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Amityville - O Despertar
Original:Amityville: The Awakening
Ano:2017•País:EUA
Direção:Franck Khalfoun
Roteiro:Franck Khalfoun
Produção:Jason Blum, Daniel Farrands, Casey La Scal
Elenco:Jennifer Jason Leigh, Cameron Monaghan, Bella Thorne, Jennifer Morrison, Mckenna Grace, Thomas Mann, Kurtwood Smith, Taylor Spreitler, Ava Knighten Santana

Acreditem ou não, Amityville – O Despertar é o décimo nono filme de uma das franquias mais desgastadas do cinema de horror. Isto faz com que a casa macabra localizada na avenida Ocean tenha mais filmes do que a série Sexta-feira 13. A obra original, Terror em Amityville, baseada no romance escrito por Jay Anson, fez sucesso de público e crítica quando foi lançada em 1979. O livro acompanha uma família que se muda para uma casa na qual os antigos proprietários foram mortos por um membro da família. Coisas estranhas e sem explicação começam a acontecer até que os novos moradores fogem no meio da noite e nunca mais voltam sequer para pegar pertences.

Assim como a família nunca mais colocou os pés em Amityville, os produtores gananciosos deveriam ter feito o mesmo. Tudo bem, estamos falando de filmes de terror e do começo dos anos 1980. Era óbvio que Terror em Amityville iria ganhar uma sequência. A tentativa era válida, mas o resultado foi sofrível. E se a parte 2 não foi tão boa quanto o primeiro filme, o terceiro capítulo decaiu ainda mais o nível. Estava na hora de parar, certo? Certo, mas as sequências continuaram de modo que qualquer título com a palavra Amityville já virariam motivo de piada. Sem contar algumas produções bastardas que passaram a usar o título apenas como forma de atrair o público.

E se a própria casa, que era a fonte do mal, logo alcançou a exaustão, logo os roteiristas da vez pensaram em objetos endemoniados da propriedade que também eram assombrados servirem de fios condutores para as novas e cada vez piores tramas. Para se ter uma ideia, até luminária possuída já foi “o vilão” de um dos filmes da franquia, assim como relógio, espelho e até (!!!!) uma casa de bonecas. Pelo andar de carruagem, era capaz de um pedestre passar em frente a casa caminhando e ficar possuído pelos espíritos do mal.

Um remake surgiu em 2005 na atual e ainda longe de terminar fase das refilmagens. Apesar de não ser superior ao título de 1979, ao menos não era uma porcaria completa. Mas não foi o suficiente para evitar bombas como o found footage The Amityville Haunting.

Com este currículo impressionante, era certo que qualquer tentativa de fazer um novo filme da franquia naturalmente já seria taxado como ruim antes mesmo do seu lançamento. Com (finalmente) a estreia do novo filme, que passou por um longo e complicado processo de produção e de diversas mudanças na data de estreia (o novo filme estaria pronto desde 2014), o público foi conferir o novo capítulo sem muita empolgação.

Longe de ser um filme excelente, Amityville – O Despertar até que tenta existir dentro de uma zona de conforto. O roteiro escrito por Franck Khalfoun (de P2) traz de volta a casa como elemento catalisador do mal. Aqui uma família se muda para o imóvel. Aqui temos Joan (Jennifer Jason Leigh, que já teve momentos mais felizes na carreira), o filho em coma James (Cameron Monaghan) e claro, a filha adolescente Belle (Belle Thorne). Ou seja, não precisa ser muito experto para perceber o que cada um dos personagens vai fazer durante o filme.

Segue a tradicional e altamente previsível apresentação da história e dos personagens até que coisas estranhas começam novamente a acontecer. O principal problema do novo filme é que nada do que é mostrado é novo e naturalmente o público atual está bastante exigente com produções de casas assombradas que conseguem prender muito mais a atenção. Aqui podemos destacar além da franquia Insidious, o próprio Invocação do Mal e seus derivados.

Sobra para Khalfoun, que também dirige o filme, tentar provocar um pouco de tensão no novo filme. Em comparação com as sequências anteriores, este novo capítulo da saga Amityville é até bem resolvido. Para quem teve que ver um relógio possuído ou uma luminária do mal, O Despertar até que se sai bem. No entanto, falta ousadia ao filme. Os sustos são previsíveis e a concepção dos personagens empaca o andamento da trama.

Nesta leitura, o novo filme fica realmente como divertimento mediano. Trata-se daquele filme para ver com os amigos e que não faz muita diferença se você perder alguma parte conferindo as suas redes sociais. Mas comparado com as demais sequências, Amityville – O Despertar merece sim ser conferido.

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5 Comentários

  1. Honestamente eu acho o remake um trabalho interessante, não estávamos vivendo esse revival de casas assombrada. Essa continuação tinha ideias boas que foram desperdiçadas, aliás o filme lembra alguma coisa de Cemitério Maldito. Um ponto positivo é a duração de 1H20m, não chega a encher o saco.

  2. Filminho bobo, eu não esperava nada da Dimension Films então assisti-lo não foi ”tão ruim assim”, mas o lance de metalinguagem (falarem dos filmes anteriores dentro do próprio filme, assistirem o primeiro filme dentro da própria casa e ainda xingarem o remake de 2005( !!!) ) foi totalmente babaca e desnecessário da parte do roteirista, achei o final igualmente estúpido, se você está lendo isso procure um filme melhor ou arrisque Amityville 2 ou 3 que pelo menos mantém o ”ar” do filme original, esse aqui é apenas um caça-níquel.

  3. Achei o filme totalmente dispensável, poucos sustos, história forçada.

  4. Só queria pedir uma correção. Amityville: O Despertar não é o 19º filme da franquia. Podem até existir 19 filmes com Amityville no título, mas a franquia oficial “só” tem 10 filmes. Os demais são oportunistas que usaram o nome da cidade para fazer seus filmes e vender como se fosse oficial. Valeu!!

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