Fear the Walking Dead (2016) – 2×02: We All Fall Down
Fear the Walking Dead: Monster
Original:Fear the Walking Dead: Monster
Ano:2016•País:EUA Direção:Adam Davidson Roteiro:Carla Ching, Dave Erickson, Kate Erickson, Robert Kirkman Produção:Pablo Cruz, Avram 'Butch' Kaplan, Alan Page, Arturo Sampson Elenco:Kim Dickens, Cliff Curtis, Frank Dillane, Alycia Debnam-Carey, Colman Domingo, Mercedes Mason, Lorenzo James Henrie, Rubén Blades, Arturo del Puerto, David Warshofsky, Catherine Dent, Jeremiah Clayton, Aria Lyric Leabu, Jake Austin Walker |
Enquanto o mar dividia com o céu os tons de azul, ao fundo era possível ver as fumaças de uma embarcação. O ambiente taciturno e tranquilo se desfaz com a aparição de um corpo boiando na praia. Ele se levanta em direção à areia, sendo acompanhando por outros mortos náufragos, com o olhar atento a duas crianças em um momento de descontração. A primeira cena de We All Fall Down, segundo episódio da segunda temporada de Fear the Walking Dead, remete o público ao longa A Noite das Gaivotas (La noche de las gaviotas, 1975), quarto filme da franquia dos mortos cegos de Amando de Ossorio.
Aquela ilha apresentada no início será o palco das ações deste capítulo, podendo considerá-lo como “monstro da semana“, cujo conteúdo não interfere nas principais situações da série. Depois que Alicia (Alycia Debnam-Carey) fez a amizade com um possível pirata, com a apreensão dos demais pela possibilidade de ter o barco de 10 milhões afundado, a solução encontrada pelo ainda misterioso Strand (Colman Domingo) é tentar despistá-lo no oceano, afastando-se do radar. A única forma de evitar o contato inevitável é atracar a embarcação na Ilha Catrina, que parecia desocupada até a iluminação proposital de uma residência.
Com exceção de Strand e o desconfiado Daniel (Rubén Blades) – e sua filha “zumbi” Ofelia (Mercedes Mason) -, os demais se aproximam da morada, sendo bem recebidos pelo patriarca George (David Warshofsky, de Capitão Phillips, 2013), sua esposa Melissa (Catherine Dent, de 21 Gramas, 2003) e os pequenos Harry (Jeremiah Clayton e Maverick Clayton) e Willa (Aria Lyric Leabu). No local, Travis (Cliff Curtis) fica sabendo que boa parte da América foi bombardeada e que San Diego, o caminho escolhido por Strand, também está em chamas.
Aqueles aparentes simpáticos moradores ilhados escondem seus problemas. Um deles é a constante aproximação dos mortos, por consequência de naufrágios, o que os obrigou a construir uma cerca para proteger a residência e fez com que o filho mais velho, Seth (Jake Austin Walker, de House of Bones, 2010), ficasse incubido da função de extermínio. Essa ação agressiva contra os mortos vai de encontro ao pensamento do pacífico Travis, mas combina com a atual condição de Chris (Lorenzo James Henrie), que começa a descobrir a qual caminho seguir. O outro problema está na verdadeira razão pela qual a residência estava iluminada, com a aproximação do barco, levando Madison (Kim Dickens) a mais uma decisão equivocada.
We All Fall Down, dirigido novamente por Adam Davidson, mantém o nível mediano da temporada, sem o impacto necessário que o espectador anseia. Há uma referência interessante ao clássico A Noite dos Mortos-Vivos, de 68, de George Romero, no destino de duas personagens, mas ainda é pouco para uma série que pretende alcançar mares longínquos. Potencial existe…