Fear the Walking Dead (2016) – 2×06: Sicut Cervus
Fear the Walking Dead: Monster
Original:Fear the Walking Dead: Monster
Ano:2016•País:EUA Direção:Kate Dennis Roteiro:Brian Buckner Produção:Pablo Cruz, Avram 'Butch' Kaplan, Alan Page, Arturo Sampson Elenco:Kim Dickens, Cliff Curtis, Frank Dillane, Alycia Debnam-Carey, Colman Domingo, Mercedes Mason, Lorenzo James Henrie, Rubén Blades, Arturo del Puerto, David Warshofsky, Catherine Dent, Jeremiah Clayton, Aria Lyric Leabu, Jake Austin Walker, Michelle Ang, Brendan Meyer, Marlene Forte |
Aquela velha máxima “Nada se cria, tudo se copia” finalmente alcançou o enredo principal de Fear the Walking Dead, nesta segunda temporada. Se o pesadelo marítimo tentava, pelo menos, trazer um respiro de novidade à série e ao subgênero zumbis, parece que ele não demonstrou força suficiente para se manter, como pode ser visto em Sicut Cervus, de Kate Dennis. E a mudança de ares acabou tocando subplots já conhecidos de The Walking Dead, como você verá mais abaixo.
O lento e anti-climático Captive foi rapidamente esquecido no sexto episódio. Com um fast-foward de acontecimentos, algo como fora visto no primeiro episódio da temporada, em menos de dez minutos todos os personagens já estarão no México, o tal sonhado destino de Strand (Colman Domingo). É lá que as ações começam: durante uma missa, um padre raivoso prepara sua pequena comunidade local com um discurso sobre os novos tempos e que o horror das ruas não tem nada a ver com Deus e blá blá blá. Depois da comunhão final, na saída da igreja, todos os participantes começam a tombar com os olhos sangrando. Thomas Abigail (Dougray Scott) se aproxima a tempo de ouvir o padre acusar uma tal de Célia pela tragédia ocorrida!
Enquanto isso, na embarcação, o grupo se aproxima da costa mexicana, sendo interceptado por aqueles que poderão liberar a entrada no local. Como Luis Flores (Arturo del Puerto) havia dito que a passagem seria permitida a apenas dois ocupantes, os demais se escondem no convés, aguardando os trâmites. Tiros são ouvidos. Todos os visitantes estão mortos, e Luis se encontra moribundo. Antes de perder a consciência, ele pede que deem um recado à mãe dele – a tal Célia -, enquanto Daniel (Rubén Blades) estranha um certo medalhão em sua mão.
“Eles acreditam que o que está na terra irá nos matar.” é a justificativa para a desistência dos demais vigilantes, facilitando a chegada à terra firme. O grupo encontra a igreja do começo, inúmeros mortos e um bando de zumbis à espreita. São todos pertencentes à comunidade religiosa, o que permite a diversão de vê-los enfrentar coroinhas, crianças, beatas e o próprio padre. É nesse momento que Chris (Lorenzo James Henrie) deixa transparecer sua mudança de caráter ao nem se esforçar para salvar Madison (Kim Dickens), obrigando Alicia (Alycia Debnam-Carey) a intervir. Sem encontrar Tom nas proximidades, Strand conduz o grupo até as ocupações de Célia, um casarão cercado por muralhas e restrições.
Começa o deja vu. Assim que chegam ao local, aparentemente amistoso, o grupo é obrigado a abandonar suas armas como já foi visto algumas vezes na série principal. “Aqui você não precisará delas“. Mesmo a contragosto de Daniel, eles aceitam a determinação e buscam as acomodações. Lá conhecem a tal Célia (Marlene Forte), que havia aparecido rapidamente em Blood in the Streets. Ela recebe os sobreviventes bem, mas logo começa a evidenciar sua personalidade ao dizer que os zumbis não são pessoas mortas. Lembra da fazenda de Hershel, que mantinha no celeiro todos os errantes conhecidos, como familiares e amigos, além da pequena Sofia?
O único que parece nutrir uma afeição imediata pela senhora é Nick (Frank Dillane), talvez por enxergar nela algo que sempre faltou em sua mãe. Com o estado terminal de Tom, Strand sugere que ambos abracem à morte juntos, o que faz Célia trazer duas hóstias envenenadas para a realização do ato. E como você deve ter notado, nem mencionei os nomes de Travis (Cliff Curtis) e Ofelia (Mercedes Mason), mostrando o quanto certos personagens estão sendo subaproveitados. Enquanto o primeiro ainda tem uma certa utilidade pelos conflitos sugeridos, a filha de Daniel já está com a data de validade vencida há um bom tempo.
Agitado e com alterações narrativas, Sicut Cervus parece endireitar Fear the Walking Dead para o final da temporada, prometendo algumas sequências de tensão e desespero para os sobreviventes.