Tiny Cinema (2022)

3.8
(5)

Tiny Cinema
Original:Tiny Cinema
Ano:2022•País:EUA
Direção:Tyler Cornack
Roteiro:Tyler Cornack, Ryan Koch e William Morean
Produção:Tyler Cornack, Patrick Ewald e Ryan Koch
Elenco:Paul Ford, Austin Lewis, Olivia Herman, Matt Rasku, Robert Ackerman Moss, Kyle Lewis, Tyler Cornack, Kevin Michael Moran, Tyler Rick, Phillip Ursino, Kristina Clifford, Sam Landers

O humor absurdo compõe as seis histórias da antologia de terror de Tyler Cornack, Tiny Cinema. Um anfitrião misterioso que imita uma entidade toda-poderosa (Paul Ford, de A Field Guide to Evil e From Ashes to Immortality) conta seis histórias enervantes enquanto mostra sua habilidade de invadir o espaço pessoal dos personagens.

O tom cômico da produção alterna-se entre tons de bobagens desequilibradas e piadas óbvias saindo do controle. Salvo alguns erros, a combinação de humor irracional e terror imprevisível funciona muito bem para o filme, graças à sua execução corajosa. O tema, porém, como alertou o apresentador, certamente é apenas para o público que não se ofende.

O objetivo de Tiny Cinema é ser recebido com risadas e suspiros se o nojento não incomodar o espectador. Provocando o arame farpado da sanidade com os destinos ridículos e improváveis de pessoas que começam aparentemente normais, o filme tem uma maneira de chegar até você da mesma forma que um pesadelo estranho e sinistro o faria numa noite qualquer.

Na primeira história, “Game Night”, acompanhamos os amigos dos Thompsons enquanto recebem as boas-vindas em sua casa para uma divertida noite de jogos. O que parecia começar como uma reunião bastante saudável do casal e seus amigos se transforma em uma cena de ansiedade inconcebível quando Bert (Austin Lewis) não consegue entender a piada de “foi isso que ela disse” de seu amigo e fica obcecado em tentar descobrir quem “ela” é. O que se segue é um caos insondável enquanto desce a espiral de profunda confusão e, eventualmente, um colapso completo sobre algo que é chocantemente tolo para os sãos.

Edna” nos permite dar uma olhada em algo que parece relativamente reconfortante no início por causa de sua capacidade de relacionamento universal com o desejo de amor, mas logo mostra sua horrível aparência. Edna (Olivia Herman) está sobre uma ponte e pensa em acabar com sua vida solitária e sem amor, sem ter ideia de que em segundos ela encontrará o amor na forma de um cadáver masculino em um saco para cadáveres. Edna então leva o cadáver para casa e o chama de Ricky.

Bust” conta a história de três amigos mascarados roubando um supermercado com suas armas em punho. O contexto do crime, sem a menor possibilidade de previsibilidade, acaba sendo dois amigos Luke (Matt Rasku) e Jimmy (Robert Ackerman Moss) ajudando seu outro amigo Chris (Kyle Lewis) a atingir o clímax sexual, pois eles descobriram recentemente que o grande parceiro nunca teve um orgasmo real. A histeria envolta no manto altamente absurdo da amizade masculina resulta em mortes bizarras e sorrisos sinceros.

Deep Impact” e seu cenário um tanto mundano dificilmente prenunciaria o estado incompreensível de total confusão e frenesi que em breve surgiria. Vick (Tyler Cornack), um simples entregador, vai entregar um estranho pacote endereçado a alguém com quem ele compartilha seu nome e encontra um velho louco (Kevin Michael Moran) que afirma ser sua contraparte no futuro. Preso ali e enfrentando o dilema de sua vida, o pobre Vick descobre que a maneira sexual de trocar DNA com seu antigo eu é a única maneira de impedir a total destruição da Terra.

Motherfucker” (sendo muito literal em todos os sentidos possíveis) conta a história de uma piada entre mafiosos italianos indo longe demais. Nada é “pequeno” neste filme, apesar do nome. A piada sexual inapropriada de Tutti (Tyler Rick) sobre a mãe de Tony (Phillip Ursino) o levou a ser amarrado no porta-malas de um carro.

O mais inocente de todos, “Daddy’s home”, eleva o medidor de risco de encontros às cegas a um nível terminal. O movimento ousado de cheirar cocaína oferecida por seu par (Kristina Clifford) leva Sam (Sam Landers) a um pesadelo “body horror”. A mudança começa pequena com sua súbita apreciação de “piadas de paizão” e logo se transforma em uma infestação muito mais séria de qualidades paternas que, basicamente, arruínam sua vida para sempre.

Engraçado, ofensivo e muito bem produzido, Tiny Cinema é mais um daqueles filmes que poderiam causar boa uma impressão caso fossem retirados do porão do esquecimento…

Texto traduzido do site High on Films, escrito por Lopamudra Mukherjee

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Iam Godoy

Escritor, colunista, fotógrafo, libertino, subversivo e um porra-louca sem noção do perigo. Comanda desde 2013 o site Gore Boulevard, antro de clássicos e bagaceiras sangrentas.

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