, de O Medalhão e Encontro Marcado) e o advogado bem sucedido Lonnie Freeman (Eion Bailey, de Caçadores de Mentes) são recém-casados e estão em lua de mel na cidade de Londres. Tudo vai muito bem até que Lonnie recebe o telefonema de John Squales, seu provável futuro chefe o convidando para jantar em sua casa que fica em um bairro chamado Crouch End.
Após dificuldades em encontrar alguém com coragem suficiente pra os transportar ao local combinado – considerado amaldiçoado por supersticiosos como Doris – o casal consegue que um táxi pilotado por um senhor de idade os leve a Crouch End. Durante o percurso o velho homem desata a contar as histórias envolvendo o bairro e seu passado sórdido. A inocente Doris, que já não gostava da ideia de interromper sua lua de mel para um jantar de negócios, rompe em hesitações. Lonnie está firme em sua decisão; para ele causar esta boa impressão é aumentar suas chances na empresa.
O táxi finalmente chega em Crouch End, e o local está assustadoramente deserto. O veículo desaparece antes que Doris tenha a chance de pagar a corrida. E o casal tenta localizar a residência de John, mas duas crianças sinistras brincando com uma bola, um gato com uma ferida horrível (e infelizmente mal-feita) cruzam os seus caminhos. Sem conseguir raciocinar sobre o que acontece, ambos procuram manter a sanidade diante dos eventos bizarros. Quais segredos escondem Crouch End e por que este lugar parece parado no tempo?
A ação decorre sutilmente e, bem, talvez sutil demais e isso enfraquece demasiadamente o suspense. Outro ponto crítico está onde a apresentação deveria ter a maior força: depois de despejar muitos minutos de um mistério convincente, o clímax é totalmente desperdiçado com CGI de baixa qualidade e um nível alto demais de surrealismo para um trabalho mainstream para a televisão. O diretor Mark Haber deveria ter pensado em uma abordagem mais simples para tornar a história mais convincente.
E apesar da interpretação condizente do paranoico Eion Bailey, Claire Forlani demonstra um bocado de apatia em seu papel. Sua forma de expressar desespero repleto de caras e bocas exageradas soam falsas, quebram a correspondência com a personagem e deixa a nós espectadores agoniados de uma maneira ruim.
Entretanto nem tudo são paus e pedras e existem alguns elogios a serem feitos: a qualidade dos aspectos técnicos da produção como a os visuais ricos e a qualidade da trilha sonora são invejáveis. Pode-se dizer que são equivalentes às boas produções de cinema, concluindo o episódio ruim, mas que vale como passatempo devido as suas qualidades técnicas, as referências Lovecraftianas e a curta duração.
Eu queria rever o filme a cidade do Rock and roll