3.5
(6)

A Guerra do Amanhã
Original:The Tomorrow War
Ano:2021•País:EUA
Direção:Chris McKay
Roteiro:Zach Dean
Produção:Jules Daly, David Ellison, Dana Goldberg, David S. Goyer, Don Granger
Elenco:Chris Pratt, Yvonne Strahovski, J.K. Simmons, Betty Gilpin, Sam Richardson, Jasmine Mathews, Edwin Hodge, Ryan Kiera Armstrong, Keith Powers, Mary Lynn Rajskub, Mike Mitchell, Jared Shaw, Alexis Louder, Rose Bianco

Produções que abordam o confronto entre a raça humana e alienígenas existem aos montes desde que o cinema passou a servir de principal fonte de entretenimento. E muitas delas são parecidas, com o protagonismo do governo americano, mesmo quando se trata de uma invasão a nível mundial; heróis de ocasião que resistem a ataques que foram mortais em pessoas comuns; às vezes um romance, um conflito familiar, em abordagens limitadas ou com efeitos grandiosos. A Guerra do Amanhã, de Chris McKay, a partir de um roteiro de Zach Dean, é mais um exemplar que segue à risca tudo o que já foi visto antes, mas que se diferencia pela diversão proposta, que não chega a incomodar o espectador em suas mais de duas horas de filme.

A trama começa em dezembro de 2022, no dia da Final da Copa do Mundo, onde o Brasil é uma das equipes em campo. Durante o jogo, em um momento em que a seleção brasileira estava prestes a marcar um gol, um fenômeno atinge o estádio e um grupo de soldados aterrissam no local oriundos de 2051 com uma importante mensagem: no futuro a raça humana será extinta em uma longa batalha contra criaturas alienígenas. Eles clamam que todos os países enviem militares e pessoas comuns para enfrentarem os inimigos extraterrestres. O que se sabe é que os apelidados de “garras brancas” chegaram à Terra em 2048, inicialmente na Rússia, e em três anos deixaram evidentes o poderio de combate na destruição de diversos países.

Seis meses depois do anúncio, pessoas estão sendo convocadas para treinamento e viagem ao futuro, sendo que apenas 30% retornam após 7 dias de confronto. O professor e ex-militar Dan (Chris Pratt) é chamado para o combate, para desespero de sua esposa Emmy (Betty Gilpin, de A Caçada) e sua filha Muri (Ryan Kiera Armstrong, de It – Capítulo 2). Ele até pensa em pedir ajuda para seu pai, James (J.K. Simmons), para a retirada de um acessório de convocação, mas por este ter abandonado a família por suas próprias razões, Dan resolve aceitar o desafio. No processo, ele conhece outros convocados como o falante Charlie (Sam Richardson), Norah (Mary Lynn Rajskub) e o sobrevivente Dorian (Edwin Hodge), e percebe que as pessoas que estão sendo chamadas não estarão vivas na época, da mesma forma que as que vieram no dia do jogo ainda não nasceram. Dan descobre que irá morrer em sete anos, mas ainda não sabe de que maneira acontecerá.

Eles viajam pelo “buraco da minhoca” e chegam a uma Miami em caos, completamente destruída, tendo como missão resgatar ampolas de um laboratório de pesquisa e também ajudar um grupo de reféns. As criaturas surgem aos montes, com muita agilidade, com garras que disparam flechas e tendo apenas dois pontos fracos. Dan lidera o grupo pelas ruas, aguardando bombardeios e o apoio militar, e recebe o auxílio da Coronel Forester (Yvonne Strahovski), que ele conhece muito bem e que traz alguns detalhes sobre suas ações futuras, não condizentes com a postura atual, mas que são reflexos do que experimentara com o pai. A guerra irá exigir não apenas a destruição dos inimigos, mas descobrir um meio de atingir as Rainhas, que são as principais ameaças para a raça humana.

Como se espera de uma produção sobre alienígenas hostis, tudo realmente se concentra nos EUA. Há aqueles discursos patriotas que apontam que a batalha representará uma união entre as nações e tal, mas o que se vê é o mesmo que você já viu em filmes como Independence Day, com muito chroma key e heroísmo americano. Além disso, não há nada que justifique a extinção da raça humana, uma vez que os alienígenas são criaturas que agem por extinto, e que morrem com balas comuns e explosão de mísseis – diferente de um confronto como A Guerra dos Mundos, que envolvia naves e escudos protetores. Por que, desde o começo, não resolveram o problema bombardeando as rainhas? Por que a necessidade de criação de uma toxina para isso?

Se buscar uma reflexão mais aprofundada sobre o roteiro de Zach Dean irá perceber que muitas coisas ali não fazem sentido e permitiriam uma bagunça temporal: personagens que ainda não nasceram voltando para ajudar a resolver algo no passado que, se for resolvido, eles talvez nem cheguem a nascer… E é realmente estranho você pensar que os viajantes iniciais voltaram ao passado apenas para pedir soldados e não alertar sobre meios que possam evitar que a guerra simplesmente aconteça – uma solução resolvida em uma conversa caseira, e que contou obviamente com algumas facilidades e coincidências do roteiro.

No entanto, se deixar de lado qualquer reflexão e apenas levar em consideração a diversão promovida, A Guerra do Amanhã será bastante proveitoso. Efeitos especiais muito bem realizados, até mesmo para a concepção das aterrorizantes criaturas, sequências intensas de ação e resistência, acontecendo em duas épocas, o bom elenco, incluindo Yvonne Strahovski (de O Predador) e o sempre carismático J.K. Simmons, além, é claro, de Chris Pratt, que esteve em grandes filmes e franquias nos últimos anos como Jurassic World, Guardiões da Galáxia, Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato e agora está nesta ficção científica, que terá uma continuação anunciada com o sucesso do primeiro filme. Isto é, pode-se esperar mais viagens no tempo, confrontos com os “garras brancas” e o heroísmo de sempre!

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1 comentário

  1. um dos melhores filmes que assisti este ano. esqueça roteiro e grandes atuações. é um filme pra esquecer os problemas e se divertir vendo a pelicula .indico. nota 7,5

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