Presos no Gelo 2
Original:Fritt Vilt II
Ano:2008•País:Noruega Direção:Mats Stenberg Roteiro:Thomas Moldestad, Martin Sundland, Roar Uthaug, Axel Hellstenius, Marius Vibe Produção:Knud Bjørne-Larsen, Magne Lyngner, Thomas Løberg, Kristian Sinkerud, Martin Sundland, Roar Uthaug Elenco:Ingrid Bolsø Berdal, Marthe Snorresdotter Rovik, Kim Arne Hagen, Johanna Mørck, Fridtjov Såheim, Per Schaanning, Robert Follin |
Presos no Gelo (Fritt Vilt, 2006) chamou a atenção pela sua origem, afinal não é todo dia que se depara com um slasher realizado na Noruega. Os produtores gostaram tanto da experiência que dois anos depois rodaram a sua continuação.
Presos no Gelo 2 parte do ponto onde terminou o primeiro. A final girl do filme anterior, Jannicke (interpretada novamente por Ingrid Bolsø Berdal) é encontrada no meio da estrada, em estado quase catatônico. Resgatada e no aconchego de um leito de hospital, ela conta sua história para a polícia, que manda imediatamente uma equipe de resgate até o hotel abandonado, cenário do filme anterior. Eles encontram os corpos e mandam todos para o hospital, inclusive o do misterioso assassino, o “Homem da Montanha” (desta vez personificado pelo dublê sueco Robert Follin), causador de toda a carnificina. Isto sem falar de uma caverna com dezenas de outros corpos congelados, todos vítimas do maníaco homicida.
Obviamente que o serial killer não estava tão morto quanto o esperado (senão não teríamos o filme). Mostrando fracos sinais vitais, o assassino é ressuscitado pela equipe médica na base de choques. O Homem da Montanha está pronto para atacar novamente, deixando rastros de mortos pelos corredores do hospital. Jannicke terá outra noite infernal, em mais um jogo de gato e rato com o assassino. Desta vez ela conta com a ajuda de Camilla (Marthe Snorresdotter Rovik), uma enfermeira que é noiva do policial que encontrou nossa heroína cambaleante no início do filme.
Presos no Gelo 2 se assemelha ao Halloween 2 (1981), de Rick Rosenthal, por retomar imediatamente a continuação das ações de seu filme anterior, e principalmente pela seu ambientação hospitalar, com um diferencial: por mais interessante que seja a segunda aparição de Michael Myers no cinema, não chega aos pés do original de John Carpenter. Já Presos no Gelo 2 é folgadamente superior ao anterior. Com melhor ritmo, embora aqui o primeiro assassinato só ocorra quase aos quarenta minutos de projeção, tal qual o primeiro, o clima de tensão se faz presente desde o início e de forma mais eficiente. O maior número de personagens aqui também proporciona um pouco mais de cadáveres.
O filme é enxuto e sem arestas. Ficamos sabendo um pouco mais do passado do psicopata do hotel, ainda que algumas lacunas permaneçam. E se tem algo dispensável no filme, seria o personagem do garoto que fica brincando com seu game – simplesmente chato demais. Porém, o que importa mesmo são as sequências de suspense e tensão, como o enfrentamento do vilão com um grupo de policiais no interior do hospital e o confronto final, realizado dentro do hotel abandonado do filme anterior.
Há um erro de ‘continuidade’, pode-se afirmar, entre o filme anterior e este. No primeiro há uma narração que sugere que os personagens estão aproveitando o feriado de Páscoa. Aqui Jannicke, quando retorna ao fatídico hotel abandonado, preenche o livro de hospedes, marcando sua presença na noite de 12 à 13 de fevereiro, o que não bate com o período de Páscoa nem aqui e nem na Noruega.
Curiosamente Roar Uthaug, diretor do primeiro e um dos donos da ideia original, segue com a carreira de vento em popa, enquanto nesta segunda parte, realizada de forma mais eficiente, o diretor é o obscuro Mats Stenberg, e este é o seu único crédito no cinema. Merece mais chances.
Quem gostou do primeiro, gostará ainda mais deste, e quem não gostou do original pode dar uma chance a este segundo. Pois mesmo longe de ser uma obra-prima, cumpre com louvor o que se propões. A franquia se encerraria com a terceira parte em 2010. Mas este segundo é o melhor dos três.
Detesto filme passado em hospital, mas esse é o menor dos problemas, decidiram transformar o vilão em um Jason no velho clichê de “reanimação” , sendo que o Jason é um vilão sobrenatural, e esse aqui não, seria impossível ele sobreviver a queda, enfim.
Todos os 3 filmes são ótimos.
Concordo
Mil vezes melhor que o primeiro.
Muito bom também