2.7
(3)

Terror Extremo
Original:Extremity
Ano:2018•País:Canadá
Direção:Anthony DiBlasi
Roteiro:David Bond
Produção:Corinne Ferguson
Elenco:Chad Rook, Chantal Perron, Dana Christina, Dylan Sloane, J. La Rose, Ashley Smith, Cam Damage, Yoshihiro Nishimura, Ami Tomite, Mark Kandborg, Angelique Berry, Nikki Rae Hallow, Kelsie Andries, Jen Znack.

Com a popularidade do subgênero conhecido como torture-porn (filmes com violência explícita e gratuita, geralmente sob a forma de tortura e mutilações) caindo cada vez mais, após cinesséries como Jogos Mortais perderem o fôlego; parece que restou muito pouco a se explorar dentro desse filão, porém vez ou outra, algum cineasta, sobretudo no cinema independente, ainda tenta se valer de alguns expedientes do gênero para alçar suas tramas. É o caso deste filme. Com o título nada sútil de Terror Extremo, o diretor-roteirista Anthony DiBlasi (Lentes do Mal, Last Shift) parece, a princípio, querer justamente subverter alguns traços de filmes violentos e utilizá-los como subtextos para algo mais ambicioso. Mas só parece mesmo…

O início do longa mostra flashes de uma atração de popularidade crescente. É Perversion, uma espécie de casa dos horrores transmitida via web, na qual pessoas dispostas a enfrentar seus medos são submetidas às mais diversas espécies de tortura, algo que frequentemente ultrapassa os limites do que seria considerado “saudável”. A bola da vez da atração é a nossa protagonista Allison (Christina), que, apresentada como uma jovem torturada pelo seu passado, deprimida e frequentemente com ideação suicida, é escolhida para participar da próxima “temporada”. Junto com ela outro jovem, Zachary (Sloane) entram, de maneira expressamente consentida, numa casa isolada do ambiente urbano, cercada de neve por todos os lados, onde lá dentro sofrerão diversas humilhações e torturas, como terem que enfiar a mão em vasos sanitários imundos, despirem-se em público, fugirem de um cão feroz, sofrerem experiências de quase afogamento, etc. Intercalando o presente, o roteiro de David Bond apresenta ao longo do filme diversos flashbacks, que procuram esclarecer as motivações e os traumas de Allison.

Utilizando essa narrativa, Terror Extremo vai em duas direções: uma delas, curiosamente a mais interessante, é justamente a perspectiva de entretenimento simples que temos, por exemplo, ao entrarmos numa atração de horror num parque de diversões e que, no filme, toma parte da primeira metade do longa. Curiosamente, quando o roteiro tenta imprimir algum nível de complexidade, digamos, psicológica à narrativa, ele falha miseravelmente. Seja porque Christina não convence em sua interpretação de uma alma atormentada pelo passado, seja porque o tratamento que é dado a sua personagem é raso e a transforma em alguém cujo arco é completamente inverossímil dentro do contexto da lógica da própria trama. Assim, Terror Extremo é um produto que parece nunca encontrar seu nicho, seja enquanto um sub-torture porn, seja enquanto estudo de personagem, falhando em ambos aspectos.

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