Deadpool (2016)

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Deadpool (2016) (5)

Deadpool
Original:Deadpool
Ano:2016•País:Canadá
Direção:Tim Miller
Roteiro:Rhett Reese e Paul Wernick
Produção:Ryan Reynolds, Lauren Shuler Donner e Simon Kinberg
Elenco:Ryan Reynolds, Morena Baccarin, Ed Skrein, Gina Carano, Brianna Hildebrand, T.J. Miller e Leslie Uggams.

Os créditos de abertura de Deadpool já apresentam o que vem pela frente. Trata-se de “mais um filme de super herói”, “o filme de algum idiota”, “Alívio Cômico”, “com uma garota gostosa”, “um vilão com sotaque britânico”, “roteiristas que realmente trabalharam”, “mais um personagem feito inteiramente em CGI” e “dirigido por uma ferramenta excessivamente cara”. Duas observações devem ser ditas sobre Deadpool. A primeira é que todas estas informações dos créditos estão corretas e a segunda é que esta metalinguagem inicial é apenas é um preview do que vem pela frente em um dos filmes mais divertidos do ano. Ou nas palavras do próprio Deadpool, “um filme muito fodão”.

Para entender o porquê desta festa em torno de Deadpool, é preciso voltar alguns anos quando o fraco X-Men Origens: Wolverine foi lançado em 2009. O ator Ryan Reynolds foi o escolhido para interpretara o desbocado Wade Wilson, que mais tarde no filme vai virar o mutante Deadpool. No entanto, esta concepção inicial não agradou aos fãs do personagem e todos os envolvidos pareciam insatisfeitos com o resultado.

Deadpool (2016) (1)

Reynolds passou alguns anos pensando como seria voltar no tempo e esquecer o filme de 2009 para fazer um novo filme que fosse mais fiel ao personagem e agradasse aos fãs. Nesta segunda tentativa de Deadpool, Reynolds idealizou um filme que fosse repleto de cenas de violência, muito palavrão, diálogos ácidos e claro, o humor típico dos quadrinhos. E ele conseguiu. Uma das maiores provas foi quando ele comemorou a classificação indicativa mais restrita do órgão responsável norte-americano.

De volta ao ano de 2016 e a segunda tentativa de contar a história de Deadpool. A trama acompanha a rotina de Wade Wilson (Reynolds), que ganha o pão de cada dia fazendo alguns trabalhos sujos. Tudo segue dentro da normalidade até que ele conhece uma prostituta chamada Carlysle (Morena Baccarin) e ambos se apaixonam e vão morar juntos. Um belo dia, Wade descobre que está com câncer terminal e decide ser voluntário em uma espécie de tratamento que um japonês que aparece do nada oferece para ele. É neste momento que ele vai conhecer o vilão da história, Ajax (o inglês Ed Skrein). O tratamento o cura, mas o deixa com a cara de “um abacate que transou com outro abacate mais velho” ou “igual ao Freddy Krueger”. E claro, super poderes.

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Irritado com este efeito colateral, que tecnicamente o impede de voltar para a sua namorada, Wade assume o nome de Deadpool e vai em busca de Ajax para primeiro se vingar e depois obrigar o inglês a “arrumar a sua cara”. Claro, com uma censura alta, tudo é orquestrado com muitos closes de cabeças explodindo, coadjuvantes sendo cortados ao meio e muita linguagem chula. Destaque para o x-men Colossus (o tal personagem feito em CGI e com voz de Stefan Kapicic), que aqui é praticamente um lord inglês, embora seja russo, e tenta resolver todos os problemas de forma diplomática para desespero do Deadpool, que “não tem tempo para essas besteiras de X-Men”.

Os diálogos foram escritos por Rhett Reese e Paul Wernick, responsáveis pelo também divertido e politicamente incorreto Zumbilândia. A dupla acertou na mosca nos brilhantes diálogos de Deadpool, que não apenas tem várias tiradas cômicas como conversa com o público quebrando a quarta parede em diversas sequências.

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Tudo uma desculpa para nosso herói tirar sarro com uma infinidade de possibilidades incluindo desde claro os X-Men, Lanterna Verde, o Homem-Aranha, até exemplos menos prováveis como O Rei Leão, Gandalf de O Senhor dos Anéis, Todo Mundo em Pânico 2, Rosie O’Donnel, Alien 3 e até a primeira versão do Deadpool do X-Men Origens. Estas são apenas algumas das mais de 100 referências encontradas no filme. Divirta-se procurando as demais.

Em X-Men: Origens - Wolverine
Em X-Men: Origens – Wolverine

Outro destaque de Deadpool é a direção do relativamente desconhecido Tim Miller, que fez apenas dois curtas antes, mas que conseguiu o tom ideal para o filme. Destaque também para a edição, que apesar de frenética, consegue destacar os momentos importantes da trama. E claro, destaque para a trilha sonora e o rap do Deadpool.

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Filipe Falcão

Jornalista formado e Doutor em Comunicação. Fã de filmes de terror, pesquisa academicamente o gênero desde 2006. Autor dos livros Fronteiras do Medo e A Aceleração do Medo e co-autor do livro Medo de Palhaço.

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