Kimi: Alguém Está Escutando (2022)

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Kimi: Alguém Está Escutando
Original:Kimi
Ano:2022•País:EUA
Direção:Steven Soderbergh
Roteiro:David Koepp
Produção:David Koepp, Michael Polaire
Elenco:Zoë Kravitz, Byron Bowers, Rita Wilson, Erika Christensen, India de Beaufort, Derek DelGaudio, Sarai Koo

Assisti ao filme Kimi na HBO por causa de dois nomes: o diretor Steven Soderbergh e o roteirista David Koepp. Soderbergh, que já anunciou a aposentadoria mas se esqueceu de parar de trabalhar, é o homem por trás da franquia Onze Homens e um Segredo (2001 – 2004 – 2007), ganhador do Oscar por Traffic (2001) e também versado no suspense policial com Irresistível Paixão (1998) e O Estranho (1999). Ou seja, estamos falando de um sujeito que sabe o que faz, mas que nos últimos anos tem deixado a desejar com filmes que não deixaram nenhuma marca. David Koepp também é outro mestre, não tanto nas suas tentativas de direção, mas no roteiro, sendo dele os scripts de filmes como O Quarto do Pânico (2002), Homem Aranha (2002), Missão Impossível (1996), Jurassic Park (1993), O Pagamento Final (1993) e mais um número invejável de sucessos.

Bom, eles não me decepcionaram… o filme é uma pérola! Ágil, enxuto (1h e 30m) e bem realizado, é um esperto thriller que usa temáticas atuais (pandemia, tecnologia etc.) para entreter. Não muda a vida de ninguém, mas tem o tom exato para ser lembrado e recomendado pelos fãs de um bom cinema.

A encantadora Zoe Kravitz interpreta uma analista de dados de uma empresa de tecnologia que lançou a Kimi, uma assistente digital parecida com a Alexa da Amazon. Analisando áudios gravados dos clientes com o objetivo de melhorar a performance do sistema, a protagonista encontra um que pode indicar um crime. Apimentando mais a trama, essa mulher sofre de agorafobia em razão de um trauma passado que a deixou com receio de se relacionar e com medo de sair de seu apartamento.

O filme bebe na fonte principalmente de Janela Indiscreta (1954) e de Um Tiro na Noite (1981), mas há várias outras referências que poderiam parecer requentadas, se não fosse pela ótima condução de forma geral (prestem atenção nos ruídos do apartamento) e, principalmente, pela performance de Zoe Kravitz, que demonstra um insuspeito talento, já evidenciado na série Big Little Lies.

Vale a pena curtir esse suspense moderno e sufocante. Que Soderbergh tenha desistido de vez da aposentaria e nos brinde de vez em quando com diversões descompromissadas como esta.

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Ricardo Gazolla

Formado em Direito e trabalhando no setor privado, apaixonado por cinema desde a infância quando assistiu Os Goonies (1985) na tela grande. Sua predileção pelo horror começou um pouco depois ao conhecer em VHS A Hora do Pesadelo (1984), Renascido do Inferno (1987) e A morte do demônio (1981). Desde então o cinema se tornou um hobby, um vício socialmente aceito, um objeto de estudo, um prazer público e, agora, no site Boca do Inferno, uma forma de comunicação com as pessoas.

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