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Eternidade
Original:Eternidade
Ano:2016•País:Brasil
Direção:Flávio Carnielli
Roteiro:Flávio Carnielli
Produção:Filastor Brega, Flávio Carnielli, Helen Quintans
Elenco:Filastor Brega, Amanda Costa, Andréa Sesso

Eternidade lembra os filmes do Expressionismo Alemão, numa espécie de homenagem. É p&b e mudo, com aquelas telas de falas dos personagens. A cenografia, figurino e maquiagem são bem característicos dos anos 1920.

Na trama acompanhamos um homem que, aparentemente, perdeu sua amada, se questionando sobre sua fé, o sentido da vida e a passagem do tempo. Nesse entremeio, aparece a Eternidade na forma de uma espécie de entidade capaz de dar ao homem o que ele deseja: a eternidade ao lado de seu amor. Mas como isso seria possível? E o que é a eternidade afinal?

O curta já começa com a frase de Platão que responde aos questionamentos: O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel. Ou seja, essa união pode não ser possível devido a passagem do tempo e aos acontecimentos desse período. Assim, tentar burlar essas regras e conquistar a eternidade traria preços, já que é a própria eternidade que passa por todas as situações. Ela não pode ser vencida.

Trabalhando com esses questionamentos e apostando numa pegada psicológica o filme se constrói. Entretanto, algumas questões da narrativa ficam um pouco obscuras. Você consegue entender que um jogo psíquico está sendo feito, mas ao mesmo tempo ele não fica claro. E não no sentido de mistério ou suspense, mas de uma certa confusão mesmo, que tornam o filme um pouco mais fraco do que tinha potencial para ser. Entretanto as atuações são excelentes, os atores realmente captaram a caracterização expressionista, além da direção e fotografia terem escolhas inteligentes e que contribuem para o ambiente que o curta transmite. Você consegue sentir uma melancolia através das imagens.

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2 Comentários

  1. Muito obrigado pela crítica, Luana! Infelizmente eu não consegui ir ao festival, mas fiquei muito feliz e orgulhoso por ter meu filme selecionado e criticado. Achei seus comentários pertinentes e honestos. Não existe nada pior que a indiferença forçada que entregam a nós aqui na região.

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