Haunt
Original:Haunt
Ano:2019•País:EUA Direção:Scott Beck, Bryan Woods Roteiro:Scott Beck, Bryan Woods Produção:Mark Fasano, Todd Garner, Eli Roth, Ankur Rungta, Vishal Rungta Elenco:Katie Stevens, Will Brittain, Lauryn Alisa McClain, Andrew Lewis Caldwell, Shazi Raja, Schuyler Helford, Phillip Johnson Richardson, Chaney Morrow, Terri Partyka, Justin Rose, Justin Marxen, Damian Maffei, Schuyler White |
As casas de horror, abertas no mês de outubro, são uma atração à parte nos Estados Unidos nas comemorações do tradicional Halloween. Jovens atravessam cidades em busca daquele que deveria ser o ambiente mais aterrorizante da América, visitando cenários que recriam crimes, repletos de bonecos assustadores e tendo muitas vezes a companhia de atores em fantasias de monstros. Muito dessa cultura de busca pelo medo é conhecida no mundo por meio das produções do gênero, como os dois filmes da franquia The Houses October Built, de 2014 e 2017, realizados sob o formato found footage. Contudo, a película que melhor representa essa prática e ainda permite boas sequências de sangue e tensão é o terror A Casa do Terror, de Scott Beck e Bryan Woods (roteiristas de Nightlight e Um Lugar Silencioso), produzido por Eli Roth, Nick Meyer, Todd Garner e Mark Fasano.
Com a première no Festival Popcorn Frights Film, em agosto de 2019, o longa passaria ainda pelo FrightFest, em Londres, até alcançar uma estreia limitada em 13 de setembro. É até estranho que Haunt não tenha tido uma sobrevida maior nos cinemas, principalmente pelo alcance positivo de suas avaliações: ele teve 71% de aprovação no Rotten Tomatoes, um dos mais respeitados termômetros de críticas da Sétima Arte. E se isso não é suficiente para despertar seu interesse, saiba que Haunt é divertido e levemente visceral, que relembra os bons – e raros hoje em dia – survival horrors.
É noite de Halloween em Carbondale, Illinois, e Harper (Katie Stevens) e Bailey (Lauryn Alisa McClain) vão a uma festa com os amigos Angela (Shazi Raja) e Mallory (Schuyler Helford), local onde irão conhecer o improvável Nathan (Will Brittain) e o gordinho Evan (Andrew Lewis Caldwell). Harper foi vítima de um relacionamento abusivo, e se sente a todo momento perseguida pelo ex, vendo-o através das máscaras de Dia das Bruxas. O grupo sai à caça de uma casa de horror, encontrando uma promissora em um desvio na estrada, um ambiente com uma boa referência na internet. Ao chegar e serem recepcionados por um palhaço mudo, eles são obrigados a entregar os celulares na entrada, além de assinar um documento de responsabilidade.
Montada em um galpão, a “haunted house” é realmente um espetáculo à parte. Cada um dos ambientes é criativamente bem construído, com propostas assustadoras e bem realizadas, como a que pede coloque os braços em buracos, a ponte em um túnel móvel, a sala das facas penduradas, dos fantasmas em lençóis, a “escape room” e os estranhos vestidos com máscaras monstruosas. A brincadeira começa a perder a graça quando eles assistem uma figura, vestida com uma máscara de bruxa verde, assassinar alguém de verdade diante de seus olhos. Separados e perseguidos pelos mascarados, os jovens percebem que terão que lutar para encontrar a saída, sem a menor chance de ficarem ilesos.
Se por um lado a tensão aumenta ao vê-los com graves feridas, ainda mais a protagonista que já sofrera muito com o ex-namorado, por outro o longa apresenta o velho clichê de por vezes ignorar esses machucados nas cenas seguintes. Dizem que a adrenalina impede que a pessoa sinta a dor de imediato, como uma camuflagem dos nervos, mas é estranho ver alguém levar um tiro no ombro e sofrer um corte profundo na mão para logo depois estar disposto a um combate. Também há outras sequências óbvias como a do ex que resolve seguir a garota até ali, o inimigo que demonstra arrependimento e a caracterização real dos vilões do filme. Não são pessoas comuns, mas visualmente prontas para noites mortais como aquela – o que será fazem no restante do ano?
Mesmo com a exploração da velha fórmula do estilo, A Casa do Terror se sai bem. Não como uma produção aterrorizante e que irá atrapalhar seu sono, mas pela possibilidade de levá-lo a roer as unhas pela tensão apresentada. Propõe uma perturbadora sensação de insegurança, na condução do infernauta a um passeio de sangue e morte. Infelizmente, os clichês em demasia e o desnecessário epílogo impedem que o filme vá ainda mais longe do que se propõe.
Achei péssimo, mal explicado, roteiro fraquíssimo. Merece uma caveira e meia e olha lá…
Sinceramente 3 caveiras ainda é demais pra esse filme. Agora os vilões também tomam atitudes idiotas como a maioria dos adolescentes de filmes do genero. sem falar nos jumpscares sonoros pqp.
Cópia do Hell Fest? Depois desse seu comentário, deixou mais parecido ainda! Mas como muita gente gosta de filmes de gostos duvidosos e infelizmente nosso gênero tão querido tem isso aos montes, bora assistir! hahaha (Hell Fest é sofrível quando se trata de ‘decisões’ dos mocinhos!!!)
Vamos ver se o filme supera Parque do Inferno (Hell Fest), pois a história é muito parecida. O que não deve ser difícil. Parque do Inferno tem uma construção óbvia e simples, mas é um filme que me entreteve. E se julgar pela crítica acima, Haunt parece ser melhor, então bora assistir e comprovar!