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Yellow
Original:Yellow
Ano:2012•País:Alemanha, UK
Direção:Ryan Haysom
Roteiro:Ryan Haysom, Jon Britt
Produção:Future Past Films
Elenco:Hester Arden, Stephen M. Gilbert, Rocco Menzel.

Durante os anos 70 e 80 (décadas do boom do cinema italiano) nascia o estilo “giallo” de cinema. “Giallo” significa “amarelo“, cor predominante das capas de livros de bolso policiais da época e tal foi a eficácia dos gialli que este passou a inspirar fortemente o gênero slasher. Entrando em decadência nos anos 90, o movimento giallo ressurgiu atualmente na forma de um novo estilo – o neo-giallo. Produções como Tulpa: Perdizioni Mortali, Sonno Profondo e The Strange Color of Your Body’s Tears (de 2013) mostraram que ainda há espaço para os adorados assassinos de luvas de couro preto, lâminas reluzentes e lindas vítimas.

Como parte deste novo movimento falarei de Yellow, um curta de 26 minutos da Future Past Films, que ganhou comparações com Drive e o trabalho de Michael Mann. Situado no meio das solitárias noites de Berlim, o filme acompanha um homem grisalho (Stephen Gilbert) que segue obstinadamente as auto-estradas e residências da cidade perseguindo seu alvo – um assassino vestido de couro com um modus operandi violento, misógino e sociopata.

Inundado em ousados tons ​​de vermelho e turquesa, Yellow é uma produção visualmente impressionante (graças à cinematografia de Jon Britt). Fazendo o uso efetivo de enquadramentos formais, juntamente com a sinistra partitura eletrônica de Antoni Maiovvi e alguns locais de escolha impecáveis (um complexo subterrâneo com pilares laranja é um dos destaques), Ryan Haysom captura com confiança um design artístico que ajudou a definir o gênero nos anos setenta.

Uma nota de especial interesse para os fãs do horror é o homem por trás das maquiagens de efeito; um tal de Olaf Ittenbach, famoso por dirigir Premutos e The Burning Moon (e seu trabalho FX em Seed), entre outros. Olaf é um homem que sabe manipular o horror e muitos vão concordar que seu trabalho não decepcionará nesta pequena pérola policial. Também digno de nota é a imersão musical de Anton Maoivvi, que exala uma vibe apropriada e forte dos anos 80, algo como uma versão mais enxugada do remake de Maniac com um toque de Tenebrae de Simonetti que complementa perfeitamente o poder audiovisual do filme.

Finalizando temos o belíssimo poster desenhado pela lenda do terror gráfico Graham Humphreys, que com certeza agradará tanto aos fãs do giallo quanto ao fã de horror em geral. Para conferir o trabalho do artista e o trailer do filme basta clicar aqui, mas cuidado…você pode estar sendo vigiado!

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1 comentário

  1. Depois de tanta procura e muita vontade de assistir ainda bem que acabei achando .
    ” Yellow ” (2012) orgulhosamente está na minha coleção !
    Excelente , pra mim é nota máxima !

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