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A Casa de Vidro
Original:The Glass House
Ano:2001•País:EUA
Direção:Daniel Sackheim
Roteiro:Wesley Strick
Produção:Neal H. Moritz
Elenco:Diane Lane, Leelee Sobieski, Stellan Skarsgård, Bruce Dern, Kathy Baker, Trevor Morgan, Chris Noth, Michael O'Keefe, Vyto Ruginis

A Casa de Vidro já se estrutura como uma produção Supercine, desde o seu conceito. Pode-se dizer que é um filme que se sustenta pela ambientação, pela relação com os nomes de seus personagens e com o bom elenco, algo comumente visto em outros longas exibidos no sábado à noite da Rede Globo. Talvez os clichês – alguém que se revela ruim, claustrofobia, segredos escondidos nas paredes transparentes – possam não incomodar os infernautas menos exigentes, quando em 2001 se vivia a febre dos teen slashers. Mas, não deve agradar à nova geração.

Tem a boa direção de Daniel Sakheim (da série Arquivo X), e destaca no elenco dois rostos: Leelee Sobieski, que parecia ser uma nova Jodie Foster, e do sempre morto em filmes, Stellan Skarsgard, que aqui atua como um vilão estereotipado, que desperta arrepios a cada aparição segurando um copo, além de promover uma sequência tensa quando Rhett (Trevor Morgan) precisa resgatar um molho de chaves.

Ruby (Sobieski) e as amigas estão assistindo a um slasher teen envolvendo um assassino mascarado, intitulado A Formatura. Mesmo com as sequências mais tensas arrepiando as amigas, Ruby observa a tudo com a naturalidade de quem não se impressiona com o gênero. Logo, a garota é vista numa condição desesperadora ao retornar de um momento com as conhecidas e encontrar vários carros de polícia em frente a sua casa. Ela e o irmão Rhett estão órfãos, mas com muito dinheiro deixado pelos pais, além da tutoria de uns parentes distantes, o casal Glass, Terrence (Skarsgard) e Erin (Diane Lane).

Agora residentes na tal casa de vidro, localizada em Malibu, Ruby e Rhett precisam se adaptar à nova vida. O que pode parecer um recomeço se desmorona quando as máscaras começam a cair, e antes que você pronuncie a palavra “morfina“, os guardiões irão se revelar pessoas não tão agradáveis. Não vai muito além disso. O roteiro de Wesley Strick beira a obviedade, com sequências que não intimidam o espectador e vão apenas criar alguma leve tensão momentânea.

E ainda pode promover alguns furos no roteiro ao permitir que o público pelo menos lancem alguns porquês: Por que a funcionária da Assistência Social não estranhou o fato do casal Glass morar numa casa cheia de quartos e não ter filhos? Por que as amigas de Ruby aparecem constantemente conversando a respeito da ausência dela e até estranham a falta de comunicação da ex-colega, mas, mesmo assim, não fazem nada e até desaparecem no final do filme? Por que Terry não avisou os cobradores sobre os freios do carro? Por que ele bateu no policial ao invés de pedir ajuda?

Com tantas falhas e lugares-comuns, restam apenas os méritos dos aspectos técnicos. O ambiente, o elenco, a direção, fotografia são bem aproveitadas. Um pouco mais de ousadia, e algumas novas ideias dariam à Casa de Vidro um conceito melhor do que beirar o mediano, até porque o próprio Supercine já abrigou algumas produções interessantes.

Em tempo, curiosamente A Casa de Vidro teve uma “continuação” lançada em 2006, com direção de Steve Antin, e contando no elenco com Angie Harmon. Parece não ter uma relação direta com o filme de 2001, além apenas da moradia.

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Média da classificação 4 / 5. Número de votos: 13

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2 Comentários

  1. A bela casa é o melhor do filme.

  2. A casa de vidro é aquele típico filme que por detalhes não foi de fato um boa produção. O filme possui uma boa ambientação, surgiu no período mais fértil para seu encaixe temático e conta com rostos conhecidos e boas atuações. Todavia, lamentavelmente fraqueja por ser mais um mero repetidor de questões batidas. Não chega a ser ruim, é um útil passatempo. E a título de informação, o diretor Daniel Sackheim, participou de uma produção chamada Ozark, que apesar de são ser do gênero em questão, é bem interessante e vale a pena conferir. Valeu, Boca do inferno!

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