3.5
(11)

Halloween
Original:Halloween
Ano:2018•País:EUA
Direção:David Gordon Green
Roteiro:David Gordon Green, Danny McBride, Jeff Fradley
Produção: Malek Akkad, Bill Block, Jason Blum, Sean Gowrie
Elenco:Jamie Lee Curtis, Judy Greer, Andi Matichak, James Jude Courtney, Nick Castle, Haluk Bilginer, Will Patton, Rhian Rees, Jefferson Hall, Toby Huss, Virginia Gardner, Dylan Arnold

O maior acontecimento dos últimos anos para os fãs dos filmes slashers foi sem sombra de dúvidas o anúncio de que teríamos um novo filme da franquia Halloween novamente estrelado por Jamie Lee Curtis. E as boas notícias não terminavam por aí uma vez que o pai da série, o monstro sagrado do cinema John Carpenter, iria se envolver no projeto, algo que não acontecia desde 1982, quando ele produziu Halloween 3. Faltaria apenas a participação do ator Donald Pleasence, que no primeiro filme deu vida ao Dr. Loomis. Pleasence faleceu em 1996.

Vamos recapitular. Jamie Lee esteve presente no primeiro filme, dirigido por Carpenter, como a babá Laurie Strode, que é perseguida pelo assassino Michael Myers. A personagem rendeu para Jamie o título de scream queen e de ser reconhecida como uma das mais famosas final girls da história do cinema. A personagem voltou na eficiente parte 2, de 1981, na qual Carpenter atuou como produtor. Após uma consolidada carreira no cinema, Jamie Lee retorna para a franquia no regular Halloween H20 – 20 Anos Depois, 1998, e, por obrigações contratuais, para o péssimo e completamente desnecessário Halloween: Ressurreição, 2002, no qual Laurie finalmente é morta pelo irmão Michael Myers.

A ideia para um novo Halloween, cujo lançamento acontece 40 anos depois do primeiro filme, animou a todos os fãs e o projeto teve logo a aprovação de Jamie Lee e do próprio Carpenter. Ambos assinam a produção executiva do novo filme. A resposta para trazer Laurie de volta foi simples: criar uma nova linha do tempo na qual este novo filme ignora toda e qualquer sequência da série. Ou seja, o Halloween 2018 surge como uma continuação direta do original.

O primeiro ponto positivo é justamente a volta de Laurie. E que volta. A personagem está uma verdadeira badass. O que compreendemos é que após os eventos do primeiro filme, Laurie se preparou da melhor maneira possível para o eventual dia no qual o irmão fugiria do hospício. Isto inclui praticamente ter um treinamento militar e guardar em sua casa um verdadeiro arsenal de armas. Alguém aqui se lembra de Sarah Connor em O Exterminador do Futuro 2? É bem este o novo estilo da nossa amada Laurie. Claro que isto sacrificou os casamentos dela e a relação com a própria filha, a insossa Judy Greer. A única pessoa da família que parece se preocupar com Laurie é a sua neta Allyson (Andi Matichak), uma adolescente que está no último ano escolar.

Apesar de Laurie ser o grande fator motivacional para o filme existir, o roteiro não é tão feliz com relação a alguns pontos da história. O roteiro, assinado por David Gordon Green, Danny McBride e Jeff Fradley, acaba sendo raso em alguns momentos fazendo com que a direção de Gordon Green oscile. A trama, por exemplo, usa e abusa de clichês. OK, sabemos que trata-se de um slasher e que alguns elementos precisam estar presentes. No entanto, existem alguns problemas estruturais e estes aparecem logo no começo do filme ao apresentar uma dupla de jornalistas completamente mal concebida que insistem em fazer uma matéria sobre Michael Myers.

A fuga de Michael do hospício também é extremamente falha e o que acontece até ele encontrar Laurie é apenas uma coleção de mortes. Algumas completamente desnecessárias. Apenas para ficar claro, o filme coleciona um total de 19 mortes. Vamos lembrar que o clássico de 1978 trazia cinco mortes, sendo uma inclusive offsccreen. A boa notícia neste aspecto é que Michael nunca esteve tão violento. Aqui temos as mortes mais gráficas de toda a série.

Percebe-se claramente este aumento de número para permitir que o filme possa dialogar com um público contemporâneo acostumado com produções de fluxo narrativo acelerado. Esta aceleração pode ser por meios de diversas variáveis como a montagem, movimentos de câmera e, por se tratar de um slasher, através do aumento do número de mortes.

Infelizmente esta quantidade excessiva  faz com que o filme perca em narrativa até Michael chegar até Laurie. É neste momento final que o filme cresce de maneira surpreendente. E aqui nem é preciso trazer grandes ideias para o roteiro uma vez que o embate de Laurie vs Michael Myers já garante total interesse do público.

E, claro, impossível deixar de citar a brilhante trilha sonora composta por Carpenter. O tema tradicional de Halloween está presente, mas é recriado em alguns pontos de maneira surpreendente agregando dramaticidade para as cenas na qual é utilizado. Mais uma vez crédito de Carpenter, que trabalhou ao lado dos filhos na assinatura da trilha.

Ao final, a sensação que fica é que, sim, o novo Halloween merece ser assistido.No entanto, fica também muito claro que Laurie acaba sendo o principal elemento motivador. Sem ela, temos apenas mais um slasher. E as cenas nas quais Laurie não está presente deixam isto ainda mais evidente.

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Média da classificação 3.5 / 5. Número de votos: 11

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19 Comentários

  1. Que filme horrivel! Não dá pra tentar melhorar o que já foi ótimo! A saga ja tinha terminada . Expuseram ao ridiculo colocarem o Carpenter e a Jamie Lee num filme tão ruim como esse. Eu preferia que a Jamie fosse relembrada como a Laurie Strode de 1978. Esse sim , foi um filmaçao! Pobre Jamie.

  2. Muito fraco hein?
    Oque salva alguma coisa são a gente esperar por tantos anos pra ver as referências, do mais…
    As mortes na cidade sem nenhuma grande importância, só pra encher linguiça.
    Michael Myers matando sem dó. Já era esperado. Mas está ficando muito cliché essa história de a adolescente gatinha e virgem correr o filme todo pra no fim ainda acabar na boca do lobo.
    Pra ela já tinha acabado quando o xerife a pegou (larga ela na delegacia e pronto a sua parte termina)…. fora que xerife bem bosta morrer pra um velho aleijado. Enfim.
    E por fim a total necessidade de hoje em dia Hollywood fazer filmes com a necessidade de lacração.
    Michael Myers mata, estrangula, esfaqueia, estripa, enforca, mata a marteladas e a socos. (Mas não consegue matar uma velha, uma virgem e uma terceira personagens sem importância alguma que eu nem se quer me dei ao trabalho de gravar o nome).
    Porque se ele matasse todos em um filme de terror ele seria machista demais para os padrões de hoje.
    Por isso as mulheres sim, essas vencem o psicopata assassino serial killer.
    Parabéns Hollywood está regredindo.

    1. Lacração ? Só porque ele não consegue mata as personagens mulheres ? Kkkkkkkkkkk vc é uma piada até meu irmão de 5 anos fala algo mais coerente que vc

  3. achei tão ruim, a ponto de achar as versões do Rob Zombie muito melhores que essa.
    a Laurie se prepara 40 anos para aquilo? muito fraca!
    e quantos personagens rasos, quantas mortes inúteis para a história.

    1. Kkkkkkkk quanto piada vc disse , os filmes do Robinho zumbi nem deveria ser chamados de filmes da franquia e sim de fan filme kkkk

  4. Tinha todos os ingredientes para ser um grande filme de terror e redimir a série.
    Mas infelizmente, por algum motivo, não souberam aproveita-los.
    É apenas um filme assistível, nada mais.

  5. Curti essa versão! Confesso que fiquei confusa pq até então não sabia que a linha do tempo tinha sido ignorada! Porém achei necessário para ter essa nova versão que por sinal dá um show nos últimos 4 filmes (pq pra mim morreu no quinto ) achei a crítica com varias faltas, parece que vc assistiu com uma imensa preguiça! Contou o número de mortes e esqueceu como algumas delas foram geniais e brutais! Fora que dessa vez michel que foi perseguido!! Isso é um máximo!

  6. Eu não vou mentir, apesar de estar feliz com o lançamento, esse filme é o mais “fazer por fazer” da franquia. Laurie totalmente obcecada pelo Michael e ele literalmente cagando e andando pra ela. Só houve um embate entre os dois, devido a intervenção de um terceiro, O que matou totalmente a essência da franquia. As cenas de morte na cidade foram totalmente desnecessarias. O filme vale pena emoção, trilha sonora e pelas referencias. De resto, ele entra no quarto ou quinto na minha lista de favoritos.

    1. Discordo totalmente de vc. Para o Michael a Laurie é secundária (é tanto que msm dele de vê-la ele continua sem falar nada). Lembre que ele passou 40 anos no manicômio sem qualquer notícia de fora, então ele não sabe nada sobre ela ou sobre sua família. Ele volta a matar depois que recupera a máscara, algo que faz parte dele. Não tinha como ele saber onde estava a Laurie ou a família dela, então ele ser colocado próximo da casa e ver ela lá, ativou as lembranças dele.

  7. uma das criticas mais preguiçosas que ja li aqui no boca… e olha que sou assiduo neste site desde os tempos da internet discada…

    1. Realmente está crítica foi uma bosta, o cara fez de má vontade.

  8. Po, Filipe, cade o comentário sobre as referencias ao primeiro filme? E ao final fantastico que fez a galera da minha sessao pular da cadeira e ovacionar? Bem rasa essa crítica, soou recalcada pra mim.

  9. O interessante é que o crítico classifica Halloween: A Ressurreição como péssimo e Halloween: H20 como regular, mas nas cotações, respectivamente, A Ressurreição está apenas meia caveira abaixo desse filme atual e H20 está com cotação igual.

  10. Com certeza o melhor filme de terror dos últimos tempos. Alguém mais reparou nas referências do clássico. Quando a Laurie olha a neta pela janela da escola, ou quando Laurie cai do telhado e desaparece? A cena do armário o cabide aparece, Michael mata uma idosa e pega sua faca entre outras…

    1. Sim, nossa. A critica foi rasissima, achei que ia falar dessas referencias incriveis. Faltou falar referencia do armário (praticamente igual ao filme original) e o fato de que nesse Laurie quem persegue o Michael e nao o contrário. Isso foi muito brilhante.

  11. Eu já tinha assistido Jason e Freddy no cinema mais faltava o Michael Myers , e assistir esse novo ” Halloween ” especialmente na noite de Halloween 40 anos depois do Clássico vai ficar marcado pra mim , confesso que na hora da introdução que toca a famosa trilha sonora eu me arrepiei inteiro .
    Agora falando do filme , eu curti tanto que coloco ele entre os meus favoritos da franquia e um dos melhores filmes do ano !
    Nota : 4,5 de 5 .

    1. Acabei de rever e acho que a franquia poderia muito bem se resumir ao primeiro filme e esse, com menção honrosa ao 2 e ao 3. Tudo nesse filme é perfeito.

  12. um verdadeiro clássico, sem tirar nem por !!!!!

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