Isolados
Original:Abgeschnitten
Ano:2018•País:Alemanha Direção: Christian Alvart Roteiro:Sebastian Fitzek, Michael Tsokos, Christian Alvart Produção:Siegfried Kamml, Christian Alvart, Hartmut Köhler, Barbara Thielen, Regina Ziegler Elenco:Moritz Bleibtreu, Lars Eidinger, Fahri Yardim, Enno Hesse, Christian Kuchenbuch, Urs Jucker, Barbara Prakopenka |
A ilha de Heligoland foi isolada por uma forte tempestade, mas não permitiu que a jovem Linda (Jasna Fritzi Bauer) se sentisse segura de uma possível ameaça de seu ex, Danny. Ao fugir de uns rapazes insistentes de um pub, ela cai de um desfiladeiro, somente para encontrar na praia um corpo. Distante dali, o cientista forense Paul Herzfeld (Moritz Bleibtreu) está em um processo de autópsia, quando encontra no cadáver um pequeno papel com o número de telefone e o nome de sua filha Hannah (Barbara Prakopenka). Ao telefonar para o número, quem atende é Linda, iniciando assim um thriller bastante envolvente, composto de pistas e outros cadáveres.
Trata-se de um longa alemão, dirigido por Christian Alvart, o mesmo de Caso 39 e do excelente Pandorum, ambos de 2009, e que merece sua atenção. Com uma trama dinâmica, repleta de mudanças narrativas e com bastante tensão e mistério, o longa tem grandes chances de prendê-lo no sofá, enquanto leva constantemente as unhas até a boca. Começa pela necessidade de Paul ensinar Linda, uma jovem desenhista envolta em neuroses, por telefone – felizmente a tempestade não afetou a comunicação – os procedimentos básicos de uma autópsia para identificar a próxima pista. Enquanto a garota enfrenta seus medos e angústias, contando apenas com a ajuda parcial do auxiliar Ender Müller (Fahri Yardim), ela precisa agir com determinação para descobrir o paradeiro da filha de Paul, sequestrada por um assassino estuprador.
Ainda que você já pense que estabeleceu mentalmente o percurso, o roteiro, do próprio Alvart, a partir do romance “Abgeschnitten“, de Sebastian Fitzek e Michael Tsokos, mostra que as coisas não são bem assim. Há uma trama que envolve vingança e manipulação, e imagens que podem enganar os infernautas menos atentos. Não é possível confiar em ninguém, nem no rico e inexperiente Ingolf von Appen (Enno Hesse), que traz o apoio constante a Paul, em Ender, na perspectiva de que o ex de Linda pode aparecer para atrapalhar suas ações, ou mesmo no roteiro. Suas reviravoltas constantes e surpresas não permitem que o espectador se distraia com o celular ou se preocupe em ir ao banheiro.
Também contribuem para uma boa avaliação a ambientação claustrofóbica de um necrotério em uma ilha sem saída e a atmosfera acinzentada, que dá aspectos de incerteza, comuns desde David Fincher. O elenco é outro ponto positivo. O experiente Moritz Bleibtreu (de inúmeras produções, incluindo Guerra Mundial Z) faz bem o papel de um pai fracassado e que vê nessa tentativa de resgate uma forma de recuperar mais do que apenas uma pessoa sequestrada; mas o destaque é todo de Jasna Fritzi Bauer, que dá muitas dimensões à neurótica Linda, constantemente ameaçada por suas preocupações. A personagem evolui durante o processo, passando de uma jovem em constante fuga para uma que consegue encarar seus demônios pessoais.
É uma pena que Isolados não tenha a popularidade que merece. É uma produção que poderia agregar muito valor às plataformas de streaming, e até seria bem-vinda nos cinemas. Se vê-la por aí, não pense duas vezes!
O site é ótimo e o trabalho maravilhoso.
É extremamente útil e necessário pra mim.
Parabéns pelo trabalho e pela qualidade fantástica do conteúdo.
O Boca do Inferno é nota 10!
Abraço.
A crítica foi só elogios, e a nota foi 3,5. Onde foi que o filme perdeu o 1,5? Fiquei curioso para ler sobre os aspectos negativos e não achei.
O filme é ótimo, mas não entraria em um nível Seven, Os Sete Crimes Capitais, por exemplo. É um filme nota 7, 7,5. Tem suas falhas, mas se apontá-las poderiam ser spoilers.
Abs
Talvez o pior filme filme que vi na vida. Mesmo se a proposta tenha sido causar um sentimento ruim, é falho. É fraco mesmo!
Seria uma comédia se não fosse tragicamente um reflexo do senso comum contemporâneo… O “achar bonito ser feio”, tão na moda nesse momento surreal para quem, num desespero pela perda do poder, demonstra vulgarmente que perdeu há muito tempo a noção do ridículo e tenta sem sucesso enfiar goela abaixo uma visão de mundo completamente distorcida.
Vai na contra mão de uma leva de filmes recentes que descortinam esse véu de inconsciência que ainda paira sobre a sociedade. Obras que se alinham e andam de mãos dadas com o os níveis mais complexos dos mistérios que envolvem a realidade humana.
São tantas as pontas soltas que é impossível enumerar.
A trama só não é pior que o resultado final, terrivelmente negativo no sentido mais literal.
Um filme “burro”, sem exagero.
Seria melhor até se tivesse o lado musical e as coreografias de bollywood. Sem sombra de dúvidas, seria melhor ter ido ver o tal “filme do Pelé”.
Mas sei lá, nessa cartilha talvez até fosse melhor fingir que eu que não entendi. 🙄