A Escuridão
Original:The Darkness
Ano:2016•País:EUA Direção:Greg McLean Roteiro:Shayne Armstrong; Shane Krause; Greg McLean Produção:Jason Blum; Matthew Kaplan; Bianca Martino; Greg McLean Elenco:Kevin Bacon, Radha Mitchell, David Mazouz, Lucy Fry, Matt Walsh, Jennifer Morrison, Parker Mack, Paul Reiser |
Se você gosta de assistir a filmes de horror nos multiplexes da vida, hoje em dia vai constatar que é praticamente impossível fugir da produtora Blumhouse. Quase todo mês tem um ou dois filmes financiados por Jason Blum nas telas e, entre erros e acertos, todos eles invariavelmente acabam atingindo uma homogeneidade estética que faz lembrar os filmes da Marvel Estúdios.
Não que isto seja de todo ruim, porém há a impressão de que estes tiros rápidos por sustos marotos em obras pouco inspiradas, sem personalidade, para arrancar um dinheiro fácil (um “fast food do medo” se preferir) está cada vez mais dominante no mainstream hollywoodiano e, claro, a Blumhouse está no centro do vórtice deste movimento.
Exibimos então a “evidência A” da acusação: o novo filme do diretor Greg McLean (famoso por ter feito Wolf Creek). Perante o júri, aponte um único momento de tensão genuína ou apreensão que não seja por um jumpscare gratuito após dezenas de minutos onde o tédio domina as cenas, com uma construção capenga de uma família totalmente quebrada emocionalmente, mas que ainda assim não se consegue qualquer correspondência.
Quando o filme abre somos apresentados a feliz família Taylor, composta pelo pai, o arquiteto bem sucedido Peter (Kevin Bacon, The Following), a mãe dona de casa Bronny (Radha Mitchell, Terror em Silent Hill), a filha adolescente Stephanie (Lucy Fry, da minissérie Wolf Creek) e o filho menor Michael (David Mazouz, o Bruce Wayne da série Gotham), que estão acampando no Grand Canyon com um casal de amigos, os Carters (Matt Walsh e Jennifer Morrison).
Passeando pelas redondezas, Stephanie e Andrew – filho do casal Carter – são acompanhados por Michael, que é autista, e acaba caindo em um buraco que trata de ser um acesso a uma caverna subterrânea oculta. Ele descobre e coleta cinco misteriosas pedras que pertenceram a uma tribo ancestral de nativos americanos denominada Anasazi, utilizadas para manter um quinteto de demônios antigos sob controle. Michael consegue sair da caverna sozinho antes que alguém lhe dê por falta e, levando as pedras consigo, a família retorna para casa – e os Carter somem para jamais serem citados novamente.
Conforme o tempo passa eventos bizarros começam a acontecer na residência dos Taylor, como odores inexplicáveis, torneiras que abrem sozinhas, manchas pretas nos lençois e portas trancadas encontradas abertas. Isto além do estranho comportamento de Michael, inicialmente atribuído pela sua condição de autista, sendo aos poucos revelado que se trata de forças sombrias que tem sua própria agenda.
A pressão que esta situação impõe coloca a estabilidade da família em cheque, e a tensão resgata esqueletos esquecidos em seus armários (figurativamente falando), até que depois de um tempo excruciante eles resolvem pedir ajuda para especialistas no assunto antes que seja tarde demais.
O roteiro escrito por Shayne Armstrong, Shane Krause e o próprio Greg McLean não traz nenhum elemento novo ao gênero. Provavelmente a encomenda foi criar a história mais parecida com Poltergeist quanto for possível (mais igual até do que o remake), adicionar alguns elementos de cultura exóticos como em Do Outro Lado da Porta (2016) e ver no que é que dá.
O fato da família Taylor ter sua felicidade de fachada atribulada pelos graves problemas entre si – e o roteiro pega pesado: o pai ausente por causa do trabalho e que já traiu a esposa no passado, uma mãe ex-alcóolatra, um filho autista e uma filha bulímica – poderiam trazer uma dimensão mais profunda de como encaram esta ameaça sobrenatural, porém o desenvolvimento rasteiro não leva a nada e a cartilha continua sendo seguida irretocavelmente.
O foco na criança autista e sua sensibilidade com o sobrenatural é raso, contudo tratado com relativa sutileza e naturalidade, um bom acerto do diretor Greg McLean, que evita o sensacionalismo barato. Só que não há discrição no mundo que melhore a impressão de que um elenco competente foi desperdiçado com algo tão moroso, sem graça e sem alma.
xeque
O filme eh raso e uma grande bagunça. Temos a mistura de lendas indígenas, dramas familiares, crianças vulneráveis a ameças sobrenaturais, exorcistas, entre outros.
Nem um drama familiar eh trabalhado ou serve para algo no filme. Descobrem que a filha eh bulímica, vão no medico e pronto, o tema nem eh tocado novamente.
Péssimo filme, raso, com uma historia genérica, com sustos fáceis e esquecíveis.
Cade o terro sutil e ameacador?? Pq esses filmes tem que ser tao extrapolados??
Esse entrou na lista dos piores.
Patético.
Duas caveiras nisso????Quanta generosidade.
Não parece tanto terror, nem tão assustador. poucas cenas interessantes
Quando chega aqui no Brasil?